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Quando o Pres. Kimball ajudou minha mãe em um aeroporto

Algumas pessoas devem lembrar da história de quando o Presidente Spencer W. Kimball ajudou uma mulher grávida e abandonada que puxava pelo braço sua filha mais nova pelo aeroporto. O Presidente Kimball confortou a mulher que ele não conhecia e não sabia nada de sua vida, deu a menina um pedaço de chiclete e colocou a jovem mãe, grávida e exausta e sua filha de dois anos de idade, no próximo voo que saia do aeroporto de Chicago O’Hare.

Aquela jovem grávida era a minha mãe. Já estive em muitas reuniões da igreja onde essa história foi contada e vi membros perguntarem como a história termina. Talvez este resto possa ser colocado no contexto do sacerdócio, e homens e mulheres trabalhando juntos para a salvação de almas.

Meus pais se conheceram na Universidade Brigham Young. Minha mãe foi ativa na igreja toda a sua vida, embora sua mãe tenha se afastado quando ela já era adulta. Meu pai cresceu em uma família de membros inativos. A mãe dele se suicidou quando ele era adolescente. Devido as circunstâncias de sua adolescência, ele decidiu que criaria a sua família diferente de como foi criado.

Meu pai basicamente se criou sozinho como membro ativo, graças a contribuição de amigos membros maravilhosos e líderes da Igreja. Ele serviu uma missão de tempo integral no lado leste dos Estados Unidos, e para resumir a história depois de voltar da missão, eles se casaram às pressas no Templo de Salt Lake, onde foram selados. Nenhum meus avós foram ao casamento.

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Depois do casamento, meu pais continuaram a estudar na BYU. Minha mãe se formou como professora e trabalhou em uma escola enquanto ajudava meu pai e terminar a faculdade. (Ela foi professora toda a sua vida, especialmente ao criar seus filhos.) Enquanto ainda estava na faculdade, minha mãe deu à luz a sua filha mais velha.

Depois de quatro abortos, os médicos disseram que ela teria que fazer repouso por estar com a saúde muito fraca por causa das gravidezes. Os médicos tentaram convencer os meus pais a não terem mais filhos, e até mesmo abortar o bebê que estava na barriga dela, mas meus pais sentiram fortemente que eles queriam e foram inspirados a ter mais filhos.

Agora, depois de minha mãe estar grávida pela sexta vez e estar muito fraca, meus pais decidiram que seria melhor se meu pai largasse a faculdade e minha mãe deixasse o trabalho por um momento, para que eles se mudassem para Michigan, onde minha mãe encontraria ajuda para a sua família.

Sem dinheiro para que todos viajassem, e sabendo que a longa viagem não seria boa para minha mãe e para o bebê, meus pais venderam tudo o que tinham: instrumentos musicais, carro, roupas, entre outras coisas, para colocar a minha mãe e minha irmã em um avião. Na verdade, meu pai tinha 35 centavos no bolso de seu casaco e deu para minha mãe, caso ela precisasse.

Sabendo que o dinheiro ia fica justo, e que dirigindo ele demoraria mais do que ela de avião, ela escondeu de volta as moedas no bolso do casaco dele, só por precaução. O plano era que meu pai, em seu carro velho, deixasse minha mãe e minha irmã no aeroporto e que depois dirigisse um dia e uma noite, e encontrasse com elas em Michigan.

Tudo estava como o planejado, até o piloto anunciar que devido ao tempo, o avião teria que fazer uma aterrizagem de emergência em Chicago. Depois de ser instruída pelo médico de que não poderia segurar nada mais pesado do que uma fatia de pão, sem dinheiro, sem uma troca de roupas extra pra ela e sua filha, sem comida e sem fraldas extra, minha mãe saiu do avião com minha irmã. Horas se passaram e não havia indicação de que elas entrariam entrariam em um próximo voo.

Minha mãe estava cansada e preocupada. Sem encontrar um banco para sentar, ela logo se sentou no chão, perto de uma parede com minha irmã no colo. Ao se encontrar nesta situação, ela orou e implorou por ajuda, esperando não perder o bebê em sua bariga e querendo aliviar os fardos de sua pequena filha.

Naquele momento, um senhor bondoso se ajoelhou no chão perto delas, conversou com ela e ofereceu ajuda. Ele imediatamente pegou minha chorosa irmã mais velha nos braços. Carregando a minha irmã, aquele cavalheiro foi até o balcão de atendimento e, com um pouco de persuasão, colocou minha mãe e minha irmã no próximo voo para Michigan.

