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A mulher que manteve o ramo de Paris unido durante a Segunda Guerra Mundial

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Eveline Marie Charlet Kleinert nasceu em Pully, Vaud, na Suíça, em 9 de fevereiro de 1878. Filha de Marc Louis Charlet e Delphine Catherine Vionnet. Ela foi batizada como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em 1 de outubro de 1896, aos 18 anos, cerca de um ano e meio após o batismo de seus pais.

Em 1915, Kleinert deixou a Europa para se tornar uma governanta em San Francisco, Califórnia. Nos Estados Unidos, ela recebeu sua investidura no Templo de Salt Lake em 24 de fevereiro de 1915, e mais tarde realizou o trabalho vicário por seus pais. Kleinert, sempre uma missionária e fiel ao evangelho, mudou-se para Paris, França, aos 47 anos. Pouco depois, casou-se em 1925 com Charles (Karl) Kleinert, taxista suíço de 38 anos que não era membro da Igreja.

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Liderando o Ramo de Paris

Mais de uma década após o casamento de Kleinert, o exército nazista de Hitler começou a se espalhar por toda a Europa. Em outubro de 1939, os missionários e o presidente da missão foram transferidos para casa ou para outras áreas de serviço mais seguras. Todos os demais portadores do sacerdócio foram evacuados após a mobilização geral das forças armadas francesas em setembro de 1939 e também houve a saída dos missionários. Isso não deixou muitos portadores do sacerdócio em Paris, exceto Gaston Chappuis, um suíço nativo que estava servindo como secretário do presidente da missão francesa. Gaston tornou-se o presidente da missão temporariamente. Contudo, ele foi instruído em um telegrama do Presidente Heber J. Grant em junho de 1940, pouco depois que Hitler começar sua invasão na França, para fechar a missão e partir para os Estados Unidos. Antes de deixar Paris, Gaston Chappuis deixou os cuidados do Ramo de Paris nas mãos da irmã Kleinert, a secretária do Ramo.

Kleinert cuidou com carinho do Ramo de Paris, que era composto por cerca de seis mulheres mais velhas: ela, Irmã Beaucantin, Irmã Brenkle, Irmã Maillet, Irmã Tourneau e Irmã Martin.

Ela conduzia reuniões em seu apartamento. A cada semana as irmãs se fortaleciam mutuamente através de oração, cantavam hinos juntas, liam as escrituras e a tradução francesa do livro de James E. Talmage, As Regras de Fé, e prestavam testemunhos.

Ela também atuou como secretária para essas reuniões, como havia sido instruída pelo irmão Chappuis, coletando os magros dízimos e ofertas de jejum e guardando-os para um dia futuro, quando o sacerdócio retornasse a Paris.

Quando os pacotes de comida chegavam, ela os distribuiria aos necessitados e visitava os doentes para dar qualquer ajuda que pudesse. Sem nenhuma maneira de se comunicar com outros líderes da Igreja, ela liderou sozinha o Ramo de Paris durante a guerra e sua fé nunca hesitou enquanto ministrava aos necessitados.

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Um visitante inesperado

Em certa ocasião, um homem fez uma visita a uma reunião no apartamento de Kleinert, mas não foi do jeito que ela esperava. Em um artigo escrito por sua sobrinha Marguerite C. Bates em 1997 foi dito:

“No domingo, as mulheres no Ramo de Paris estavam se revezando para compartilhar seus testemunhos quando a porta se abriu e um jovem da Gestapo (polícia secreta do governo nazista) entrou e sentou-se. As mulheres ficaram aterrorizadas porque era contra as leis da ocupação alemã ter reuniões organizadas. O soldado alemão levantou-se e prestou seu testemunho e citou a décima segunda Regra de Fé, que afirma que acreditamos estar sujeitos a reis, presidentes, governantes, etc., e aquela era a razão dele estar em Paris. Depois de ter prestado seu testemunho, ele saiu e é claro que ele nunca denunciou as irmãs para a Gestapo.”

Mas houve muitas outras ocasiões desde 1940 até 1944, quando nem mesmo essas reuniões do pequeno Ramo puderam ser realizadas. O tempo frio extremo, a falta de combustível para o aquecimento, o transporte e as doenças eram algumas dificuldades que às vezes impediam as irmãs de se reunirem. Durante estes tempos, Irmã Kleinert tentava ministrar as irmãs doentes, cuidando e dando conforto o melhor que podia.  

A tragédia atingiu o pequeno Ramo de irmãs em 17 de agosto de 1943, quando a irmã Louise Beaucantin faleceu. Ainda mais dificuldades surgiram quando a guerra entrou em seu quinto ano, com a escassez de alimentos crescendo ainda mais.

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Permanecer firme apesar da guerra

No inverno de 1944, todas as irmãs do Ramo estavam cansadas, doentes e privadas de suas  necessidades mais simples. Assim, Kleinert fez um esforço especial para entrar em contato com o único portador do Sacerdócio de Melquisedeque no país, Léon Fargier, que vivia a centenas de quilômetros de distância em Valência, no sudeste da França.

Ela pediu que ele viesse dar bênçãos do sacerdócio às aflitas irmãs do Ramo. Viajando em meio a grandes riscos através do território ocupado pelo inimigo, este irmão corajoso foi capaz de ir ao auxílio dessas mulheres idosas. Ele abençoou e administrou o sacramento para elas. Este foi um momento sagrado que elas não tinham o privilégio de presenciar desde que o irmão Chappuis deixou Paris quatro anos antes. Cada irmã recebeu uma bênção do sacerdócio. 

