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O problema do vício em videogames – advertência dos profetas

Videogames ou jogos digitais podem ser uma atividade prazerosa e divertida, ainda mais quando jogamos com amigos. Entretanto, podem também ser perigosos. Em meados do ano passado a Organização Mundial da Saúde classificou o vício em videogames como distúrbio de saúde mental [1]. Bem antes dos cientistas concluírem os perigos associados ao vício em jogos virtuais, os profetas advertiram:

Elder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Infelizmente, alguns rapazes e moças da Igreja atualmente ignoram “as coisas como realmente são” e negligenciam relacionamentos eternos em troca de distrações, diversões e subterfúgios digitais sem nenhum valor duradouro. Dói-me o coração quando um jovem casal — selado na Casa do Senhor para o tempo e a eternidade pelo poder do santo sacerdócio — tem dificuldades conjugais por causa do efeito viciante do uso excessivo de videogames ou de redes de relacionamentos sociais da Internet. Um rapaz ou uma moça pode desperdiçar incontáveis horas, adiar ou perder realizações profissionais ou acadêmicas e, por fim, sacrificar ternos relacionamentos humanos por causa de videogames e jogos on-line que embotam a mente e o espírito. O Senhor declarou: “Portanto dou-lhes o seguinte mandamento: Não desperdiçarás teu tempo nem enterrarás teu talento, de modo que não seja conhecido” (D&C 60:13).” (“As coisas como realmente são“, A Liahona, junho de 2010)

tempo consagrado

Presidente M. Russell Ballard disse:

“Em Doutrina e Convênios, o Senhor fez uma advertência (…) com estas palavras: “Não desperdiçarás teu tempo nem enterrarás teu talento para que não seja conhecido” (D & C 60:13). Por que eu falaria disso com vocês? Porque uma das maneiras pelas quais Satanás diminui a sua eficácia e enfraquece a sua força espiritual é encorajando-o a gastar muitas horas do seu tempo fazendo coisas que importam muito pouco. Falo de coisas como ficar sentado por horas a fio vendo televisão ou vídeos, jogando videogame noite e noite, navegando na Internet ou dedicando enormes períodos de tempo a esportes, jogos ou outras atividades recreativas.

Não me entenda mal. Essas atividades não são erradas por si mesmas (a menos, é claro, que você esteja assistindo programas lascivos ou procurando imagens pornográficas na Internet). Jogos, esportes, atividades recreativas e até mesmo a televisão podem ser relaxantes e rejuvenescedores, especialmente em momentos em que você está estressado ou sobrecarregado. Você precisa de atividades que o ajudem a relaxar e descansar sua mente. É saudável ir ao campo de futebol ou à quadra de basquete e participar de atividades físicas vigorosas.

Mas falo em deixar as coisas desequilibradas. (…) O que você dirá ao Senhor quando Ele lhe perguntar o que você fez com o precioso dom da vida e do tempo? Certamente você não se sentirá confortável em dizer a Ele que conseguiu ultrapassar o nível de 100.000 pontos em um videogame desafiador” (“Be strong in the Lord” Church Educational System fireside at Brigham Young University on 3 March 2002)

O Presidente Dallin H. Oaks falando sobre as escolhas que fazemos disse:

“Ao refletirmos sobre várias escolhas, convém lembrar que não basta que algo seja bom. Há outras escolhas melhores, muito boas, e outras melhores ainda, excelentes. Mesmo que determinada escolha seja mais difícil, caso o seu valor seja maior, isso a tornará a melhor de todas.

Pensem em como usamos nosso tempo nas escolhas que fazemos quanto a ver televisão, jogar videogames, navegar na Internet ou ler livros e revistas. Claro que é bom participar de diversões saudáveis ou obter informações interessantes; mas nem todas as coisas dessa natureza merecem a porção da nossa vida que lhes dedicamos. Algumas são melhores, e outras, melhores ainda.” (“Bom, muito bom e excelente” Conferência Geral, outubro de 2007)

Como se livrar do Vício em Videogames?

Para se libertar do vício em videogames ou qualquer outra coisa, é preciso primeiro reconhecer que se está viciado. Depois é preciso recorrer a ajuda celestial, dos pais, líderes e bons amigos – e talvez até de ajuda profissional. Um rapaz, que preferiu não se identificar contou:

 “Dei-me conta de que precisava encontrar equilíbrio na vida. Uma coisa que me ajudou foram as aulas do seminário. Quando eu estava no Ensino Médio, o seminário fazia parte de meu currículo escolar diário, e isso me ajudou muito. Deu-me a oportunidade de aprender a estabelecer minhas prioridades da maneira correta e colocar o Senhor acima de tudo. Se confiarmos Nele e se pedirmos do fundo do coração que Ele nos ajude em algum aspecto de nossa vida, o Senhor ouve. Se realmente desejarmos mudar, conseguiremos.

Felizmente, não tive de passar por um problema importante para me fazer parar de jogar. Bastou estabelecer prioridades corretas e limitar meu tempo de jogo. Contudo, isso só aconteceu quando pedi ajuda ao Senhor em oração, e Ele me ajudou.” (“Viciado em Videogame“, lds.org)

O Presidente James E. Faust (1920–2007), que serviu como Segundo Conselheiro na Primeira Presidência, testificou:

“Se nos voltarmos para o Senhor e acreditarmos em Seu nome, poderemos mudar. Ele nos dará o poder de mudar nossa vida e o poder de afastar os maus pensamentos e maus sentimentos do coração. Podemos ser resgatados do ‘mais escuro abismo’ e ver ‘a maravilhosa luz de Deus’ (Mosias 27:29). Podemos ser perdoados. Podemos encontrar a paz.” (“O Poder de Mudar”, A Liahona novembro de 2007, p. 123)

Nota

[1] “OMS classifica vício em videogame como distúrbio de saúde mental” – O Estado de S.Paulo, 18 Junho 2018 – https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,oms-classifica-vicio-em-videogame-como-disturbio-de-saude-mental,70002354974

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Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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