Manter Respeito Mesmo Quando Discordamos
Algo que temos trabalhado ultimamente em nosso lar é ensinar nossos filhos sobre respeito. Embora esteja claro que amamos uns aos outros ternamente, às vezes o modo como falamos ou tratamos uns aos outros pode mostrar o contrário. Respeito em palavra e ação é uma habilidade necessária, e eu sei que isso servirá para meus filhos em suas vidas. E ultimamente, com toda essa emoção na política e desentendimentos enérgicos entre partidos e pessoas, está claro para mim que decaímos como sociedade ao ignorar este comportamento crítico.
Por estar sob o olhar da mídia, entendo que a negatividade é “parte do show”. Sempre haverá vozes ásperas, e muitas vezes, estas vozes serão barulhentas. Eu sei que há alguns que argumentam que é seu “direito” postar qualquer coisa que estão sentindo on-line. Mas ao longo do caminho, liberdade de expressão foi distorcida em “liberdade de odiar,” e eu acredito que mídia social é a grande culpada.
Respeito em todos as circunstâncias
Escondidos atrás de uma tela de computador ou smartfones, com nomes e agendas falsos, pessoas têm dado a si mesmas o sinal verde de serem perversos e cruéis do modo que quiserem. Tenho ficado verdadeiramente horrorizada com os comentários que leio direcionados a mim e minha família. Há uma maneira de discordar respeitosamente? Certamente. Veja o exemplo do meu sogro, Governador Gary Hebert. A tradição pede que o presidente da Associação Nacional de Governadores brinde ao presidente dos Estados Unidos na reunião da associação. Talvez não seja nenhuma surpresa que o governador e o Presidente Barak Obama sejam descritos como opositores políticos, e, portanto, tendem a discordar sobre praticamente todas as questões importantes. Podem imaginar quão difícil deve ter sido para Hebert levantar a taça para o homem que nos deu Lei de Proteção ao Paciente e de Assistência Acessível.
Apesar disso, meu sogro foi capaz de fazer um honroso brinde ao comandante da nação, na reunião realizada em fevereiro, em Washington. Ele foi digno, diplomata e acima de tudo, respeitoso. Hebert falou do impacto sobre uma pessoa e sua família por ocupar cargos públicos, e em especial o presidente dos Estados Unidos, e agradeceu aos Obamas por seus serviços. Apesar de haver discordância, há respeito mútuo. Estamos na época eleitoral. Com as convenções regionais e estaduais, bem como as primárias presidenciais, nosso bairro tem se agitado com conversas sobre política. Na recente convenção estadual, li algumas estatísticas que diziam que 93 por cento dos delegados republicanos são membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Como Santos dos Últimos Dias, eu sei que acreditamos que devemos tratar os outros como filhos de Deus, com amor e respeito. Mas, eu estou verdadeiramente chocada com a falta de respeito e decência com as quais minha família e eu fomos tratados, tanto frente a frente, quanto através de comentários on-line. Sei que não vamos concordar 100 por cento em todas as questões o tempo todo. Mas, isto não deveria ser desculpa para promover violência, ódio ou crueldade, simplesmente porque você quer que sua opinião seja ouvida. Quando eu estava em Nashville, fiquei surpresa como frases simples tipo: “sim, senhora” e “não, senhora” se tornaram banais. É praticamente inédito ouvi uma criança dizer isso aqui. Além de ensinar nossos jovens o Alfabeto, talvez devêssemos gastar um tempo igual na palavra R-E- S-P- E-I- T-O.
Artigo originalmente publicado no Deseret News e traduzido por Regiane Bonfim.