Embora essa lista seja muito conhecida entre todos os cristãos, muita gente se pergunta se ela também faz parte das crenças dos membros d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Vamos entender de onde surgiu esse conceito, o que a Igreja ensina sobre pecado e o que podemos aprender com os famosos 7 pecados capitais! 

O que são os 7 pecados capitais e quais são?

Os 7 pecados capitais são tradicionalmente conhecidos como vícios considerados especialmente perigosos porque levam a outros pecados. 

Acredita-se que esses vícios são a raiz de outros pecados, pois decorrem de inclinações prejudiciais que nascem no coração do homem. 

A lista clássica inclui os seguintes sentimentos e definições:

  • Ira: raiva, fúria e desejo de vingança.
  • Gula: quem come e bebe exagerada e excessivamente.
  • Luxúria: desejo sexual desordenado e a busca por prazeres carnais
  • Soberba: orgulho excessivo, arrogância e a sensação de superioridade.
  • Preguiça: falta de disposição, inércia e negligência em relação às responsabilidades.
  • Avareza: desejo de possuir bens materiais e de acumular riqueza de forma excessiva e egoísta.
  • Inveja: desprazer causado pela felicidade ou pelo progresso de outra pessoa e o sentimento de cobiçar a felicidade, conquistas ou bens materiais de outra pessoa.

Com o tempo, essa lista se tornou uma referência mundial para ensinar sobre comportamentos que afastam as pessoas de Deus.

7 pecados capitais
Imagem: Internet

Como surgiu o conceito dos 7 pecados capitais?

Os 7 pecados capitais não vêm diretamente da Bíblia, mas sim se desenvolveram ao longo dos primeiros séculos do cristianismo.

Essa lista foi formalizada pela Igreja Católica, com o Papa Gregório Magno no século VI e refinada por São Tomás de Aquino no século XIII.

Posteriormente, teólogos e líderes religiosos usaram essa lista como uma  “ferramenta eclesiástica” para ajudar os cristãos a identificar suas fraquezas e buscar arrependimento.

Portanto, os 7 pecados capitais trata-se de uma tradição cristã histórica, e não de uma lista doutrinária presente nas escrituras.

Os membros d’A Igreja de Jesus Cristo acreditam?

Sim e não! Aqui está o porquê.

A Igreja não possui uma lista oficial chamada “7 pecados capitais”. Não há escrituras modernas ou declarações oficiais que empreguem esse termo entre os Santos dos Últimos Dias.

Entretanto, todos os 7 itens dessa lista são considerados pecados reais conforme os ensinamentos do evangelho restaurado.
Os ensinamentos de Jesus Cristo e as revelações modernas condenam claramente atitudes como orgulho, ira, luxúria, preguiça, inveja e excessos.

Os Santos dos Últimos Dias não seguem a doutrina tradicional, mas reconhecem que os comportamentos descritos ali são pecaminosos e prejudiciais.

Dentro da Igreja, nosso foco está menos em seguir listas fixas e mais em: guardar os mandamentos de Deus, desenvolver atributos cristãos, arrepender-se diariamente e buscar estar em sintonia com o Espírito Santo. 

O que podemos aprender com os 7 pecados capitais?

Mesmo não sendo um ensino oficial da Igreja, os 7 pecados capitais podem nos ajudar a refletir sobre nossas próprias tendências e áreas de melhoria.

Eles mostram como um vício pode dar abertura para outros

O orgulho, por exemplo, é frequentemente descrito por líderes da Igreja como “a raiz de todo pecado”

Eles nos fazem pensar nas virtudes opostas

No lugar da ira, pode haver mansidão. No lugar da inveja, pode haver gratidão. E no lugar da preguiça, pode haver diligência.

São uma ferramenta de autoconhecimento

Assim como fazemos uma reflexão pessoal ao partilhar do sacramento, essa lista pode nos ajudar a identificar padrões em nossa vida que precisam ser ajustados.

Eles lembram que o evangelho é sobre crescimento

Os Santos dos Últimos Dias creem em mudança, progresso e arrependimento diário! Algo que reflete muito bem a intenção de abandonar vícios e cultivar virtudes que nos aproximam de Deus.

Conclusão

Apesar dos 7 pecados capitais não serem uma doutrina oficial da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o evangelho deixa claro que cada um desses comportamentos é, sim, considerado pecado e afasta-nos de Deus.  

Mais importante do que seguir uma lista tradicional é reconhecer que o evangelho restaurado nos convida a algo maior: transformar nossa natureza por meio da expiação de Jesus Cristo, abandonar velhos padrões e cultivar atributos semelhantes aos Dele.

Que possamos sempre permitir que o Espírito Santo nos guie a viver de forma mais pura, amorosa e em retidão. 

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