13 Citações sobre o Perigo das Artimanhas Sacerdotais
Um dos maiores perigos é o envolvimento com artimanhas sacerdotais. De fato esse foi o pecado de Lúcifer ao propor uma “outra maneira” de salvação para os filhos de Deus. Ele disse ao Pai: “Eis-me aqui, envia-me; serei teu filho e redimirei a humanidade toda, de modo que nenhuma alma se perca; e sem dúvida eu o farei; portanto dá-me a tua honra.” (Moisés 4:1). Ele desejava estabelecer-se como luz. Devido a seu orgulho e pecado imperdoável, foi expulso, tornando-se Satanás. Agora, o Demônio procura desviar os outros filhos de Deus (que aceitaram o Salvador na vida pré-mortal) – e grande parte de seu empenho (o empenho do diabo) se demonstra nas artimanhas sacerdotais. Abaixo uma lista de citações de Profetas, Autoridade Gerais e professores do SEI que explicam o que é, e com o evitar artimanhas sacerdotais:
- Élder Dallin H. Oaks disse: “Concentrando-se nas necessidades dos alunos, um professor do evangelho jamais terá sua visão do Mestre obscurecida por querer se autopromover ou por buscar seus próprios interesses durante a aula. Isso significa que um professor do evangelho nunca deve se comprazer em artimanhas sacerdotais, que significa “o homem pregar e estabelecer-se como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do mundo”. (2 Né. 26:29) Um professor do evangelho não prega a fim de “[tornar-se] popular” (Alma 1:3) ou “por causa de riquezas e honrarias”. (Alma 1:16) Ele segue o maravilhoso exemplo do Livro de Mórmon no qual “o pregador não era melhor que o ouvinte nem o mestre melhor que o discípulo”. (Alma 1:26) Ambos olharão sempre para o Mestre.” (“O Ensino do Evangelho”, Conferência Geral Outubro de 1999, 2o Sessão de Domingo)
- Élder Stanley G. Ellis, dos Setenta, disse: “As escrituras contêm muitas passagens de orientação e admoestação para os portadores do sacerdócio. Uma das melhores é a seção 121 de Doutrina e Convênios. Nesses poucos versículos, o Senhor ensina que o sacerdócio só pode ser exercido em retidão. (…) Essa seção também nos adverte acerca das atitudes e ações que nos farão perder o poder do sacerdócio. Se “[aspirarmos] as honras dos homens”, tentarmos “encobrir nossos pecados”, [satisfizermos] nosso orgulho” ou “vã ambição,” ou procurarmos “exercer controle” sobre os outros, perderemos o poder do sacerdócio (ver versículos 35 a 37). A partir daí, estaremos praticando artimanhas sacerdotais. Teremos deixado o serviço de Deus e nos colocado a serviço de Satanás.” (“Ele Confia em Nós”, A Liahona, Novembro de 2006, pg. 51-52)
- Élder David A. Bednar disse: “Mas precisamos, irmãos e irmãs, ter o cuidado de lembrar em nosso trabalho que somos condutos e canais; não somos a luz. “Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mateus 10:20). Nunca sou eu ou vocês. Na verdade, tudo o que fazemos como professores no intuito de intencionalmente chamar a atenção para nós mesmos — nas mensagens que apresentamos, nos métodos que usamos ou em nossa conduta pessoal — torna-se uma forma de artimanha sacerdotal que inibe a eficácia do ensino do Espírito Santo. “Prega-a pelo Espírito da verdade ou de alguma outra forma? E se for de alguma outra forma, não é de Deus” (D&C 50:17–18).” (“Aprender pela Fé”, A Liahona, Setembro de 2007, pg. 23)
- O Presidente Joseph F. Smith ensinou: “Cremos (…) no princípio de revelação direta de Deus ao homem. O evangelho não pode ser ministrado nem a Igreja de Deus pode continuar a existir sem ele. (…) Cristo está à cabeça de Sua Igreja, não o homem, e a conexão somente pode ser mantida sob o princípio de revelação direta e contínua. (…) No momento em que esse princípio for retirado da Terra, a Igreja estará sem orientação ou direção, tendo sido separada de sua cabeça sempre viva. Nessa condição ela não pode continuar a existir, mas deixará de ser a Igreja de Deus e, como um navio no mar sem capitão, bússola nem leme, está a mercê das tempestades e das ondas das sempre tumultuosas paixões humanas, interesses mundanos, orgulho e insensatez, para terminar encalhada na praia das artimanhas sacerdotais e da superstição.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, pg. 363).
