A arquelogia e geografia do Livro de Mórmon

Artigo similar publicado por Isaac Angulo em momonsud.org, o artigo a seguir possui parte de tradução e adaptação feita por Leilyanna da Penha.
A arqueologia e geografia do Livro de Mórmon
Ao ler o Livro de Mórmon é comum que o leitor se pergunte sobre qual seria o local preciso do continente americano que foi habitado por lamanitas e nefitas. Diferentemente da Bíblia, que traz cenários específicos, as condições geográficas do Livro de Mórmon não foram claramente reveladas. Hugo N. Salvioli um poeta, pesquisador e escritor mórmon que é natural de Buenos Aires disse o seguinte:
“Nunca precisei de evidências externas para apoiar o meu testemunho e saber que o Livro de Mórmon é verdadeiramente um outro testamento de Jesus Cristo.”
Para os que vivem na região mesoamericana (nome dado a região onde se desenvolveu a cultura Maia) ou habitantes do antigo Império Inca (Peru, Chile, Equador, Bolívia, parte da Argentina e Colômbia); a convivência com grandes ruínas e heranças destes impérios facilita o imaginário popular. Os membros da igreja se perguntam com frequência se seriam essas ruínas evidências da arqueologia e geografia do Livro de Mórmon.
No Brasil a cultura dos povos pré-colombianos é diferente. Os indígenas brasileiros são considerados povos seminômades. Tupis-guaranis, macrojê ou tapuias, aruaques e caraíbas. [1] Povos que já praticavam a agricultura, mas, em um modo rudimentar chamado coivara. [2]
Esta é uma dentre as muitas diferenças entre a América espanhola e portuguesa. Considerações históricas a parte, pensemos sobre qual seria a arqueologia e geografia do Livro de Mórmon.
Onde se desenvolveu geograficamente o Livro de Mórmon?
Alguns arqueólogos afirmam que o mais provável é que os povos do Livro de Mórmon tenham vivido na América Central e na região sul do México.
Existem alguns estudos arqueológicos de diferentes profissionais tentando provar esta teoria, mas até o momento nenhum deles pode confirmar o local exato onde os lamanitas e nefitas viveram.

Ainda que existam estudos que procuram estimar detalhes da arqueologia do Livro de Mórmon, a verdade é que não há nenhum estudo que possa afirmar com 100% de precisão os detalhes da geografia do Livro de Mórmon.
Os críticos do Livro de Mórmon estão obcecados, querem que todas as pessoas possam saber que a arqueologia e geografia do Livro de Mórmon não é precisa e que isso o torna falso. Essa afirmação seria verdadeira, se este fosse um livro histórico ou geográfico.
O Livro de Mórmon é um livro sagrado que ajuda as pessoas que estão buscando fortalecer a sua fé a aproximarem-se de Jesus Cristo.
O Livro de Mórmon tem o poder de aproximar as pessoas a Jesus Cristo, ele é uma demonstração do amor de Deus a todos os seus filhos, o que torna o seu valor incalculável.

Qual a verdadeira arqueologia e geografia do Livro de Mórmon?
Para os cristãos que estudam e acreditam na Bíblia os sítios arqueológicos e os fatos históricos são aspectos interessantes, mas secundários. O que realmente importa na Bíblia não são os lugares geográficos onde aconteceram as histórias dos profetas. A Bíblia é um livro sagrado pelo seu conteúdo, pois seu conteúdo testifica sobre Deus e seu filho unigênito.
De igual maneira isto ocorre no Livro de Mórmon, os aspectos arqueológicos e históricos são pontos interessantes, mas secundários. O real valor do Livro de Mórmon está em seu conteúdo espiritual, pois ele faz com que o leitor possa se aproximar mais de Jesus Cristo. Uma parte importante do Livro de Mórmon é o relato da visita de Jesus Cristo ao continente americano.
O Livro de Mórmon fala dos antigos habitantes das Américas, sua história centra-se especialmente na narrativa sobre dois povos conhecidos como nefitas e lamanitas. Por qual razão somente os antigos habitantes de Israel ou povos do mundo antigo poderiam conhecer a Jesus Cristo? [3].
O Livro de Mórmon reconhece a essas milhares de almas que viveram no continente americano e formaram parte dos antepassados dos povos pré-colombianos. Presumir que estas pessoas estiveram aqui nesta Terra e estavam fora do alcance do poder de Deus seria um pouco egoísta.

Estudos da arqueologia e geografia do Livro de Mórmon são inconclusivos.
O Livro de Mórmon é uma prova do amor de Deus a todos os seus filhos e de que Ele não realiza entre eles nenhuma distinção. Seguramente é também uma prova da restauração do evangelho de Jesus Cristo.
Caso algum dia sejam encontrados melhores resquícios da arquelogia e geografia do Livro de Mórmon essa informação não alterará em nada sua divindade. Assim como declarou o irmão Salvioli, não precisamos nos apoiar em evidências externas para reconhecer que o Livro é verdadeiro.
Em suas palavras podemos encontrar quase 4.000 referências sobe o Salvador Jesus Cristo, onde Ele é mencionado com mais de 100 diferentes títulos.
Os estudos sérios de arqueologia quando realizados por pessoas preparadas é bastante interessante. Mas a verdade para os mórmons é que caso um dia seja realizada uma grande descoberta arqueológica, isso não mudará que desde hoje o Livro de Mórmon é um outro testamento de Jesus Cristo.
Caso você também queira receber confirmação sobre a veracidade do Livro experimente seguir as palavras do profeta Morôni:
“Eis que desejo exortar-vos, quando lerdes estas coisas, caso Deus julgue prudente que as leiais, a vos lembrardes de quão misericordioso tem sido o Senhor para com os filhos dos homens, desde a criação de Adão até a hora em que receberdes estas coisas, e a meditardes sobre isto em vosso coração.
E quando receberdes estas coisas, eu vos exorto a perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas não são verdadeiras; e se perguntardes com um coração sincero e com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo.
E pelo poder do Espírito Santo podeis saber a verdade de todas as coisas. (Morôni 10:3-5).
[1] Índios no Brasil. sohistoria.com.
[2] Coivara – Derrubavam a mata e queimavam o solo com o objetivo de limpá-lo e torná-lo pronto para o cultivo. Praticavam a agricultura do amendoim, milho e feijão.
[3] A expressão povos do mundo antigo se refere aos habitantes do oriente e formadores das primeiras civilizações históricas conhecidas.