5 fatos sobre a ordem de extermínio do Governador Boggs
Em 27 outubro de 1838, o governador do Missouri, Lilburn W. Boggs, emitiu uma ordem executiva para colocar um fim na guerra Mórmon no Missouri de 1838. Confira 5 fatos sobre a ordem de extermínio e como ela impactou os primeiros pioneiros Santos dos Últimos Dias.
Fato nº 1
Apesar dos Santos dos Últimos Dias a conhecerem como a “Ordem de Extermínio”, o nome oficial é “Ordem Executiva nº 44 do Missouri”. A ordem dava para autoridades do estado, tais como a Milícia do Estado do Missouri, o direito de expulsar os Santos dos Últimos Dias do estado por meio de violência. Boggs escreveu, “Os Mórmons devem ser tratados como inimigos e devem ser exterminados ou expulsos do estado se necessário para a paz pública – seus ultrajes vão além de qualquer descrição”.
Fato nº 2
A Ordem de Extermínio representou o auge da tensão e perseguição entre os membros da Igreja e a população do Missouri. A principal fonte dessas tensões veio da crença dos Santos dos Últimos Dias de que deveriam herdar a terra, do poder econômico e político que os Santos dos Últimos Dias potencialmente tinham e especialmente da simpatia da Igreja pelo abolicionismo.
Aproximadamente três meses antes da ordem de extermínio ser dada, um grupo de importantes cidadãos do Missouri publicou um manifesto contra os membros da Igreja em diversos jornais locais.
Eles chamavam a existência dos membros da Igreja de “crise” e diziam que se não fossem embora “após o conveniente aviso e o recebimento de compensação adequada” por suas propriedades, os cidadãos do Missouri concordaram “em usar os meios necessários para removê-los, e para isto [juraram] uns aos outros [seus] poderes físicos, vidas, fortunas e honras sagradas”.
Fato nº 3
A Batalha de Crooked River aconteceu em 24 de outubro de 1838 e levou o Governador Boggs a assinar a ordem de extermínio. Isso ocorreu quando uma companhia de membros da Igreja foi ao encontro de uma unidade da milícia do Missouri. Eles pensaram que a companhia tinha a intenção de invadir a área e o resultado levou à morte de três Santos dos Últimos Dias e um soldado do Missouri.
Os relatórios da “batalha” chegaram ao governador Boggs de modo exagerado, que agora acreditava que os Santos dos Últimos Dias haviam declarado uma rebelião e estavam atacando os cidadãos do Missouri. A ordem de extermínio do governador Boggs menciona que ele estava recebendo “informações assustadoras, o que muda completamente a face das coisas”.
Fato nº 4
Apesar de ainda ser um tópico muito discutível, não há mortes diretamente atribuídas à ordem de extermínio. O massacre em Haun Mill, que resultou na morte de 17 homens e meninos, é o maior evento ligado a ordem de extermínio. Alguns homens da milícia do estado sabiam sobre a ordem do governador Boggs, enquanto outros diziam não haver evidências de que eles realmente sabiam.
Embora nunca saberemos a verdade, nenhum cidadão do Missouri jamais usou a ordem de extermínio para justificar o assassinato de Santos dos Últimos Dias. No entanto, no final daquele ano, os Santos haviam sido removidos à força do Missouri e inúmeras atrocidades foram cometidas contra eles.
Fato nº 5
A ordem de extermínio foi praticamente esquecida da consciência pública até quase 140 anos depois, durante o bicentenário dos Estados Unidos. O governador Kit Bond foi convidado pela Comunidade de Cristo (antes conhecida como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias Reformada) para falar durante uma conferência anual.
Na conferência, o Governador Bond rescindiu a ordem e a declarou inconstitucional em 25 de junho de 1976. Ele disse, “Ao expressar em nome de todos os cidadãos do Missouri, nosso profundo arrependimento pela injustiça e pelo excessivo sofrimento que foi causado pela ordem de 1838, eu aqui rescindo a Ordem Executiva nº 44, datada de 27 de outubro de 1838, emitida pelo Governador W. Boggs”.
Fonte: LDS Daily