Sou um converso a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, algumas vezes chamada incorretamente de “Igreja Mórmon”. Eu me uni a Igreja quando tinha 16 anos, a única da minha família a tomar essa decisão naquele momento. Hoje tenho 66 anos. Posso dizer que nos últimos 50 anos nunca passei por um período de inatividade.
Durante os meus primeiros anos na Igreja, eu lutei para encontrar meu caminho nesta vida. Minha família, embora tivesse muita cultura e educação, era disfuncional, e eu tive que tomar muitas decisões difíceis sem nenhum apoio. Eu me sentia sozinha, e não tinha ainda desenvolvido um relacionamento revelador com o meu Salvador, Jesus Cristo, para sentir Seu constante amor e companhia.
A despeito disso, Ele me guiou e me amparou, especialmente ao colocar no meu caminho as pessoas que podiam me ajudar a aprender a conhecer e a confiar Nele.
Posso testificar que mesmo quando enfrentei situações difíceis, eu nunca perdi minha fé no evangelho restaurado de Jesus Cristo. Eu me converti, e essa verdadeira conversão me manteve seguindo adiante no caminho estreito que conduz a salvação e a exaltação.

Atualmente meu marido e eu estamos servindo como um casal missionário. Estamos distantes de casa e de nossos filhos e netos. Decidimos fazer um sacrifício financeiro, a fim de ajudar os Santos dos Últimos Dias de um pequeno ramo. Decidimos fazê-lo, porque somos verdadeiramente convertidos ao evangelho.
Fomos chamados para liderar os membros, por isso, não fazemos proselitismo, mas ajudamos aqueles que já são membros da Igreja de Jesus Cristo. A Igreja possui um clero leigo, todos os membros devem estar prontos a servir em uma variedade de “chamados” que nos fazem sair de nossa zona de conforto e descobrir talentos até então desconhecidos. Ajudamos a treinar essas pessoas.
Também procuramos ajudar aqueles que ainda não se converteram. Eles sentem o desejo de abandonar a Igreja quando alguém os ofende; eles desejam receber as bênçãos do evangelho e da Igreja. Até querem trabalhar e estão dispostos a não guardar o Dia do Senhor se necessário. Eles não são realmente convertidos. Na Conferência Geral de outubro de 2012, em seu discurso intitulado Convertidos ao Senhor, o Élder David A. Bednar disse:
“Saber que o evangelho é verdadeiro, é essencial ao testemunho. Ser constantemente verdadeiro ao evangelho é essencial a conversão. O testemunho é um dom de Deus e está ao alcance de todos os Seus filhos. Todo aquele que busca sinceramente a verdade pode obter um testemunho exercendo a necessária “partícula de fé” em Jesus Cristo, “pondo à prova” (Alma 32:27) “a virtude da palavra de Deus” (Alma 31:5), cedendo “ao influxo do Santo Espírito” (Mosias 3:19) e despertando para Deus (ver Alma 5:7). O testemunho traz maior responsabilidade pessoal, sendo uma fonte de determinação, certeza e alegria”.
A busca e a obtenção do testemunho de uma verdade espiritual, exige que perguntemos, busquemos e batamos (ver Mateus 7:7; 3 Néfi 14:7) com sinceridade de coração, real intenção e fé no Salvador (ver Morôni 10:4). Os componentes fundamentais de um testemunho são o conhecimento de que o Pai Celestial vive e nos ama, que Jesus Cristo é nosso Salvador e que a plenitude do evangelho foi restaurada na Terra nestes últimos dias.
A essência do evangelho de Jesus Cristo produz uma mudança fundamental e permanente em nossa própria natureza, graças à Expiação do Salvador. A verdadeira conversão ocasiona uma mudança nas crenças, no coração e na vida de uma pessoa, para que aceite a vontade de Deus e se sujeite a ela (ver Atos 3:19; 3 Néfi 9:20), incluindo o compromisso consciente de tornar-se um discípulo de Cristo.
Do mesmo modo, a conversão é uma ampliação, um aprofundamento e uma expansão do alicerce subjacente do testemunho. É o resultado da revelação de Deus, acompanhada do arrependimento, da obediência e da diligência individuais. Todo aquele que busca sinceramente a verdade pode converter-se ao sentir uma vigorosa mudança no coração e nascer espiritualmente de Deus (ver Alma 5:12–14).
À medida que honramos as ordenanças e os convênios de salvação e exaltação (ver D&C 20:25), “[prosseguindo] com firmeza em Cristo” (2 Néfi 31:20) e perseverando com fé até o fim (ver D&C 14:7), tornamo-nos novas criaturas em Cristo (ver II Coríntios 5:17). A conversão é uma oferta de nós mesmos que fazemos a Deus em gratidão pela dádiva do testemunho.
As características principais associadas à conversão são uma vigorosa mudança no coração, a disposição de fazer o bem continuamente e o empenho de seguir o caminho de seus deveres, andar prudentemente perante Deus, guardar os mandamentos e servir com infatigável diligência. Fica bem claro que aquelas almas fiéis tinham-se tornado profundamente devotadas ao Senhor e a Seus ensinamentos.

Para muitos de nós, a conversão é um processo contínuo, e não um acontecimento único resultante de uma experiência dramática. Linha sobre linha e preceito sobre preceito, gradual e quase imperceptivelmente, nossas motivações, nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações se tornam condizentes com a vontade de Deus. A conversão ao Senhor exige tanto persistência quanto paciência.
Um testemunho é o conhecimento espiritual da verdade obtido pelo poder do Espírito Santo. A conversão contínua é a constante devoção à verdade revelada que recebemos — com um coração solícito e por motivos justos. O conhecimento de que o evangelho é verdadeiro é a essência de um testemunho. A constante fidelidade ao evangelho é a essência da conversão. Devemos saber que o evangelho é verdadeiro e ser leais ao evangelho.
Os verdadeiros conversos alcançarão a exaltação na presença de Deus nos céus. Estes são aqueles que procuraram Sua face, que desejam algo mais do que a salvação. Os verdadeiros conversos são constantes e valentes em sua lealdade a Cristo. Ao enfrentar a oposição e a desesperança, eles não desistem.
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