Presidente Uchtdorf Conhece Harrison Ford e Presenteia “Bombardeiro de Doces” com Premio da Aviação
Por Danielle B. Wagner
Na sexta-feira, 22 de janeiro, John Travolta hospedou o 13ª premiação anual “Lendas Vivas da Aviação”, onde Harrison Ford apresentou o Legacy Award da Aviação.
O coronel Gail Halvorsen, mais conhecido como o “Bombardeiro de Doces” (Candy Bomber), foi homenageado naquela noite. Ele foi recentemente apresentado no filme “Conheça Os Mórmons” (Meet The Mormons).
Junto a esse homem impressionante estava o presidente Dieter F. Uchtdorf, que teve a honra de presentear Halvorsen com o prêmio das crianças Kitty Hawk pelo seu impacto positivo ao longo da vida de muitas crianças.
Mais tarde naquela noite, o Presidente Uchtdorf e o coronel Halvorsen tiveram a oportunidade de tirar uma foto com Harrison Ford, e Uchtdorf provocativamente disse: “Nosso Bombardeiro dos Doces de 95 anos de idade quase pareceu o mais jovem entre o piloto da Millennium Falcon e eu – um ex-capitão da companhia aérea”.
No final da Segunda Guerra Mundial, Halvorsen, um tenente e piloto dos Estados Unidos, foi designado para trazer farinha para a Berlim Ocidental como parte de um esforço de recuperação da guerra. Ele recorda: “Eu estava contra o muro de Berlim, assistindo os aviões próximos pousando e carregando. As crianças estavam do outro lado do arame farpado, 30 delas”.
Mas ao contrário das crianças típicas que normalmente pediam doces para os soldados americanos, estas eram diferentes. Em vez de pedir doces elas disseram a Halvorsen: “Não se preocupe conosco, mesmo se não tivermos o suficiente para comer. Apenas não desistam de nós. Algum dia nós teremos o suficiente para comer, mas se perdermos nossa liberdade, nunca iremos recuperá-la”.
Enquanto Halvorsen se despedia e se afastava, um sussurro lhe parou. Ele queria dar a estas crianças notáveis algo mais, mas tudo o que tinha nos bolsos eram duas gomas de mascar. “Eu disse a mim mesmo, se você voltar e der isso a eles, você vai ter problemas“. Mas não era Halvorsen que estava escolhendo esse caminho; ele estava sendo guiado pelo Espírito.
“A razão de eu voltar para o muro”, ele compartilhou, “foi um sussurro claro como um sino. Eu sei que foi o Espírito Santo e nenhuma outra fonte que disse, ‘Volte para o muro’. Foram essas palavras, como se estivesse escrito. Era uma comunicação clara”.
Rasgando as duas gomas ao meio, Halvorsen passou os doces pela cerca. Ele ficou chocado ao ver as crianças compartilhando os pedaços, cheirando a hortelã e se admirando, como se o próprio cheiro da goma fosse mágica.
“Eu fiquei lá estupefato”, ele lembra. “Rapaz, eu disse, com 30 centavos eu poderia dar-lhes um pacote inteiro. Eu disse, esse tipo de agrado não custaria muito mais do que uma barra de chocolate”. Mas Halvorsen não poderia retornar à cerca. Ele tinha quebrado o regulamento por estar lá já na primeira vez. Ele então pensou numa maneira de entregar a sua cota de chocolate para as crianças: lançando de seu avião enquanto sobrevoava a cidade para aterrissar na Berlim Ocidental.
E assim nasceu a ideia por trás do Bombardeiro de Doces.
Depois de sua primeira remessa de barras de chocolate amarradas a um lenço como pára-quedas, a ideia simples de Halvorsen explodiu. Depois de ser apanhado num filme, seu coronel descobriu essa missão, e com a aprovação do general, a missão tornou-se um esforço internacional entre as crianças de escolas americanas e empresas de doces que doavam tempo e doces por essa causa. Ao todo, até o final de seu tempo voando sobre Berlim, Halvorsen entregou 23 toneladas de doces pelo céu sobre Berlim Oriental, incluindo três toneladas que cairam na véspera de Natal.
Mas havia mais nessa causa do que apenas doces. Halvorsen se lembra de um caso onde, 50 anos depois de sua missão de bombardeio de doces, um homem se aproximou e disse: “Eu tenho 60 anos de idade, e 50 anos atrás, eu estava indo para a escola, em Berlim. As aulas eram realmente poucas, e estava chovendo. De repente, da nuvem e da chuva caiu um pára-quedas. Uma barra de chocolate Hershey fresca caiu bem aos meus pés”. O homem continuou, “Levei uma semana para comer aquele chocolate. Eu tinha-o dia e noite. Mas o chocolate não era importante. O importante era que alguém na América conhecia nossos problemas. Alguém se preocupava. Eu posso viver com parcas rações, mas não sem esperança”.
Artigo original em LDSLiving.com. Traduzido por Esdras Kutomi.