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3 coisas que o Presidente Packer precisou falar sobre a linguagem que usamos

Este é um trecho adaptado do livro “In Wisdom & Order” (Em Sabedoria e Ordem) do Presidente Boyd K. Packer.

Há alguns anos, fui com um de meus irmãos rebocar um carro. Aconteceu um acidente e um carro foi completamente destruído; o motorista, que não se machucou, foi levado para o hospital por causa do choque e para fazer alguns exames.

Na manhã seguinte, o motorista veio buscar seu carro, ansioso para ir para casa. Quando mostramos os destroços de seu carro, suas emoções reprimidas combinadas com desapontamento, aguçados talvez pelo seu infortúnio, explodiram em um longo fluxo de palavras profanas e de baixo calão. Tão obscenas e ácidas eram as suas palavras que expuseram anos de prática em usar aquele tipo de palavreado. Os outros clientes que estavam na oficina escutaram o que ele disse, sendo muitos desses clientes mulheres, e devem ter chegado em suas orelhas como veneno.

Um dos meus irmãos saiu de baixo do carro, onde ele estava trabalhando com uma grande chave inglesa. Ele também estava bravo, e com gestos ameaçadores da chave inglesa, ele mandou o homem embora. “Nós não temos que ouvir esse tipo de linguagem aqui”, disse ele. E o cliente saiu, praguejando mais obscenamente do que antes.

Mais tarde naquele dia o homem reapareceu, envergonhado, penitente, e evitando todos os outros, ele encontrou o meu irmão.

“Estive no quarto do hotel o dia todo”, disse ele, ” deitado na cama atormentado. Você nem sabe como estou envergonhado pelo que aconteceu esta manhã. A minha conduta foi imperdoável. Tenho tentado pensar numa justificativa, e só consigo pensar numa coisa. Em toda a minha vida, nunca, nem uma vez, me disseram que a minha linguagem não era aceitável. Sempre falei coisas assim. Você foi o primeiro a me dizer que a minha linguagem não era adequada.”

O caos da profanação

Não é interessante que um homem possa crescer até à maturidade, vítima de um hábito tão vil, e nunca encontrar uma reclamação? Quão tolerantes nos tornamos, e quão rapidamente estamos nos movendo. Há alguns anos atrás, escritores de jornais, editores de revistas, e particularmente os produtores de filmes censuravam cuidadosamente palavras profanas e obscenas.

Tudo isso mudou agora. Começou com o romance. Escritores, insistindo que eles devem retratar a vida como ela é, começaram a colocar na boca de seus personagens expressões obscenas e irreverentes. Estas palavras nas páginas dos livros vieram diante dos olhos de todas as idades e imprimiram-se nas mentes da nossa juventude.

Cuidadosamente (somos sempre conduzidos com cuidado), a profanação incitou e empurrou o seu caminho incansavelmente para os filmes e revistas, e agora até mesmo os jornais imprimem comentários textuais, como o que teria sido considerado intolerável há uma geração.

 

“Por que não mostrar a vida como ela é?” eles perguntam. Até dizem que é hipócrita fazer o contrário. “Se é real”, dizem eles, “por que esconder? Não podemos censurar o que realmente acontece!”

Por que esconder? Por que protestar contra isso? Muitas coisas que são reais não estão certas. Os germes das doenças são reais, mas temos de os espalhar? Uma infecção pestilenta pode ser real, mas devemos expor-nos a ela? Aqueles que argumentam que a chamada “vida real” é uma razão, devem se lembrar que existe um ideal e uma realidade, que deveriam estar próximas, mas não estão há um tempo. Quando os dois pontos andam juntos, um ideal é formado. A realidade da profanidade não defende a sua tolerância.

Controles disciplinares

Tal como o homem da loja, muitos podem nunca ter sido informados de quão venenosas podem ser as palavras. Antes que o saibamos, somos vítimas de um hábito vil—e servos da nossa língua. As escrituras declaram:

“Ora, nós pomos freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam; e governamos todo o seu corpo.

Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas por impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quiser a vontade daquele que as governa.

Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

“Porque toda a natureza, tanto de feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear, está cheia de peçonha mortal.

Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela maldizemos os homens, feitos à semelhança de Deus.

De uma mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isso se faça assim.” (Tiago 3:3–5, 7–10)

Melhor do que profanidade

Não há necessidade de nenhum de nós usar palavrões. Perceba que você é mais poderoso com suas palavras sem eles. A enfermidade da profanidade, agora em proporções epidêmicas, está se espalhando pela terra, e assim, em Seu nome, oramos para que uma pureza de coração possa descer sobre nós, pois da abundância do coração fala a boca.

Fonte: LDS Living

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