Pergunta 

Qual o nível de publicidade do julgamento final? Quem vai estar lá para ver e julgar tudo o que fizemos na vida?

Resposta

As escrituras ensinam que todos nós nos apresentaremos diante de Deus em um dia de Juízo Final. Preparar-se para esse evento exige que compreendamos a sua natureza e, crucialmente, o quão público ele será. 

O conceito do Juízo Final é uma promessa e um lembrete constante da responsabilidade individual. Após a ressurreição, cada filho de Deus comparecerá perante Ele. Jesus Cristo julgará baseado em nossas obras e, igualmente importante, no “desejo de [nosso] coração”. 

Neste momento decisivo, o Senhor pronunciará nossa recompensa eterna, levando em conta não apenas nossas ações, mas também as circunstâncias e as intenções que as motivaram. Estaremos diante do que as escrituras chamam de “tribunal do Santo de Israel” ou o tribunal de Deus.

Jesus Cristo, o Juíz no julgamento final

Quem são os Juízes do julgamento final?

Apesar de ser um julgamento divino, a função de juiz é delegada. João 5:22 deixa claro que “o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”. Isso significa que Jesus Cristo será o principal juiz. 

No entanto, Ele não estará sozinho. Jesus Cristo, por sua vez, pedirá a outros que o auxiliem nessa função. Por exemplo, os Doze Apóstolos que estiveram com Cristo durante Seu ministério julgarão as doze tribos de Israel. 

Da mesma forma, os Doze nefitas (mencionados no Livro de Mórmon) julgarão os nefitas e os lamanitas, demonstrando uma estrutura de julgamento organizada e divinamente designada.

julgamento final

Registros abertos: a inegável publicidade do Juízo Final

Quando falamos de juízo final, algo que sempre nos intriga é o quão público esse julgamento realmente será. Em Apocalipse, assim como em Doutrina e Convênios, esse momento é descrito como a “abertura dos livros”. Em Apocalipse 20:12 lemos:

“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus; e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

Portanto, entendemos que esses “livros” não são meras metáforas; eles documentam detalhadamente todas as obras que realizamos na Terra.

Além desses registros escritos, há uma verdade ainda mais profunda sobre a publicidade do julgamento: nós mesmos somos um registro vivo de nossa vida. O Apóstolo Paulo ensinou que somos o reflexo de nossas próprias escolhas. 

O Presidente John Taylor aprofundou essa ideia, explicando que o indivíduo “narra sua própria história e presta testemunho contra si mesmo”. Ele descreveu esse registro como:

“Escrito pelo homem nas placas de sua própria mente — registro esse que não pode mentir — será um dia aberto perante Deus, os anjos e aqueles que se sentarão como juízes”.

Essa descrição aponta que o julgamento não será um evento privado ou secreto. Portanto, será um processo transparente e amplamente testemunhado. Nossas próprias palavras, pensamentos e obras nos confrontarão e serão a base para a justiça divina. Como o Senhor ensinou

“De toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado”.

escrituras em malaio

Propósito e preparação para o julgamento final

O objetivo principal do Juízo Final é determinar o reino de glória que nossas escolhas nos prepararam para herdar: o reino celestial, terrestre ou teleste. 

Aqueles que herdarem o reino celestial, por exemplo, são descritos “receberam o testemunho de Jesus, creram em Seu nome e foram batizados, sendo lavados e purificados de seus pecados, e que venceram o mundo pela fé”.

A fé em Jesus Cristo é a chave para a nossa preparação. Ao nos tornarmos discípulos fiéis e nos arrependermos sinceramente de nossos pecados, Jesus Cristo nos perdoa, nos purifica e nos capacita a habitar na presença de Deus.

Assim, precisamos ter em mente que, de certa forma, “todo dia é um dia de julgamento”. Nossas ações diárias, guiadas pela nossa fé em Jesus Cristo, são as que realmente determinam qual reino herdaremos.

Em resumo, conforme as palavras dos profetas, antigos e modernos, o Juízo Final será um evento solene e inegavelmente público. Ao nos tornarmos discípulos fiéis e nos arrependermos sinceramente de nossos pecados, Jesus Cristo nos perdoa, nos purifica e nos capacita a habitar na presença de Deus.

A publicidade desse julgamento serve como um lembrete importante para vivermos com propósito, fé e arrependimento contínuo.

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