4 Coisas Malucas Que Mórmons Acreditam
Quando as pessoas falam comigo sobre a Igreja SUD, eles quase que imediatamente querem conversar sobre as supostas coisas “malucas” que Mórmons acreditam. Quantas esposas você tem? Você usa vestes mágicas debaixo das roupas? Você acredita que um dia terá o seu próprio planeta? (Pra ficar claro, eu tenho apenas uma esposa, mas se a personagem May do seriado “Agents of Shield” bater em minha porta, podemos ver o que fazer; minhas vestes são sagradas… são minhas meias que são mágicas; e eu mal posso pagar o financiamento da minha casa, então não consigo imaginar fazer um upgrade para um “planeta” tão cedo).
O que realmente faz o Mormonismo se diferenciar de outras crenças Cristãs são algumas de nossas doutrinas centrais, não as coisas que críticos da Igreja gostam de despender tempo comentando. Então, que tipo de coisas malucas nós realmente acreditamos?
1. Mórmons Acreditam Que o Que você Acredita Realmente Importa
Doutrina no geral não tem obtido sucesso em nossos dias. A natureza de Deus, nosso propósito na vida, e o que acontece após morrermos tem se tornado tão obscuros dentro do Cristianismo a ponto de fazer o Conselho de Nicéia parecer um exemplo de valores. “Espiritualidade” é algo bom, enquanto “religião” é algo ruim. Pessoas acreditam no que acreditam, e caso uma Igreja promova tais noções, melhor ainda.
Mórmons realmente acreditam que crenças importam. Acreditamos que Deus tem um plano e um propósito para nós e um desejo de que possamos comprender e seguir tais coisas. É absolutamente claro na Bíblia que nosso Pai Celestial e Seu Filho Jesus Cristo se importavam com o que acreditávamos e queriam que viéssemos a conhecê-Los. Mórmons acreditam que a verdade—as coisas como elas realmente são—pode ser encontrada e seguida. Insistimos, assim como o agente Mulder da série Arquivo X, que “a verdade está lá fora.”
2. Mórmons Também Acreditam Que o Que Você Faz Importa
Aqueles Mórmons doidos. Quando Jesus disse, “Se me amais, guardai meus mandamentos,” eles foram lá e levaram Ele muito a sério. Acreditamos que Deus nos dá a liberdade para fazer escolhas, assim como direções a respeito de como aquela liberdade deve ser utilizada. Moisés desceu a montanha com mandamentos, não uma caixa de sugestões. Acreditamos que se voce seguir os mandamentos de Deus, sua vida aqui na terra será mais feliz, e suas condições seguindo esta vida serão melhores. Mórmons acreditam que você não pode fazer qualquer coisa que desejar ao passo que espera que Deus lhe dê um selo de aprovação. Acreditamos na graça de Cristo, mas não acreditamos que ela é uma desculpa para permitir que façamos o que quisermos. Existem limitações que Deus estabeleceu para nós para certificar nossa felicidade e enriquecer nossas vidas, e Ele ele espera que prestemos atenção a tais coisas.
3. Falando Sobre Deus, Mórmons Acreditam Que Ele é um Pai Celestial Pessoal e Atento
Não desejo denegrir a fé de ninguém. Provavelmente porque não fui criado em um ambiente que observou o credo tradicional da trindade. A descrição tradicional é de certa forma vaga para mim. Brilhantemente vaga, mas ainda assim vaga. Para Mórmons, Joseph Smith colocou novamente uma face no semblante de Deus. A mesma face o qual Moisés falou, como um amigo. A face que Estevão viu ao lado de Cristo. A face de um amoroso Pai Celestial, que não é apenas um personagem fisico, mas um Deus pessoal. Ele tem investido em nós como Seus filhos. Apesar da glória de Deus ser incompreensível para nós, Sua natureza como um personagem sagrado ao menos torna possível que nos acheguemos a Ele. Ter um relacionamento com um Pai perfeito é, para mim, infinitamente mais atrativo do que um relacionamento com um universo impessoal que envolve uma vaga noção de bondade. O universo é muito grande. Um pai pode segurar a minha mão.
4. Também Acreditamos Que Deus Nos Ama o Suficiente Para Estar Envolvido Em Nossas Vidas
Mórmons enfrentam constantes críticas por supostamente não levarem a Bíblia a sério. Mas quando se trata de nossa relação com Deus, Mórmons são literalmente doidos em relação à Bíblia. Na Bíblia, Deus esteve ativamente envolvido nas vidas de Seus filhos. Ele sempre teve um líder designado que falava em seu favor sobre assuntos de imediata importância para as pessoas. No Velho Testamento, estes eram os profetas. No Novo Testamento, eles eram os Apóstolos. Mas por toda a Bíblia, Deus tinha coisas para falar, e uma forma estabelecida de comunicar tais coisas.
Então, os apóstolos foram mortos, a uma capa inserida na Bíblia, e Deus mudou-se para uma cobertura em Copacabana, onde Ele se resguarda, jamais se comunicando e jamais escrevendo. Ao menos, isto é mais ou menos o que parte do Cristianismo atual sugere. A ideia de que Deus responde orações diretamente e pessoalmente, de ter um porta-voz designado na Terra, de se preocupar o suficiente com Seus filhos a ponto de guiá-los através de um mundo muito confuso? Isto é maluquice! Se você fala com Deus, algumas pessoas o colocarão em um pedestal. Se Ele fala de volta com você, algumas pessoas desejarão colocá-lo em um hospício.
Mórmons são doidos o suficiente a ponto de acreditar que Deus não alterou seu método de operação agora que Seus filhos possuem máquinas de voar e desodorantes. Amós nos disse que Deus não fará “nada” a menos que revele Seus segredos para “Seus servos, os profetas.” Considerando que profetas não podem ser encontrados em nossos dias, seria necessário presumir que Deus não tem feito nada, o que simplesmente não se harmoniza com o que aprendemos sobre Ele na Bíblia. Mórmons não aceitam tal noção. Acreditamos em revelações, em profetas modernos, em uma Igreja guiada por Deus, não em um sentido de possuir uma aliança com Ele, mas no sentido de ouvir e seguir Sua voz.
Claro, nós Mórmons possuímos nossas peculiaridades. Nossas músicas são um pouco dramáticas. Nossas recepções de casamento normalmente curtas e para alguns um pouco entediantes. Mas nossas peculiaridades principais são encontradas em nossas crenças em um Deus pessoal e amoroso, em uma fé que importa, e em um discipulado que requer um viver com propósito.
Era a mesma loucura de Abraão, Isaac e Jacó. De Isaías e Jeremias, De Jesus, Pedro e Paulo. Se somos doidos, ao menos somos felizes por estarmos em boa companhia.
Artigo Originalmente publicado no LDS.NET e traduzido por Luiz Botelho.