Nathan Lewis é professor de biologia, pesquisou as raízes do autismo na Universidade da Califórnia em San Diego e é pai de três filhos autistas. Ele compartilhou sua experiência ao organizar reuniões de conselho de professores para apoiar crianças neurodivergentes em sua ala na Califórnia.

Inspirado por sua vivência familiar e profissional, ele buscou oferecer ferramentas práticas para pais e professores compreenderem melhor condições como autismo, TDAH e síndrome de Tourette. Essas três condiões podem trazer desafios específicos em ambientes de adoração, como dificuldade de concentração, sensibilidade a estímulos ou interpretação de metáforas.

Lewis ressaltou que cada criança possui dons e pontos fortes únicos, e que a Igreja precisa de todos os membros para formar o corpo de Cristo, conforme ensinado em 1 Coríntios 12. Seu desejo era criar espaços onde essas crianças se sentissem seguras e acolhidas por seus amigos e líderes na Igreja. 

Ele se apoiou em pesquisas, escrituras e ensinamentos de líderes da Igreja para preparar as aulas. Lewis compartilhou:

“O segredo é obter as informações mais precisas e depois ensiná-las de uma forma respeitosa para pessoas de diferentes origens”.

Os sete As

Entre os recursos desenvolvidos por Lewis está um modelo de sete princípios, todos em inglês começando com a letra “A”:

  • Acquaint (Familiarizar-se)
  • Acknowledge (Reconhecer)
  • Accommodate (Acomodar)
  • Affirm and admire (Afirmar e admirar)
  • Agency (Arbítrio)
  • Atonement (Expiação).

Esses princípios oferecem soluções práticas que vão desde aprender sobre neurodivergência em fontes confiáveis até reconhecer talentos individuais. Eles também lembram que a Expiação de Jesus Cristo pode unir todos no corpo de Cristo. 

Ele também sugeriu acomodações simples, como permitir brinquedos sensoriais, pausas durante as aulas ou o uso de fones com cancelamento de ruído.

Outros membros da ala também foram fortalecidos pelas reuniões. Ginny Beachem tem um filho com síndrome de Tourette. Ela disse que iniciativas assim teriam feito diferença quando sua família enfrentava desafios.

Para ela, a mensagem era clara. Essas crianças precisam saber que são bem-vindas, têm lugar na Igreja e podem encontrar paz entre os santos.

Lewis mudou-se recentemente para a Universidade da Geórgia. Ele não conduz mais os conselhos, mas afirmou que as lições moldaram sua visão sobre inclusão.

“Na verdade, por meio disso, passei a realmente ver o quão amoroso [Deus] é, e a importância do progresso eterno”, disse ele. 

“[O Salvador] quer que todos aqui possam ajudar a edificar o corpo de Cristo, e fazemos isso por meio do amor e da compreensão, reservando um tempo para entendermos as necessidades uns dos outros e apoiá-los.”

Saiba mais sobre recursos adicionais sobre inclusão na Biblioteca do Evangelho.

Fonte: Church News

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