Dois dias antes de encerrar sua missão em Palau, na Micronésia, em julho de 2025, o Élder Scott Lieber e sua esposa, Sister Kristin Lieber, viveram um reencontro que consideram “nada menos que um milagre”.
Mais de 40 anos antes, em 1983, o então jovem missionário ajudava a organizar o primeiro grupo de escoteiros da ilha quando se deparou com um acidente no mar. Um barco havia virado próximo à ponte Didall Causeway. Três pessoas estavam inconscientes na água: um homem, uma mulher e uma menina.
Um de seus companheiros, Élder Matt Fairbanks, retirou o homem. Lieber mergulhou logo em seguida e resgatou a menina que estava inconsciente, enquanto outro missionário, Élder Tirin Ratieta, levou a mulher até a margem.

Os missionários tentaram reanimar a menina até a chegada do socorro. A garota entrou em coma, e Lieber nunca mais soube o que havia acontecido com ela após o afogamento.
Quatro décadas depois, já como missionários seniores, os Liebers foram designados justamente para Palau, algo que para eles já parecia uma resposta às orações. Durante os seis meses de serviço, eles reencontraram antigos amigos e escoteiros, mas nunca a menina salva.
No fim da missão, sentiram inspiração para estender sua estadia algumas semanas. No dia 25 de julho, durante uma reunião com antigos escoteiros e líderes locais, Lieber foi convidado a contar novamente o episódio de 1983.

“Aquela era eu”
Ao ouvir o relato, um fotógrafo presente comentou: “Já ouvi essa história antes.” Pouco depois, trouxe uma mulher palauense que entrou na sala.
Enquanto Lieber narrava, ela começou a chorar, dizendo: “Aquela era eu.” Seu nome era Shielly Oilouch. Abraçando o missionário em lágrimas, repetiu: “Obrigada pela minha vida.”
O momento foi descrito como sagrado. “Todos sentimos a mão de Deus naquela sala”, relatou Sister Lieber. De mãos dadas, oraram em Palauan, agradecendo pelo reencontro.
Nos dias seguintes, os Liebers acompanharam Shielly ao local do acidente, compartilharam memórias e conheceram sua família. Ela e seus familiares foram a uma reunião da Igreja na Ala Koror.
Em outro momento, apresentou os missionários ao irmão mais velho — Raynold Oilouch, vice-presidente de Palau — que também expressou gratidão por salvar sua irmã. Para Lieber, foi uma “colisão celestial”:
“Kristin e eu temos vivido experiências que desafiam a lógica. Para nós, colisões celestiais são encontros cheios da luz de Cristo. Elas nos mostram que nossas escolhas e ações importam além do momento e até além da mortalidade.”
Amigos e testemunhas também viram no reencontro um sinal da mão de Deus. “É a prova de que Deus nunca nos abandona, mesmo que leve 40 anos para responder nossas orações”, disse Burton Wong, um dos escoteiros presentes tanto em 1983 quanto em 2025.
Ao regressar para casa, os Liebers deixaram em Palau não apenas lembranças, mas laços que serão eternos.
Fonte Church News
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