- O Profeta Joseph Smith disse: “Que Deus nos permita cumprir os votos e convênios que fizemos uns com os outros, com toda fidelidade e retidão perante Ele, que nossa influência seja sentida entre as nações da Terra, com força vigorosa, de modo a esfacelar o reino das trevas e vencer as artimanhas sacerdotais e a iniquidade espiritual em lugares elevados e esmigalhar todos os reinos que se opõem ao reino de Cristo e espalhar a luz e a verdade do Evangelho, dos rios aos confins da Terra” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 159-160).
- O Profeta Joseph Smith disse também: “O mormonismo é a verdade; e todo homem que o aceita se sente livre para aceitar toda verdade: Conseqüentemente, são imediatamente libertados das correntes da superstição, fanatismo, ignorância e artimanhas sacerdotais; e seus olhos são abertos para a verdade, que prevalece imensamente sobre as artimanhas sacerdotais.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, pg. 276).
- O Élder M. Russell Ballard, disse que as artimanhas sacerdotais podem ocorrer tanto na Igreja como entre os inimigos da Igreja: “Portanto, tomemos cuidado com os falsos profetas e falsos mestres, sejam homens ou mulheres, que colocam a si mesmos como se fossem porta-vozes da doutrina da Igreja e procuram espalhar doutrinas falsas para atrair seguidores por meio de simpósios, livros e periódicos cujo conteúdo se opõe às doutrinas fundamentais da Igreja. Acautelem-se daqueles que dizem e publicam coisas contrárias às ensinadas pelos verdadeiros profetas de Deus e que ativamente tentam fazer seguidores sem qualquer consideração pelo bem eterno daqueles a quem seduzem. Como Neor e Corior do Livro de Mórmon, valem-se de sofismas para enganar e levar outras pessoas a aderir a seus pontos de vista. Colocam a si mesmos ‘como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do mundo; não [procuram], porém, o bem-estar de Sião’ (2 Néfi 26:29)” (Conference Report, outubro de 1999, p. 78; ver também “Acautelai-vos dos Falsos Profetas e Falsos Mestres”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 73).
- “Néfi explicou que as artimanhas sacerdotais ocorrem quando o homem coloca-se a si mesmo “como uma luz para o mundo” (2 Néfi 26:29). Jesus ensinou o contrário disso aos nefitas: “Eis que eu sou a luz que levantareis” ( 3 Néfi 18:24). “O maior problema das artimanhas sacerdotais é que não se ensina o arrependimento: “Porque eram da seita de Neor e não acreditavam no arrependimento de seus pecados” (Alma 15:15) (…) Neor incentivava as artimanhas sacerdotais e a autopromoção para conquistar riquezas e honrarias. Seu exemplo mostra que devemos desconfiar de quem prega para conquistar fama ou riquezas.” (Manual do Aluno do Curso no Livro de Mórmon, Manual de Religião 121-122, edição 2012, pg. 179)
- O irmão Paul V. Johnson, que é administrador do SEI, disse: “Além de obter lucro, Néfi disse que as pessoas se estabelecem como uma luz para obter o louvor do mundo. Alguns professores têm grande desejo de ser elogiados. Para obter esse louvor, pode ser que comecem a estabelecer-se como uma luz. Quando as pessoas olham para eles como se fossem uma luz, ficam dispostas a lhes dar o louvor que eles desejam. Isso pode aumentar seu desejo por mais louvor, e o ciclo continua. Isso se torna perigoso porque pode levar os professores a alterarem a doutrina ou ensinarem coisas que não deviam ser ensinadas ou usarem métodos didáticos que não deviam ser usados para exibirem-se como uma luz. Em 1987, o Élder Marvin J. Ashton, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “Tomem cuidado, fiquem atentos e sejam sábios quando as pessoas falarem bem de vocês. Quando as pessoas os tratarem com muito respeito e amor, tomem cuidado, estejam atentos e sejam sábios. Se vocês forem honrados e reconhecidos e se tornarem famosos, isso pode ser um fardo e uma cruz, especialmente se vocês acreditarem no que for dito a seu respeito. (…) O louvor do mundo pode ser uma cruz pesada de carregar. Ao longo dos anos, muito frequentemente ouvi dizer: ‘Ele era grande até se tornar um sucesso, daí não conseguiu lidar com isso’. Não estou falando de dinheiro e posição. Estou falando de reconhecimento, até em responsabilidades na Igreja. (…) Oro para que não nos deixemos ser levados pelo louvor, sucesso ou mesmo pelo cumprimento de metas que estabelecemos para nós mesmos” (“Carry Your Cross”, Brigham Young University 1986–1987 Devotional and Fireside Speeches, 1987, p. 141). (Conferência do SEI sobre Doutrina e Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto de 2002).
