Jesus Cristo sempre demonstrou um amor especial pelas crianças. Ele as cuidou, abençoou e disse que deveríamos nos tornar como elas para entrar no Seu reino. Mesmo quando não era conveniente, Ele lhes dava atenção. E, assim como Ele, somos convidados a proteger, defender e amar as crianças, enfrentando qualquer forma de maus-tratos, exploração ou abuso.

O presidente Nelson, no discurso intitulado “O que é a verdade?”, afirmou:

“Permitam-me ser perfeitamente claro: qualquer tipo de abuso contra mulheres, crianças ou qualquer pessoa é uma abominação para o Senhor. Ele Se entristece e eu me entristeço toda vez que uma pessoa é agredida. Ele chora, e todos nós choramos, por cada pessoa que tenha sido vítima de qualquer tipo de abuso.”

Vivemos em um tempo em que as crianças estão cercadas de perigos — seja nas redes sociais, seja por pessoas mal-intencionadas próximas de nós. O vídeo recente do criador de conteúdo Felca chamou atenção para o fenômeno da adultização infantil, quando crianças são expostas e incentivadas a assumir comportamentos, e responsabilidades de adultos, muitas vezes para entretenimento ou para ganhar dinheiro.

Ainda que pareçam conteúdos inocentes, essas práticas podem abrir espaço para problemas na saúde emocional da criança e até para a exploração sexual. Estima-se que, no Brasil, a cada 8 minutos uma criança é vítima de abuso sexual. A boa notícia é que há muito que podemos fazer para proteção de nossos filhos, aplicando princípios ensinados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Cinco passos essenciais para proteger nossos filhos

1. Conversar abertamente sobre abuso

Proteger nossos filhos contra o abuso é responsabilidade de pais, cuidadores e líderes. A prevenção e a proteção começam em casa. É importante que as crianças compreendam o que é abuso e saibam que podem dizer “não”, mesmo a um adulto. Devemos ensinar que seu corpo é sagrado e que há partes íntimas que ninguém deve tocar.

Também é essencial afirmar que, se o abuso acontecer, a culpa nunca é da vítima. Muitos agressores usam autoridade, idade ou confiança para manipular e intimidar. Como pais e líderes, precisamos estar mais abertos e atentos quando uma criança fala.

A irmã Joy D. Jones, 13ª presidente geral da Primária, ensinou:

“Parte da proteção é criar um relacionamento forte, confiável e sólido. Esse tipo de relacionamento ajuda a aproximar nossos filhos. À medida que construímos uma relação forte de confiança e protegemos nossos filhos e netos — ou qualquer criança —, damos a eles um ambiente seguro ao qual possam recorrer.”.

2. Evitar a exposição indevida na internet

O vídeo de Felca expôs como conteúdos aparentemente “inocentes” podem acelerar a adultização infantil. Precisamos vigiar para que fotos, vídeos e hábitos de nossos filhos não os tornem vulneráveis a predadores online.

  • Não compartilhe imagens que sexualizem, ridicularizem ou exponham a imagem da criança.
  • Ensine sobre o valor dela para Deus e risco de interações virtuais com desconhecidos.
  • Reforce que o valor de uma criança ou de um adolescente não está em curtidas, ou seguidores, mas em sua identidade como filho(a) de Deus.

3. Usar a tecnologia com sabedoria

Pais e responsáveis devem ser o principal exemplo de uso seguro da internet. Isso inclui acompanhar o que os filhos assistem, que jogos jogam, com quem conversam e que informações compartilham. Definir tempo de tela e manter diálogo aberto é fundamental.

O material Utilizar a tecnologia de forma segura, desenvolvido pela A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias orienta:

“Ensinar os filhos a utilizar a tecnologia com sabedoria pode ajudá-los a permanecer protegidos daqueles que podem tentar prejudicá-los. Também os ajuda a aprender padrões de segurança e como eles podem evitar ferir o sentimento de outras pessoas por meio de coisas como o cyberbullying ou o assédio virtual.”

4. Esteja atento a padrões de abuso

A maioria das vítimas sofre abuso por alguém que conhece. Agressores costumam ganhar a confiança da criança aos poucos e tentam isolá-la de quem poderia protegê-la. Podem usar chantagem emocional, ameaças ou presentes para manter o controle.

Reconhecer esses padrões e agir imediatamente é essencial para interromper o ciclo. O curso Proteger crianças e jovens, ressalta:

“O Senhor espera que façamos tudo ao nosso alcance para evitar o abuso, assim como proteger e ajudar aqueles que foram vítimas disso. A Igreja não tolera nenhuma forma de abuso. O abuso viola as leis de Deus e pode ser também uma violação das leis da sociedade.”

5. Oferecer cura e apoio em Cristo

Crianças e jovens que sofreram maus-tratos precisam de atenção gentil e cuidadosa de líderes, inspirados, familiares e profissionais qualificados. O poder de cura de Jesus Cristo é real e acessível. A vítima nunca é a culpada pelo abuso.

O curso Proteger crianças e jovens, ensinou:

“ O poder de cura do Salvador Jesus Cristo aliviará os fardos e dará força para vencer a adversidade.”

Cristo não apenas consola, mas restaura a dignidade e a esperança. Assim como Ele chamou as crianças para Si, também nos convida a ser instrumentos de Seu amor curador.

Conclusão

Proteger nossos filhos e as crianças ao nosso redor, é mais que uma responsabilidade, é um mandamento de amor. Ao seguir o exemplo de Jesus Cristo, podemos criar lares onde a pureza é preservada e cada criança tem espaço para crescer com alegria e segurança. Somos responsáveis por zelar pela próxima geração.

Jesus disse:

“Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque das tais é o reino de Deus.”

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