Qual a melhor idade para se casar
Melhor idade para se casar
Quase a metade dos europeus até os 30 anos vive com a família. Em Portugal este número atinge 55% da população. Isso se dá porque os jovens europeus estão passando por dificuldades em encontrar consistência em sua vida profissional e tem protelado sua autonomia. A consequência é dificuldade ao acesso ao crédito, que impede a compra da casa própria e as tão sonhadas viagens. Casamento e filhos na Europa, são de uma forma geral coisas vistas em segundo plano, para serem feitas depois que a pessoa já tenha “desfrutado” de algumas experências na vida.
Nos Estados Unidos em 1970, apenas um jovem de cada dez permanecia solteiro após os 25 anos. Agora é um de cada quatro que não apenas não se casa mas prefere continuar morando com os pais. A idade média para o primeiro casamento neste país chegou agora aos 30 anos de idade para os homens e 27 anos de idade para as mulheres. Não existe uma estatística oficial mas a cidade de Provo Utah, cidade com o maior percentual de membros ativos na igreja (estima-se que 80% da população seja de membros ativos) certamente contraría estas estatísticas. É comum ver em Provo muitos casais jovens que se casam e tem filhos enquanto ainda estão concluindo sua graduação.
Segundo o IBGE, os brasileiros também estão entrando na onda e se casando cada vez mais tarde. Muitos preferem esperar e provar uma união estável antes da legalização do casamento. Na última pesquisa do IBGE (2011) 48,1% da população se declarou solteira e 39,9% casada (a pesquisa omite divorciados, viúvos e união estável). Em números absolutos, o total de solteiros chega a 72 milhões.
Estas tendências mundiais vêm sendo obervadas pelos apostólos do Senhor como se nota no discurso feito pelo Élder Robert D. Hales que abordou este tema durante a Conferência Geral de outubro de 2015. “Muito foi dito e escrito sobre a geração atual de jovens adultos. As pesquisas mostram que muitos resistem à religião organizada. Muitos estão com dívidas e desempregados. A maioria gosta da ideia do casamento, porém muitos relutam em dar esse passo. Um número crescente deles não quer ter filhos. Sem o evangelho e a orientação inspirada, muitos vagam errantes por caminhos estranhos e perdem o rumo.
Felizmente, os jovens adultos da Igreja estão bem menos envolvidos nessas tendências perturbadoras, em parte porque são abençoados com o plano do evangelho. Esse plano eterno inclui o empenho de agarrar-nos à barra de ferro — apegar-nos à palavra de Deus e à palavra de Seus profetas. Precisamos agarrar-nos com mais força à barra que nos leva de volta à presença Dele. Este é o “dia de escolha”1 para todos nós.”
Seguramente, a tendência mundial de se casar cada vez mais tarde não representa os desejos do Senhor que continua incentivando os membros da igreja a exercerem sua fé e formarem uma família. Segundo os conselhos proféticos existe uma idade onde você pode começar a namorar, 16 anos. Mas não existe uma regra de qual é a melhor idade para se casar. Imagina-se que logo após uma missão de tempo integral o rapaz estará apto a começar a procurar por sua amada. À partir dos primeiros anos da vida adulta. Segundo um pscilógo chamado Mosquera a idade adulta pode ser dividida em três fases a inicial (20-25 anos), idade adulta plena (25-35 anos) e a jovem final (35-40 anos). No que se refere ao adulto jovem, as suas características físicas e psicológicas já estão formadas. Mosquera elucida que há nesta fase da vida uma grande vitalidade e uma valorização da individualidade.