- O Élder Dallin H. Oaks também disse: “Os professores que são mais populares — e portanto mais eficazes — têm uma susceptibilidade particular a esse tipo de artimanha sacerdotal. Se não tomarem cuidado, seu ponto forte pode se tornar sua pedra de tropeço espiritual. Eles se tornam como Almon Babbitt, com quem o Senhor não estava satisfeito porque, como declara a revelação: ‘Ele aspira a estabelecer seu próprio conselho, em vez do conselho que decretei, sim, o da Presidência de minha Igreja; e estabelece um bezerro de ouro para meu povo adorar’. (D&C 124:84)” (“Our Strengths Can Become Our Downfall,” Brigham Young University 1991–1992 Devotional and Fireside Speeches, [1992], p. 111).
- Em 1989, no Assembly Hall, o Presidente Howard W. Hunter, que na época era Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, fez um discurso no programa anual “Uma Noite com uma Autoridade Geral” para os profesores do S&I. Ele disse: “Gostaria de deixar-lhes uma palavra de advertência. Tenho certeza de que reconhecem o perigo em potencial de terem tamanha influência e serem tão persuasivos a ponto de que seus alunos desenvolvam uma lealdade a vocês em lugar do evangelho. Esse é um problema maravilhoso com o qual devemos lutar, e esperamos que todos vocês sejam professores tão carismáticos assim. Mas há um perigo real envolvido. É por isso que vocês precisam convidar seus alunos a lerem as escrituras propriamente ditas, não apenas lhes dar sua interpretação e apresentação delas. É por isso que vocês precisam convidar seus alunos a sentir o Espírito do Senhor, e não apenas lhes dar sua impressão pessoal a esse respeito. É por isso, no final das contas, que vocês precisam convidar seus alunos a achegarem-se diretamente a Cristo, e não apenas lhes ensinar Suas doutrinas, por melhor que o saibam fazer. Nem sempre vocês estarão à disposição desses alunos. Vocês não poderão conduzi-los pela mão depois que tiverem saído do curso médio ou da faculdade. E vocês não precisam de discípulos pessoais. (…) Certifiquem-se de que a lealdade desses alunos seja para com as escrituras e o Senhor e as doutrinas restauradas da Igreja. Indiquem-lhes o caminho para Deus, o Pai, e Seu Filho Unigênito Jesus Cristo, e para a liderança da Igreja verdadeira. Certifiquem-se de que, quando o glamour e o carisma de sua personalidade e discursos e o ambiente da sala de aula se forem, eles não fiquem de mãos vazias para enfrentar o mundo. Dêem-lhes dádivas que eles levarão consigo quando tiverem que ficar sozinhos. Se fizerem isso, toda a Igreja será abençoada pelas gerações futuras. (…) Gostaria de deixar-lhes uma palavra de advertência [sobre o assunto de ensinar pelo Espírito]. Creio que se não formos cuidadosos como educadores profissionais que trabalham todos os dias, podemos começar a tentar simular a verdadeira influência do Espírito do Senhor por meios indignos e manipulativos. Fico preocupado quando aparentemente as emoções fortes ou as lágrimas copiosas são igualadas à presença do Espírito. Sem dúvida o Espírito do Senhor pode produzir fortes sentimentos emocionais, inclusive lágrimas, mas a manifestação externa não deve ser confundida com a presença do Espírito propriamente dita” (Eternal Investments, discurso para educadores religiosos, 10 de fevereiro de 1989, pp. 2–3)
