Rapper Mórmon envia mensagem para o Brasil
NOVO ÁLBUM
O novo álbum do JamesTheMormon chamado “I Am Not a Rapper” (Eu Não Sou um Rapper) alcançou o #3 no iTunes no Top 10 de Álbuns de Hip-Hop/Rap na última quinta-feira, 28 de Abril. O Álbum também atingiu o número 1 uma vez.
Falando sobre seu novo álbum, James Curran (seu verdadeiro nome) comentou que “se trata de tópicos como os abusos de sua infância, meus problemas com comunicação em relacionamentos, meu divórcio, como lido com estes sentimentos contidos e o que me motiva a continuar seguindo.” Ele espera que este álbum seja compartilhado com pessoas de todas as fés e crenças para dissipar mitos e mostrar que mórmons são muito mais que caras que vemos usando camisas brancas e gravata, andando de bicicletas.
“Eu quero que as pessoas entendam que todos somos diferentes e que cada um de nós tem seus próprios problemas e provações” disse ele. “Um ‘mórmon’ não é definido pelas regras que segue, mas pela pessoa que ele se torna quando os problemas estão em seu caminho.”
BIOGRAFIA
James disse em seu blog que ele não sabia o que era rap até seus 14 anos de idade. Quando sua família se mudou para Washington, D.C, região onde há alguns anos o rap foi apresentado pela primeira vez na TV. “Só precisei de uma música do Ja Rule (rapper americano) para que eu me apaixonasse, e desde então hip-hop tendo sido minha válvula de escape.” Depois desse evento, qualquer nova batida que ele ouvia e gostava, ele começava a acrescentar suas letras e melodias para fazer algo unicamente próprio.
James disse que ele não teve uma boa infância. Agora ele percebe, após receber um testemunho aos 22 anos de idade, que foi o Evangelho, mais especificamente a Expiação de Jesus Cristo que o ajudou a se recuperar da dor dos seus primeiros 17 anos de vida. Antes de ter um testemunho, ele encontrava no rap uma maneira de escapar dos problemas do dia-a-dia. Ele disse: “Não faz muito tempo que descobri minha conexão e por que sempre fora um remédio terapêutico a mim.”
Ele passou o último ano do colégio quando tinha 17 anos em Tashkent, em Uzbesquistão. Um dia, um amigo de seu irmão mais novo trouxe a ele um computador com um novo software que podia gravar música. Ele foi convidado ao quarto do irmão para ouvir a batida que eles criaram e logo criou uma letra, uma melodia e um refrão e decidiu cantar para eles. A animação deles o encorajou a começar a escrever e gravar versos de rap.
Em 2004, durante seu ano como calouro da Universidade Brigham Young, ele formou um grupo de rap chamado “ACLASS” com os outros três estudantes negros que estavam na Universidade na época. Em 2008, ele começou um grupo de hip-hop chamado “James Devine” e continuou a escrever e a gravar suas músicas antes de sair por dois anos em missão pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Enquanto servia missão em Russo em Washington, ficou muito frustrado por um grande número de membros não estar desejoso ou estar temeroso em compartilhar o evangelho com seus amigos e vizinhos, e por eles não permitirem ninguém fora da Igreja saber que eles são mórmons. Quando voltou de sua missão ele prometeu a si mesmo e ao Senhor que ele nunca perderia uma oportunidade passar onde ele pudesse compartilhar com os outros suas crenças e padrões. Dois dias após voltar para casa ele trocou seu nome nas mídias sociais para @jamesthemormon (James O mórmon)
James escreveu em seu blog que fazer rap é um hobby para ele. Ele não busca se tornar rico ou famoso sendo um rapper popular. Ele não tem plano algum de fazer uma carreira através do rap, não tendo também nenhum plano de tour. A única exceção seria se Drake (rapper americano) ligasse a ele e o convencesse. O plano não está relacionado a ficar rico, para Ele, criar rap é algo mais terapêutico que qualquer outra coisa. Além disso, ele tem um propósito muito maior, que é o de trazer pessoas a Cristo. Ele disse: “Além de lanar músicas mencionando crenças SUD e a doutrina, não se confunda… eu não estou fazendo música para mórmons. Estou fazendo música para ser usada para compartilhar o evangelho.” Como ferramenta, ele está incentivando a pregar ao povo, e além disso, transformar uma música em uma oportunidade de ensino.