A semelhança entre um bolo e o evangelho de Jesus Cristo

Vocês conhecem o SEI? É uma sigla para Sistema Educacional da Igreja que engloba todas as suas ações educacionais, com ênfase, claro, para o ensino religioso para membros e amigos da Igreja.
Dos 14 aos 17 anos, os jovens frequentam o Seminário, com aulas de terça a sexta-feira sobre as sagradas escrituras: Livro de Mórmon, Bíblia, Doutrina e Convênios, Peróla de Grande Valor.
Dos 18 aos 30, as pessoas, além de assistir aulas aprofundadas sobre as escrituras, assistem a cursos adicionais sobre carreira, vida produtiva, história da família, casamento, preparação missionária, música e muito mais, no Instituto de Religião.
Toda essa introdução para contar que, no finalzinho de uma aula sobre o Novo Testamento, nosso professor e diretor da Sede, irmão Sérgio Carboni, perguntou por que devemos estar sempre preparados para falar do evangelho com as pessoas.
As respostas foram várias e me lembrei de uma experiência excelente que o Presidente Boyd K. Packer e sua esposa tiveram quando ele estava servindo como presidente de missão.
“Marcamos as conferências de zona e, para cada uma delas, a irmã Packer preparou um bolo de três camadas, (…) belamente decorado, com uma cobertura espessa e colorida de glacê e a seguinte inscrição: “O Evangelho”. Só quando os missionários já estavam reunidos é que, com certa solenidade, o trazíamos. Era uma cena e tanto!
Após afirmar que o bolo representava o evangelho, perguntávamos: ‘Quem aceita um pedaço?’ Sempre havia um élder faminto que se prontificava sem mais demora. Chamávamo-lo à frente e dizíamos: ‘Você será o primeiro’.
Logo depois, eu mergulhava os dedos no bolo e arrancava um pedaço grande. Eu tinha o cuidado de apertá-lo bem para que o glacê escorresse por entre meus dedos.
Em seguida, para o total espanto dos missionários, jogava a fatia para o élder, espirrando um pouco da cobertura na frente de seu paletó. ‘Alguém mais deseja um pedaço?’ eu indagava. Por algum motivo, ninguém se dispunha.
Depois, mostrávamos um prato de cristal, um garfo de prata, um guardanapo de linho e uma faca reluzente para partir o bolo. Com muita dignidade, cortava cautelosamente uma fatia na parte do bolo que ainda estava intacta, colocava-a no prato com todo o cuidado e perguntava: ‘Alguém aceita?’
A lição era óbvia. Em ambas as situações, o bolo era o mesmo, com o mesmo sabor e ingredientes. Mas a forma de servi-lo podia torná-lo convidativo, até tentador, ou pouco atraente, mesmo repugnante. Aquele bolo, dizíamos mais uma vez, representava o evangelho. De que forma eles o estavam servindo?
Depois dessa demonstração, não tivemos dificuldade alguma para pôr em prática o programa de aperfeiçoamento do ensino das palestras. De fato, surpreendemo-nos com o entusiasmo de todos. Alguns meses depois, achei que estava na hora de recordar a lição; assim, enviei um informativo com o bolo desenhado.
Quando voltei a reunir-me com os missionários, perguntei: ‘Receberam um informativo recentemente, não é?’ ‘Recebemos.’ ‘E que mensagem ele trazia?’ Invariavelmente, a resposta era: ‘Trata-se de um lembrete para aprimorarmos a forma de apresentar nossas mensagens, estudarmos mais, aprendermos as palestras com mais esmero e depois ajudarmos uns aos outros a ministrá-las melhor’.
‘Vocês conseguiram depreender tudo isso a partir daquela única gravura?’ ‘Sim, é uma lição que não vamos esquecer tão cedo!’
Obviamente, devo acrescentar que quando eu precisava mandar o paletó de um élder para a lavanderia e pagar a conta, fazia-o com prazer!” (Teach Ye Diligently, rev. ed. [1991], pp. 270–271)
Acho que não tenho muito a acrescentar. Apenas o convite para nos preparemos mais para falar do evengelho de Jesus Cristo.
Somos felizes com as bênçãos que recebemos e esperamos receber por sermos membros da única Igreja viva e verdadeira sobre a face da Terra? Então, precisamos aprender a servir esse bolo maravilhoso.
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