Pergunta

Sou um adulto solteiro e recém-converso na Igreja. Recentemente uma missionária de ala me disse que eu deveria parar de andar com meus amigos antigos porque eles usam bebidas alcoólicas e não compartilham dos mesmos valores que eu.

Ela me disse que eles poderiam me influenciar a voltar aos meus velhos hábitos. Mas eles são meus amigos. Ela está certa? Preciso mesmo me afastar deles?

Resposta

Essa é uma ótima pergunta! Você nunca deve virar as costas para seus amigos ou familiares.

O quão próximo você é deles não depende de se eles compartilham as suas crenças ou valores, e sim se eles te respeitam o suficiente para não tentar te desviar do caminho que você escolheu.

Vamos destrinchar melhor essa questão.

Amigos felizes juntos em uma caminhonete.
Imagem: internet

O distanciamento de um relacionamento só deve ocorrer se ele for tóxico, prejudicial ou se houver algum tipo de abuso e desrespeito. As diferenças de crença, estilo de vida ou visão de mundo não são razões para nos afastarmos de quem amamos.

Na verdade, é o oposto. São essas diferenças que nos ajudam a amar e entender mais as pessoas.

No folheto “Para Vigor da Juventude” vemos a seguinte afirmação sobreo o tópico amigos:

“Escolha amigos que compartilhem seus valores para que possam fortalecer e incentivar uns aos outros a viver padrões elevados (…) Tenham bons amigos, sejam bons amigos. Ao procurar fazer amizade com os outros, não rebaixe seus padrões. Se seus amigos instigarem você a fazer coisas erradas, seja um(a) daqueles(las) que defendem o certo, mesmo que tenha de ficar só.” (Para Vigor da Juventude: Amigos)

Quatro amigos sorrindo juntos.
Imagem: pexels

Como podemos influenciar outras pessoas para o bem se nos afastarmos deles? Como podemos aprender sobre a bondade do nosso próximo se nos afastamos deles?

Muitas pessoas fora de nossa religião se sentem afastadas, mal recebidas ou julgadas. Existem pessoas que não permitem que seus filhos brinquem com outras crianças que não são da mesma religião.

Quando nos fechamos, falhamos no dever que nos foi dado pelo Salvador de ser uma “luz no mundo” e de amarmos uns aos outros.

Amigos felizes em volta de uma fogueira.
Imagem: internet

Na Conferência Geral de outubro de 2022, o Élder D. Todd Christofferson ensinou:

“O Senhor nos deu o mandamento: ‘Sede um; e se não sois um, não sois meus’. Devemos ser diligentes em extirpar o preconceito e a discriminação da Igreja, de nosso lar e, acima de tudo, de nosso coração.” (A doutrina da inclusão)

Podemos manter nossas crenças e, ao mesmo tempo, tratar com amor quem pensa diferente de nós.

Seguir o evangelho não significa afastar os outros, e sim amar a todos como o Salvador nos ama.

Jesus Cristo ensinando entre seus seguidores.
Fonte: https://www.churchofjesuschrist.org/media/images?lang=por

Nosso grande exemplo, o Senhor Jesus Cristo, esteve com meretrizes, ladrões e pecadores. No entanto, ele não era influenciado por eles. Ele os influenciava para o bem.

O discipulado é um caminho de inclusão, amor puro, entendimento e de enxergar as pessoas como o Salvador as enxerga.

Fonte: LDSLiving

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