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“Oh! Quão Grande É a Bondade de Nosso Deus” – Comentários da Escola Dominical: Curso “O Livro de Mórmon” – 2 Néfi 6-10

O mormonsud.net publica semanalmente comentários que ajudam no estudo das lições da Escola Dominical do Curso de Membros Adultos da Igreja. A ordem das lições apresentadas nas alas e ramos da Igreja podem sofrer alguma variação devido aos calendários locais – que incluem conferências de alas e Estaca. Caso os comentários abaixo não se apliquem a lição que será apresentada na sua classe de Escola Dominical neste próximo domingo, você ainda poderá se beneficiar da leitura do texto abaixo, para reforçar algo já aprendido ou observar algo que será debatido em um futuro próximo.

A Expiação de Jesus Cristo é o ponto chave destas lição. Por isso, os capítulos principais estão em 2 Néfi 9-10 – onde Jacó, irmão de Néfi discursa. Em 2 Néfi 9 ele testifica que por meio da expiação do Salvador, podemos ser redimidos da morte física e da morte espiritual. Discorre sobre os princípios que nos ajudam a receber todas as bênçãos da expiação. Ele também atitudes e ações que nos impedem de receber todas as bênçãos da expiação. E em 2 Néfi 10 ele profetiza que o Redentor se chamará Cristo, que os descendentes dos nefitas perecerão na incredulidade e que os judeus de Jerusalém crucificarão o Salvador e serão dispersos até crerem Nele. No final Jacó testifica dos convênios do Senhor com Seu povo e exorta-os a se reconciliarem com a vontade de Deus.

Eis alguns pontos para considerar em seu estudo:expiação de cristo

  1. Expiação. O conhecimento sobre a Expiação é mais importante que qualquer outro. A Liahona de Março deste ano encontra-se parte de um dos discursos mais marcantes sobre a Expiação. Na Conferência Geral de 1985, o Elder Bruce R. McConkie, que servia no Quorum dos Doze proferiu um poderoso serão sobre “O Poder Purificador do Getsêmani” (A Liahona, julho de 1985). Ele disse:

    “Sinto, e o Espírito parece confirmar, que a doutrina mais importante que posso proclamar e o testemunho mais veemente que posso prestar é sobre o sacrifício expiatório do Senhor Jesus Cristo.

    Sua Expiação é o evento mais sublime que já ocorreu ou ocorrerá desde a aurora da Criação até a eternidade sem fim.

    É o supremo ato de bondade e graça que somente um deus poderia realizar. Por meio dele, todos os termos e condições do plano eterno de salvação elaborado pelo Pai tornaram-se operantes. (…)

    Convido-os a me acompanhar na busca de um conhecimento perfeito e inequívoco da Expiação.

    Precisamos deixar de lado as filosofias dos homens e a erudição dos sábios e dar ouvidos ao Espírito que nos é concedido para nos guiar a toda a verdade.

    Precisamos examinar as escrituras, aceitá-las como o pensamento, a vontade e a voz do Senhor e o próprio poder de Deus para a salvação.

    Ao lermos, ponderarmos e orarmos, virá à nossa mente a visão dos três jardins de Deus: o Jardim do Éden, o Jardim do Getsêmani e o Jardim do Sepulcro Vazio, onde Jesus apareceu para Maria Madalena.

    No Éden, veremos todas as coisas criadas em estado paradisíaco — sem morte, sem procriação, sem experiências probatórias.

    Compreenderemos que essa criação, hoje desconhecida para o homem, era a única maneira de possibilitar a Queda.

    Então veremos Adão e Eva, o primeiro homem e a primeira mulher, descerem de sua condição de glória imortal e paradisíaca para tornarem-se os primeiros humanos mortais da Terra.

    A mortalidade, que inclui a procriação e a morte, entrará no mundo. E por causa da transgressão, começará um estado probatório de tribulações e testes.

    Então no Getsêmani veremos o Filho de Deus resgatar o homem da morte temporal e espiritual que nos sobrevieram em virtude da Queda.

    E, por fim, diante do sepulcro vazio, constataremos que Cristo nosso Senhor rompeu as correntes da morte e Se ergueu para sempre triunfante sobre a sepultura.

    Assim, a Criação é a origem da Queda, pela Queda veio a mortalidade e a morte, e por Cristo veio a imortalidade e a vida eterna.