Embora a fé das irmãs fosse fortalecida pela visita do irmão Fargier e a promessa do fim da guerra, as condições se tornaram ainda mais pobres em Paris. Havia escassez de combustível, meios de transporte e doenças provocadas por privações extremas. Com toda essas dificuldades a irmã Kleinert pediu que as irmãs não fossem às reuniões da Igreja e ficassem em casa.

Em vez disso, todas as semanas ela enviava uma carta reconfortante para cada uma e recebia uma resposta de cada uma em troca. Mas mesmo essa correspondência teve suas dificuldades com a censura do correio na França. A sobrinha de Kleinert, que morou nos Estados Unidos durante a guerra, relatou a situação das cartas que ela recebeu. Ela disse que as cartas estavam rasgadas, abertas e cheias de marcas pretas, com alguns dos conteúdos até mesmo desaparecidos. Mas, apesar dessas dificuldades, as cartas permitiram que as irmãs mantivessem ininterruptamente o laço de amor, paz e oração até que a guerra terminasse em 1945.

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O Retorno do Sacerdócio

Alguns meses após o fim da guerra, as orações de Kleinert foram respondidas quando seu marido, Charles, encontrou um comunicado no quadro de avisos da sede da Cruz Vermelha anunciando que reuniões da igreja seriam realizadas em um edifício de militares. Carlos, conhecendo a devoção de sua esposa ao evangelho e as irmãs de que era encarregada, logo entrou em contato com os militares americanos, que puderam então contatar as irmãs fiéis com a alegria de que o sacerdócio havia retornado a Paris.

Em uma reunião de militares em abril de 1945, foi feita menção especial à fidelidade das irmãs do Ramo de Paris. Em janeiro de 1946, o apóstolo Ezra Taft Benson, acompanhado por Frederick W. Babbel, viajou para a Europa devastada pela guerra para cumprir seu chamado da Primeira Presidência como Presidente da Missão Europeia. Sua missão era restabelecer as missões europeias e cuidar das necessidades dos santos angustiados na Europa.

Quando o Élder Benson chegou a Paris no início de 1946, ele providenciou a entrega de pacotes de ajuda aos membros, o que ajudou a aliviar algumas das enormes necessidades de alimentos e roupas. Em março, ele arranjou uma nova casa para sediar a missão em Paris, e a Irmã Kleinert foi uma das voluntárias para ajudar na construção.

Em 10 de março de 1946, uma reunião de despedida foi realizada para os militares que tinham trazido tanta alegria e esperança. Kleinert registrou em seu diário que esses militares eram um raio de sol depois de uma terrível tempestade e que as reuniões com os soldados estavam cheias do Espírito do Senhor. Foi com uma profunda tristeza que viram os soldados partirem.

Mas também se encontravam com um coração cheio de agradecimento pela renovada felicidade que agora tinham. E Kleinert tinha uma coisa a mais para agradecer. Depois de anos assistindo e participando das atividades da Igreja promovidas por sua esposa, o marido de Kleinert decidiu ser batizado. Ele se tornou membro da Igreja em 16 de junho de 1946.

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Dificuldades após a guerra

Mesmo depois do fim oficial da guerra, as dificuldades ainda eram muitas. O racionamento continuou por anos, e em 1947, o racionamento de gasolina tornou-se especialmente preocupante para o marido e sobrinho da Irmã Kleinert, pois ambos dependiam da gasolina para ganhar a vida.

Mas Kleinert continuou a mostrar gratidão pelas bênçãos que ela tinha em abundância. Em uma carta para sua sobrinha, em 1947, ela escreveu:

“Na semana passada recebi um pacote do Ramo que me deixou muito feliz. Sem dúvida, é o Senhor que tocou esses corações. Não sei como conseguiram meu endereço. O ramo é de Oceanside, Hempstead, N.Y.” Em uma carta de 1949, ela disse: “nós sempre sentimos as bênçãos do Senhor sobre nós”.

Eveline Charlet Kleinert faleceu em 1 de agosto de 1949, aos 71 anos de idade. Ela foi um maravilhoso exemplo de  trabalho pioneiro tendo um fervoroso testemunho do evangelho de Jesus Cristo desde o momento em que foi batizada em 1896 até sua morte em 1949.

Ela foi uma mensageira da verdade para muitos descendentes da família Charlet. Ela era um anjo para suas irmãs no Ramo de Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de viver a guerra, a fome e o isolamento, sua fé nunca vacilou, porque sempre confiou no Senhor. Em uma carta que escreveu para o Deseret News em junho de 1949, poucos meses antes de sua morte, ela compartilhou seu forte testemunho:

“Ma foi dans l’Evangile n’a jamais tremblé depuis sûre du secours de mon père dans les cieux.

– Minha fé no evangelho nunca vacilou, pois estava certa da ajuda de meu Pai Celestial.”

Este artigo foi traduzido do inglês.

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| Inspiração
Publicado por: Inaê Leandro
Inaê Leandro é estudante de Administração, escritora e foi Jovem Senadora em terceiro lugar por Minas Gerais, no Prêmio Jovem Senador, do Senado Federal. Atua como voluntária no Instituto Oikon e mantém juntamente com amigos, o site suscitare.com.br.
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