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Se não foi o anjo que converteu Alma, o filho, o que o levou à conversão?

Aaron D. Franklin é um santo dos últimos dias, professor de engenharia e química na Duke University e escreveu um livro chamado “The Spiritual Physics of Light”.

Em seu livro, Franklin discute o poder da luz espiritual e seu papel na conversão.

Ele explora o exemplo de Alma, o filho, que viu um anjo, mas cujo relato não parece atribuir sua conversão a essa experiência. Em Alma 5:45-46, sua conversão é recontada:

“E isto não é tudo. Não supondes que eu próprio saiba destas coisas? Eis que vos testifico que sei que estas coisas de que falei são verdadeiras. E como supondes que eu tenho certeza de sua veracidade?

Eis que eu vos digo que elas me foram mostradas pelo Santo Espírito de Deus. Eis que jejuei e orei durante muitos dias, a fim de saber estas coisas por mim mesmo. E agora sei por mim mesmo que são verdadeiras, porque o Senhor Deus mas revelou por seu Santo Espírito; e esse é o espírito de revelação que está em mim.”

Como Franklin descreve em seu livro:

“Apesar da visita angelical que viu e da voz trovejante que ouviu, Alma cita o jejum, a oração e as manifestações resultantes do Espírito Santo como as confirmações mais concretas de sua conversão.

Isso porque o discernimento da luz espiritual, que é sempre alimentado por um testemunho do Espírito Santo, afeta toda a alma mais fortemente do que qualquer sensação física, mesmo que essa sensação venha na forma de uma visita celestial”.

Leia um trecho de sua entrevista no podcast All In sobre luz espiritual:

Morgan Jones:

Outra coisa que achei fascinante foi você dar outro exemplo baseado nas escrituras sobre Alma, o filho.

Além disso, vemos outros exemplos como esse nas escrituras: Lamã e Lemuel experimentaram essas manifestações do céu, mas rapidamente as esqueceram.

Porém, quando a vida de alguém muda devido à influência do Espírito Santo, parece que a conversão é maior.

Então, eu queria saber se você poderia falar sobre a influência do Espírito Santo e o papel que a luz desempenha em nos ajudar a sermos iluminados.

Aaron Franklin:

Que ótimo exemplo para começar.

Isso realmente abre o caminho para uma discussão profunda que tenho no livro sobre a interação entre o Espírito Santo e a luz de Cristo.

Eu diria que dificilmente existe um aspecto mais confuso em nossa doutrina, certo?

Ao tentarmos entender o Espírito Santo como um membro da Trindade e o papel que ele desempenha, temos aquela relação com a luz de Cristo que é tão grande que eles compartilham títulos e até mesmo maneiras pelas quais são referidos.

No entanto, são completamente diferentes, uma vez que o Espírito Santo é um personagem de espírito e membro da Trindade, e a luz de Cristo é um poder, uma força separada.

Entretanto, acho que está claro que há uma conexão absoluta entre como esses poderes funcionam, o poder do Espírito Santo e o poder da luz de Cristo.

Uma das maneiras que gosto de pensar sobre como esses poderes funcionam está relacionada ao que Joseph Fielding Smith chamou de “uma impressão indelével do Espírito Santo”, o que é mais poderoso do que ver um anjo e permanece conosco por mais tempo.

Penso nisso como se o Espírito Santo estivesse alimentando a radiação que podemos receber da luz de Cristo, uma radiação que vem de nós.

Então, sim, estamos todos irradiando, certo? Todos nós temos a luz de Cristo, e funciona muito bem, correto?

No entanto, o que irradiamos, a intensidade dessa radiação, tem uma válvula de gaveta.

Essa válvula representa nossa conexão com a influência do Espírito Santo.

Quanto mais conectados estivermos, mais essa luz brilhará.

Em outras palavras, à medida que aprendemos uma verdade, nos encontramos em um ponto de decisão.

Essa verdade pode ser uma ordenança fundamental do evangelho. Por exemplo, “Você será batizado?” Esse é um ponto de decisão.

Você se encontra em pontos de decisão centenas de vezes por dia, você deve tomar uma decisão.

Você tem a verdade e escolhe o caminho que deseja seguir com esse conhecimento.

Cada um desses pontos de decisão, em minha opinião, é uma forma de afetar essa conexão com o Espírito Santo e, portanto, a irradiação de luz.

E quando esses são pontos de decisão de grande inflexão em que se decide abraçar e acreditar na realidade da Expiação de Jesus Cristo e colocar tudo o que você tem nessa direção, nessa relação – aquela radiação inicial de luz – penso nisso como uma fotografia.

Pense no que acontece quando você expõe a luz ao substrato correto. Parece que ela é perfeita em captura e indelével, certo? Quer dizer, está ali.

E esse é o tipo de impressão que acho que temos quando buscamos genuína e sinceramente por essa confirmação, o discernimento que podemos receber por nos entregarmos a Deus e ter acesso à verdade por meio do Espírito Santo, que é luz, que expõe e retém.

Fonte: LDS Living

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