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Como um cão rebelde me ensinou sobre o Salvador

Moro em Laramie, Wyoming com minha esposa e minha pequena família.  O Wyoming é um estado bonito, grande, com grandes espaços abertos, muitas montanhas, muitos rios e ar puro. Foi isso o que me atraiu para o Wyoming depois da faculdade de odontologia.  Estamos aqui há quase seis anos.  Durante esse tempo, eu consegui estabelecer uma clientela razoável e me estabelecer neste estado quase despovoado. Foi lá que ouvi a história intrigante de um cão.

Meu vizinho

Um dia na hora do almoço, decidi apresentar-me ao meu vizinho no andar acima do no nosso escritório.  Nós vimos um ao outro inúmeras vezes chegando e saindo, mas nunca tivemos tempo para conversar.  Então, pensei que era a hora de dizer oi.  Depois de ouvir-me bater, ele me convidou para entrar.

Ele levantou-se por trás de sua mesa, apresentou-se como Phil e ofereceu a mão para que eu apertasse.  Ele, como eu, tinha vindo ao Wyoming para ficar longe da cidade grande povoada em que ele crescera. Phil me ofereceu um assento e conversamos por um bom tempo.  Enquanto conversávamos, meus olhos encontraram um bloco branco estranho na mesa dele.  Parecia ser a pegada de uma espécie de gato ou animal semelhante preservado em um pedaço de gesso.

Não pude deixar de perguntar ao Phil qual era o significado daquilo.  Ele se recostou na cadeira e disse que era a carcaça de uma pata de seu cão Rocky.  “Mas por que você guardaria a impressão da pata de um cão?” Perguntei.  Aí ele começou a me contar esta história fascinante sobre Rocky.

A história de um cão chamado Rocky

“Eu o peguei em um abrigo de animais.  Como estamos no interior, procurávamos um cão maior, saudável para dar alguma proteção a nossa casa.  Ele era um cão muito grande que tinha sido abandonado.  Nunca soubemos de que raça ele era e, por adivinhação, achamos que ele tinha quatro ou cinco anos.  Todos no abrigo achavam que ele era pelo menos metade rottweiler.

Nós sentimos que por ele ser pelo menos parte rottweiler faria dele um cão de guarda eficaz.  Então o levamos para casa com grandes esperanças e o chamamos de Rocky.  Logo depois que nós o pegamos, fiquei triste.  Ele provou ser muito rebelde e independente.  Ele nunca mostrou o carinho que a maioria dos cães mostram por suas famílias. Nunca consegui treiná-lo da maneira que eu esperava.  Na verdade, muitas vezes pensei em devolvê-lo para o abrigo.  Muitas vezes eu me perguntei se ele conseguiria se tornar o ‘melhor amigo’ de alguém.

Um dia de primavera no ano passado eu levei minha esposa e nossa filha Julie em uma caminhada de sábado em uma das áreas montanhosas nas proximidades.  Levamos o Rocky conosco. Ele adorava brincar por todo o lado enquanto caminhávamos, quase nunca vindo quando era chamado.  Minha filha Julie tinha seis anos, mas conseguia facilmente acompanhar minha esposa e eu pelas trilhas.  Ao meio-dia, tínhamos caminhado cerca de 10 km para um pasto com uma bela vista e um pequeno lago nas proximidades.

Era hora do almoço.  Minha esposa e eu tiramos as coisas da mochila e íamos comer sanduíches e frutas.  Julie estava a menos de 3 metros à nossa direita e estava brincando perto de uns arbustos grossos.

Rocky estava a 3 metros na direção oposta, apenas deitado e descansando.  Tudo estava bem, até que lentamente Rocky por algum motivo desconhecido levantou as patas da frente e olhou diretamente para Julie.  Ele então ficou com as quatro patas no chão, abaixou a cabeça e começou a rosnar.  Primeiro, num tom bastante baixo, depois cada vez mais alto.  O pelo de suas costas e nuca começou a ficar eriçado.  Isso continuou por cerca de 10 ou 15 segundos.

Então sem aviso ele avançou direito para nossa filha.  Rapidamente, ele estava praticamente em cima dela. Ela olhou com medo quando Rocky vindo furiosamente para cima ela a toda a velocidade.  Aconteceu tão rápido que eu fiquei sem ração.  Fiquei com a boca aberta incapaz de dizer ou fazer nada para evitar a colisão eminente. O que ele tinha na cabeça?  Ela tinha feito algo para irritá-lo como atirar uma pedra nele?  Ou ele simplesmente queria o sanduíche dela?  Tudo o que vi foi aquele animal incontrolável pronto para atacar minha pequena Julie e eu era incapaz de impedi-lo.

Um salto mais e ele estaria nela.  Quando ele deu aquele último salto, ele me surpreendeu saltando pelo ombro direito de Julie e indo para a moita de arbustos atrás dela.  Imediatamente houve uma escaramuça tremenda.  Rocky ficou latindo e lutando como se não houvesse amanhã com algo que não conseguimos ver nos arbustos.  Mas o que era?  Então, ouvimos um grito agonizante de Rocky. Eu sabia que ele estava ferido.   Eu corri o mais rápido possível para ver o que estava acontecendo e só consegui ver um grande leão da montanha correndo para a floresta.  E lá estava Rocky, sofrendo uma dor intensa.

O puma havia silenciosamente se escondido naqueles arbustos. Nenhum de nós o havia visto enquanto descansávamos.  Um bote e ele poderiam ter mutilado ou mesmo matado minha filha.  De alguma forma Rocky sentiu o cheiro dele ou percebeu seu movimento e tinha corrido em defesa de Julie.

Corri para os arbustos e encontrei Rocky em choque e sangrando muito.  Ele tinha sido atacado gravemente pelo puma.  Tentamos estancar suas feridas abertas com o que tínhamos conosco, mas sem sucesso.  Estávamos muito longe para conseguir o cuidado que ele precisava.  Meia hora mais tarde Rocky calmamente morreu nos meus braços.

Ele foi um cão que quase odiei.  Ele parecia não ter quaisquer virtudes simpáticas.  Mesmo assim, ele não pensou duas vezes antes de saltar para aquele aglomerado de arbustos para defender minha preciosa Julie.  Ainda tremo só de pensar o que poderia ter acontecido sem o sacrifício daquela criatura nobre e altruísta.”

Conclusão

Imediatamente associei a descrição que Isaías fez do Salvador ao Rocky:

“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.

Ele é desprezado e rejeitado pelos homens; varão de dores e experimentado em padecimentos; e foi como se escondêssemos dele nosso rosto; foi desprezado e não fizemos caso dele.

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” 

Não esqueçamos a dor que o Jesus Cristo suportou por nós. Pois somente por meio de Seu humilde sacrifício colhemos a bênção da salvação.

Escrito por George Domm e publicado originalmente em Mormonhub.com.

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| Inspiração
Publicado por: Luciana Fiallo
Tradutora e intérprete de formação e paixão. Escolheu essa profissão para, no futuro, poder fazer lição de casa com os filhos e continuar trabalhando.
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