Mais tarde, pensando sobre o que havia acontecido e por não ter reconhecido quem era aquele homem, minha mãe pensou que deveria ter se sentido vergonhada por ver minha irmã encharcar o terno daquele senhor com sua fralda, e no horrível estado em que ela mesma se encontrava. Mas, naquele momento, ela estava cheia de gratidão pela bondade daquele senhor.

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Meses após aquele dia no aeroporto, depois de dar à luz a um menino saudável, meus pais estavam assistindo um devocional que estava sendo transmitido de Salt Lake. Quando o Presidente Spencer W. Kimball começou a falar, minha mãe imediatamente o reconheceu com o homem do aeroporto. Imediatamente ela lhe escreveu uma carta, agradecendo pelo que ele havia feito. Ele respondeu que a carta e disse que nunca se esqueceria daquele dia no aeroporto e a agradeceu pelo seu serviço de esposa e mãe.

Minha mãe tinha cuidado ao falar sobre essa história, ela nunca queria dar atenção demais a ela mesma, sempre afirmava que era a história do Presidente Kimball. E de muitas maneiras é. Mas para mim, é também a história de como o Senhor usou o sacerdócio Dele para abençoar Seus discípulos justos: O Presidente Kimball, como um portador do sacerdócio, minha mãe e meu pai, ambos dotados de poder do sacerdócio e autoridade para sua própria família.

O Presidente Kimball, como um apóstolo do Senhor Jesus Cristo, portava as chaves do reino de Deus na terra nessa dispensação. Por causa da autoridade do sacerdócio, ele podia literalmente, agir em nome de Deus em todas as coisas. Por causa de sua retidão, ele foi abençoado com o incrível poder do sacerdócio.

Minha mãe mencionou que por diversas vezes, enquanto o Presidente Kimball a ajudava, ela sentia como se ele a estivesse abençoando – de certa maneira a curando. De fato, depois dessa experiência com o Presidente Kimball, meus pais foram abençoados com mais 10 filhos nascidos de parto normal, adotaram mais um e também criaram um sobrinho do meu pai, que eu conheço somente como meu irmão. A habilidade deles de criar 13 filhos claramente foi um milagre e foi contra tudo o que os médicos haviam dito antes.

O Presidente M Russel Ballard ensinou que

“O sacerdócio não apenas é o poder pelo qual os céus e a Terra foram criados, mas é também o poder que o Salvador usou em Seu ministério mortal para realizar milagres, abençoar e curar enfermos, trazer os mortos de volta à vida e, como o Filho Unigênito do Pai, padecer a insuportável dor do Getsêmani e do Calvário — cumprindo, assim, a lei da justiça e a da misericórdia, realizando uma Expiação infinita e vencendo a morte física por meio da Ressurreição”

Meus pais também estavam usando o poder e a autoridade do sacerdócio com o qual foram revestidos ao fazer e cumprir convênios sagrados no templo. Eles se ajoelharam no altar como casal e entraram na ordem patriarcal/familiar do sacerdócio, ou o novo e eterno convênio do casamento, e onde ambos receberam o poder e a autoridade do sacerdócio de Deus para a sua família.

O Presidente Ezra Taft Benson explicou que

“A ordem do sacerdócio de que falam as escrituras também é às vezes citada como a ordem patriarcal, porque foi conferida de pai para filho. Mas essa ordem também é descrita na revelação moderna como uma ordem de governo familiar, no qual um homem e uma mulher fazem um convênio com Deus — exatamente como Adão e Eva — de ser selados para a eternidade, de ter progênie e de fazer a vontade e a obra de Deus durante toda a mortalidade. ”

Minha mãe e meu pai puderam receber revelação, conhecimento, autoridade e o poder que estava à disposição somente daqueles que fazem e guardam os convênios sagrados do templo. Mesmo viajando sozinha de avião, minha mãe não estava sem o poder do sacerdócio e a autoridade de Deus, por ter sido abençoada com o sacerdócio no sagrado templo de Deus.

Naquela ocasião essas três pessoas, o Presidente Kimball, minha mãe e meu pai, utilizaram o poder e a autoridade do sacerdócio para a salvação dos filhos de Deus na terra. Estas três pessoas estavam determinadas em guardar os convênios e, de maneira única, fazer a sua parte na missão do Salvador para a salvação de outras almas.

Acredito que, por causa dos convênios que cada um desse três membros fizeram, e suas vontades de servir ao Senhor e obedecer a Ele a qualquer preço, Ele os abençoou com o poder e a autoridade do sacerdócio. É como se meus pais, o Presidente Kimball e o Senhor estivessem no mesmo time, para “levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem.”(Moisés 1:3)

Fonte: LDSLiving

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