- O Élder Robert D. Halles disse: ““Todos vocês que ensinam no seminário e instituto têm no coração o desejo de ser um anjo. Isso é bom, mas vocês estão sujeitos à grande tentação de desempenhar o papel do flautista da flauta mágica e imaginar que irão reunir todos os seus alunos a seu redor e induzi-los com seu amor a que desenvolvam um testemunho; ou de sentir que se conseguirem tornar-se muito populares, poderão liderá-los, ser um exemplo para eles e fazer uma grande diferença na vida de seus alunos. (…) Não existe nada mais perigoso do que quando um aluno dirige sua admiração e atenção ao professor em lugar do Senhor, da mesma forma que um converso faz com um missionário. E então, se o professor ou o missionário for embora ou comportar-se de modo contrário aos ensinamentos do evangelho, o aluno ficará extremamente desapontado. Seu testemunho enfraquecerá. Sua fé será destruída. O professor realmente bom toma cuidado para que os alunos se voltem ao Senhor. Depois que tivermos tocado a vida dos jovens, temos que voltá-los para Deus, o Pai, e Seu Filho, nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo, por meio da oração, estudo e a aplicação prática dos princípios do evangelho na vida deles” (Teaching by Faith, discurso para educadores religiosos, 1º de fevereiro de 2002, p. 7).
- O irmão Paul V. Johnson, que é administrador do SEI, disse: “Um dos desafios para reconhecer e evitar as artimanhas sacerdotais é que essa é uma questão que envolve as motivações e desejos. É como o orgulho. Na verdade, o orgulho é a origem do problema. Quando há um acidente numa fábrica, geralmente há sinais visíveis, como sangue ou histeria. A maioria das pessoas reconhece imediatamente que houve um acidente. Mas isso não acontece com os danos causados ao coração. Precisamos ser mais sensíveis para reconhecer os primeiros sinais de problemas espirituais.” (…) “Uma vez que as artimanhas sacerdotais envolvem motivações e desejos, a melhor maneira de combatê-las é em nível pessoal. É muito melhor procurar policiar-nos nesses assuntos antes que se tornem motivo de preocupação para os líderes e supervisores do sacerdócio. Trata-se de um assunto a respeito do qual precisamos estar muito atentos em nossa vida. Ele tem a tendência de imiscuir-se em nossa vida, se não formos diligentes.” (Conferência do SEI sobre Doutrina e Convênios e História da Igreja, 2002, 12 de agosto de 2002).
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ADENDO
A seguir um comentário que fiz no livro “Considerações sobre o Apocalipse”:
Apocalipse 2:14 – Doutrina de Balaão. Balaão foi um profeta do Senhor contemporâneo a Moisés. Infelizmente ele deixou-se corromper e cedeu a vaidade. Preferiu as riquezas de Balaque do que atentar para o conselho do Senhor. Tão cego estava este profeta que o Senhor teve abrir a boca da jumenta para adverti-lo. Entretanto, Balaão amava Mamon, ou seja, as riquezas do mundo. Como os homens do sacerdócio só podem usar o poder de Deus de acordo com a Vontade divina, Balaão não conseguiu amaldiçoar Israel, antes a abençoou (Números 22-24). Ele até profetizou a respeito do Salvador, que viria da linhagem daquele povo (Números 24:14, 17 e 19).
Balaão viu que Deus era com aquele povo, por isso instou Balaque e seu povo, que eram os moabitas, a corromperem os israelitas com pecados sexuais. Balaão entendia que se os israelitas se tornassem indignos, então a proteção do Senhor cessaria. E foi o que aconteceu. Os israelitas tomaram para si mulheres entre os moabitas, e uma série de desgraças se sucedeu (Números 25; 31:16-18).
Balaão se tornou símbolo daqueles que usam seu chamado e seus dons a fim de obter riquezas e fama. Balaão praticou artimanha sacerdotal, que é um “homem pregar e estabelecer-se como uma luz para o mundo, a fim de obter lucros e louvor do mundo” (2 Néfi 26:29). Todos aqueles que cometem tal pecado seguem a doutrina de Balaão e amam o “prêmio da injustiça” (II Pedro 2:15).