O Propósito da Vida
Muitos anos atrás, os Osmonds, uma família Mórmon, que conquistou o coração de milhões de pessoas com suas músicas e a união de sua família, criou um álbum que explicava as Crenças Mórmons em termos musicais. Um musica concernente a questões que tantas pessoas se fazem atualmente — por que eu devo amar a vida se não há um propósito? O homem representado na canção disse que ele tinha muita dificuldade em acreditam que Deus nos colocaria aqui sem nenhum entendimento do por que estamos aqui. A vida não faz qualquer sentido a menos que entendamos o plano — e há um plano para nós.
Mórmon é o apelido dos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Jesus Cristo, no centro do nome da Igreja, está também no centro dos ensinamentos da Igreja sobre o Plano de Salvação, ou, como muitos dizem atualmente, o Grande Plano de Felicidade.
Para entender o plano de Deus para nós, temos que entender o que aconteceu antes de nascemos, antes de o mundo ser sequer criado. A Bíblia diz que vivíamos antes de nascemos na Terra:
“o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
Neste versículo podemos ficar surpreso com a palavra “volte”. Não podemos voltar para um lugar que nunca fomos, então agora entendemos que nossos espíritos viveram com Deus antes de nascermos. Os Mórmons acreditam que Deus criou nossos espíritos e então vivemos com Ele por um tempo antes de a Terra ser formada. Isso faz com que Ele seja literalmente o Pai nos Céus e também ajuda a explicar porque Ele nos conhece tão bem. Jeremias aprendeu que Deus de fato conhecia cada um de nós muito bem antes de nascermos nesta Terra:
“Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta” (Jeremias 1:5).
Aprendemos aqui que durante o período pré-mortal de Jeremias, ele era tão justo e tão dependente de Deus que ele foi preordenado para ser um profeta na Terra. Deus sabia que mesmo os desafios da mortalidade não fariam com que Jeremias fosse injusto.
Durante nosso tempo com Deus aprendemos sobre o plano que Ele tinha para nós. Sabíamos que teríamos que deixar o lar — os filhos sempre fazem isso se querem crescer o máximo possível e descobrir quem são quando seus pais não estão ali do seu lado. Construímos nosso relacionamento com Deus e nossas personalidades e decidimos o quanto à obediência a Deus é importante para nós. Quando chegou a hora do passo seguinte, Deus nos chamou para um grande conselho para nos lembrar do plano que já conhecíamos antes. Nesta reunião, foi nos dito que havia chegado a hora e revimos o propósito do próximo passo da vida.
Na Terra, recebemos nossos corpos e famílias. Perdemos nossa memória do que aconteceu na pré-mortalidade porque uma coisa que deveríamos aprender a usar era a fé — e não precisaríamos de fé se lembrássemos que vivemos com Deus e tudo o que aconteceu.
Sabíamos que teríamos desafios que nos ajudaria a crescer e a nos tornar tudo o que precisamos ser, tudo o que Deus espera que sejamos. Entretanto, é a nossa reação quando enfrentamos um desses desafios que vai decidir quão eficiente ela é. Se escolhermos deixar Deus nos ajudar a lidar com nossos desafios e nos ensinar, vamos progredir. Se escolhermos deixar que elas nos derrubem… foi nossa escolha, mas perderemos as bênçãos que receberíamos caso Ele nos ajudasse.
Não viemos sozinhos para essa terra. Deus envia o Espírito de Cristo e o Espírito Santo para nos ajudar a tomar nossas decisões se os consultarmos. Esses dons também nos ajudam a reconhecer a verdade quando a ouvimos se escolhermos perguntar se algo é verdadeiro e bom ou não.
Deus também nos prometeu um Salvador para balancear justiça e misericórdia. A justiça requer que sejamos perfeitos e sem pecados para podermos voltar à presença de Deus. Isso não seria possível para mortais. Por esta razão, Ele nos ofereceu um Salvador que viria para a Terra como o filho de Deus e portanto poderia viver sem nenhum pecado. Este Salvador, sem ter cometido nenhum pecado, poderia escolher sacrificar por nossos pecados, nos dando, assim, a oportunidade de voltar para Deus. Ele morreria por nós, apesar de não precisar fazê-lo, e então ressuscitaria, quebrando as ligaduras da morte. O Senhor Jesus Cristo se voluntariou para este serviço.
Havia oposição a este plano porque ele envolvia risco e muitas pessoas, mesmo naquela época, detestavam riscos. Alguns queriam um plano que garantiria que voltassem para o lar. Para isto acontecer, certamente, teríamos que perder nosso arbítrio, algo que tínhamos desde a pré-mortalidade. Alguém teria que controlar todas as nossas ações para que não pecássemos. Isso faria com que a vida na Terra não tivesse significado nenhum, uma vez que não precisaríamos de fé e não enfrentaríamos desafios e escolhas designadas para nos ajudar a crescer. Entretanto, Lúcifer liderou a campanha para este método e para que ele fosse escolhido como nosso líder e salvador. Entretanto, ele não tinha o desejo de sofrer por todos, o que explica o porquê ele preferiu controlar nossas ações. Ele também insistiu que teríamos que lhe agradecer, adorando apenas a ele, tomando, em essência, o papel de Deus em nossas vidas. Felizmente, dois terços de nós fomos sábios em rejeitar este método que faria da vida sem sentido e escolhemos o Senhor Jesus Cristo. O restante escolheu Lúcifer e, com ele, foram expulsos do Céu, destinados a segui-lo para sempre. Não lhes foi permitido vir a Terra, receber um corpo e compartilhar do benefício da expiação.
Deus debate sobre isto com Jó e podemos ler na Bíblia:
“Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38:4-7).
Onde estava Jó quando o mundo foi criado? Ele estava no mesmo lugar onde todos estávamos, gritando de alegria. Deus não faria esta pergunta se Jó não existisse na época.
Quando entendemos o plano de Deus para nós, nossa vida na Terra faz muito mais sentido. Embora a vida nem sempre seja fácil e, às vezes, prece extraordinariamente difícil, há um propósito para ela. As bênçãos de viver bem, escolhendo ter fé para escolher ter felicidade ao enfrentar as adversidades, são maravilhosas. A recompensa é voltar para casa, para morar com Deus, desta vez para sempre. Os Mórmons acreditam que todos, exceto alguns poucos, receberá uma porção de glória no Céu e desfrutará das recompensas por seu desejo de vir a Terra e de confiar em Deus e em Seu plano.