    Se não tivesse havido a Queda de Adão, por meio da qual advém a morte, não poderia haver a Expiação de Cristo, por meio da qual vem a vida.

    E agora, no que tange a essa Expiação perfeita, realizada com o derramamento do sangue de Deus, testifico que ela ocorreu no Getsêmani e no Gólgota, e no tocante a Jesus Cristo, testifico que Ele é o Filho do Deus vivo e foi crucificado pelos pecados do mundo. Ele é nosso Senhor, nosso Deus e nosso Rei. Isso sei por mim mesmo, independentemente de qualquer outra pessoa.

    Sou uma de Suas testemunhas, e um dia sentirei as marcas dos cravos em Suas mãos e em Seus pés e molharei Seus pés com minhas lágrimas.

    Mas, nesse momento não saberei melhor do que já sei agora, que Ele é o Filho Onipotente de Deus, que Ele é nosso Salvador e Redentor e que a salvação vem por meio de Seu sangue expiatório e de nenhuma outra forma.

    Que Deus permita que todos nós andemos na luz, já que Deus nosso Pai está na luz, a fim de que, de acordo com as promessas, o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifique de todo pecado.”

     

  2. Usar recursos financeiros com sabedoria. Em 2 Néfi 9:51 Jacó dá um conselho muito atual: não devemos despender dinheiro e trabalho naquilo que não pode satisfazer. Ele acrescenta que esta satisfação é a fartura daquilo que não perece, nem pode ser corrompido – é a abundancia na qual se deleita a alma. Os líderes da Igreja sempre aconselharam a sermos sábios no uso dos recursos que possuímos. O Élder Robert D. Hales ensinou como nos tornarmos provedores prudentes temporal e espiritualmente. Ele advertiu contra o materialismo e a cobiça. Então, falou sobre duas lições que sua esposa lhe ajudou a aprender:

    “Aprendi a primeira lição quando éramos recém-casados e tínhamos bem pouco dinheiro. Eu estava na Força Aérea e não tínhamos passado o Natal juntos, pois recebera uma missão no estrangeiro. Quando voltei para casa, vi um bonito vestido na vitrine de uma loja e sugeri a minha esposa que, se ela gostasse, eu o compraria. Mary entrou no provador da loja. Depois de algum tempo, a balconista saiu, passou por mim e recolocou o vestido na vitrine. Ao sairmos da loja, perguntei-lhe: “O que aconteceu?” Ela respondeu: “Era um bonito vestido, mas não estamos em condições de comprá-lo!” Aquelas palavras foram direto ao meu coração. Aprendi que as três palavras mais amáveis são “Eu te amo”, e as quatro palavras mais carinhosas para aqueles a quem amamos são “Não estamos em condições”.

    A segunda lição eu aprendi muitos anos mais tarde, quando tínhamos maior segurança econômica. Nosso aniversário de casamento estava-se aproximando e eu queria comprar um bonito casaco para Mary, a fim de demonstrar meu amor e apreciação por nossos muitos anos de felicidade juntos. Quando perguntei o que ela achava do casaco que eu tinha escolhido, ela respondeu com palavras que, mais uma vez, penetraram-me o coração e a mente. “Onde é que eu o usaria?” perguntou. (Na ocasião, ela era a presidente da Sociedade de Socorro da ala e ajudava na assistência das famílias necessitadas.)

    Ela ensinou-me, então, uma lição inesquecível! Olhou-me nos olhos e perguntou docemente: “Você está comprando isso para mim ou para você?” Em outras palavras, ela estava perguntando: “O propósito deste presente é demonstrar-me seu amor ou mostrar-me que você é um bom provedor, ou provar algo para o mundo?” Ponderei a respeito de sua pergunta e compreendi que estava pensando menos nela e em nossa família e mais em mim.

    Depois disso, tivemos uma conversa séria e transformadora a respeito do viver previdente e concordamos que nosso dinheiro seria mais bem gasto no pagamento das prestações da casa e na poupança para a educação de nossos filhos.

    Essas duas lições são a essência do viver previdente. Quando se apresenta a oportunidade de comprar, consumir ou de nos dedicarmos a coisas e atividades mundanas, precisamos aprender a dizer um ao outro: “Não estamos em condições, embora o queiramos!” ou “Estamos em condições, mas não precisamos disso — e nem ao menos queremos isso!” (Conferência Geral Abril de 2009)

| Inspiração
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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