O adulto jovem está dotado dos mais fortes impulsos, os quais se manifestam, tanto pela impulsividade como pelo emprego vivo de suas forças. O seu estado de espírito frente à vida alcançou, por regra geral, um nível elevado. A alegria de viver e o prazer da existência fornecem-lhe perspetivas. Logo, parece que na idade adulta jovem o ser humano busca uma valoração pessoal, buscando um desejo intrínseco da avaliação positiva de si mesmo pelos conhecimentos até então adquiridos e construídos, sempre numa expectativa de alcançar uma avaliação positiva frente a sociedade e a respeito de si mesmo. O adulto jovem deseja recompensas rápidas e externas das suas motivações e busca experimentar e demonstrar muita competência, entre produções próprias dos seus investimentos socioeconómicos.
Nosso Conhecimento do Plano de Salvação nos leva a desejar formar famílias
Por que estão os jovens sud na contramão da sociedade e ainda desejam se casar? Para a sociedade num geral a oficilização da união estável vêm se tornando uma maneira de demonstrar status social. A média de gastos em uma festa de casamento pode atingir cifras bem altas. Em contra partida, para um jovem sud, o casamento é uma oportunidade de manter os laços sagrados da intimidade entre um casal protegidos, conforme ensinado pela doutrina da Lei da Castidade. O desejo de se casar possui uma relação direta com o desejo de guardar este mandamento.
O grande plano de Felicidade ensina que não é bom que o Homem esteja só. Todos precisam de ajuda. Os espirítos que estão na presença do Senhor somente poderão vir a esta Terra protegidos pelos convênios do Senhor se os jovens escolherem se casar no Templo. Compartilhar as experiências que obtiver ao longo da vida com um parceiro te ajudará a encontrar um tipo de felicidade mais profunda e duradoura.
O amor é um encontro
A realização de um casamento implica que duas pessoas decidam estar juntas. Que amadureçam uma relação ao ponto de se sentirem confortáveis idealizando uma vida e futuro juntas. Ainda que seja um mandamento do Senhor, não é uma decisão fácil. Ao definir o amor como um encontro, o que se diz é que o amor é uma consequência de encontrar aquela pessoa que você sente que é a pessoa “certa” para você, aquela com quem consegue projetar e se sente confortável para viver uma vida a dois.
O amor, mais que um sentimento é consequência de experimentarmos comportamentos em uma relação dual de ternura, cumplicidade, medo, tolerância, raiva, paixão, humildade, rejeição, fidelidade, dependência, intimidade do corpo e emocional. O amor profundo, precisa de uma relação que seja continuada para que possa se desenvolver. Ao envolver-se com alguém e abrir espaço para este sentimento em sua vida você certamente enfrentará conflitos que são necessários para a transição de um amor infantil para um amor maduro.
Na fase do amor infantil o que se tende é a ver o outro como uma extensão de si mesmo, existe uma necessidade constante de reforço para se sentir amado, a vontade é de viver apenas o momento, as pessoas tendem a ver-se como o centro do universo e num geral apresentam falta de controle do seu próprio comportamento. Em contrapartida o amor adulto é capaz de identificar coisas com as quais você é capaz ou não de conviver pelo resto de sua vida. Quando se está numa fase de amor maduro você é capaz de compreender que você não é o agente da mudança do outro, visto que cada um decide sesus comportamentos. A pessoa sente-se completa em si mesma, planeja o futuro enquanto vive o presente, é empática.
Possivelmente a decisão de se casar estará diretamente ligada com a sua capacidade e oportunidade de desenvolver uma relação baseada em um amor maduro. Viver um relacionamento que verdadeiramente passe pelo terreno do namoro.
Nunca é tarde demais
“Então Eu estava com ele como arquiteto, e eu era a cada dia o seu deleite, alegrando-me perante ele em todo o tempo” (Provérbios 8:30). O Senhor é o senhor de todas as coisas. Ele sabe que muitas vezes o fato de ainda não ter encontrado a pessoa para se casar poderá se tornar um tema delicado e doloroso. Nunca se deve entretanto perder a fé e a esperança de que Ele conhece o seu coração e os seus desejos. Você é herdeiro da promessa divina, faça sua parte e confie que o Senhor também fará a dele.