Ministrar aos Santos dos Últimos Dias Com Distúrbios Emocionais
Distúrbios Emocionais
Este primeiro de quatro artigos fornece aos Santos dos Últimos Dias um recurso para integrar e servir os membros da ala com necessidades especiais e distúrbios emocionais. Membros com deficiências podem ser vitais, bem-sucedidos, que contribuirão muito para a ala. Nós esperamos que este recurso possa ajudar a alcançar esse objetivo.
Ministrando Como Cristo
Distúrbios emocionais e comportamentais afetam os membros de todas as idades, em quase todas as alas. Eles incluem Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtornos alimentares, depressão, ansiedade, doença de Alzheimer e demência, entre muitos outros.
Reconhecer a deficiência de um indivíduo é o primeiro passo para a compreensão de como ajudá-los a sentirem que eles são membros importantes e cooperantes dentro da família da ala.
Há muito mais informação hoje sobre cada condição do que jamais houve. Recebemos mais “luz e conhecimento” em nossa dispensação do que nas anteriores e cabe a cada um de nós atender ao chamado e a missão de “amar ao próximo”.
Amar ao próximo
O presidente Dieter F. Uchtdorf disse:
Ele deseja saber como amamos e ministramos àqueles que estão sob nossos cuidados
Compreender os desafios que as pessoas com distúrbios emocionais e comportamentais enfrentam é um componente chave no desenvolvimento de maneiras de servir e ajudá-los a tornarem-se membros efetivos da ala.
Esperamos que este artigo se dirija e responda a essas perguntas sobre a forma de ministrar, servir e ensinar aqueles que você ama.
- Que estigmas (medos) os membros têm relacionados a um transtorno específico de alguém, se houver, que pode ser aliviado?
- Quem precisa conhecer fatos pertinentes a um distúrbio em questão, e quem conhece as informações pessoais do indivíduo e sua condição, para fornecer as soluções mais eficazes?
- Como compreender os vários aspectos de um transtorno nos ajuda a atender os problemas associados com as necessidades específicas do membro?
- Quem são as pessoas com maior influência, conhecimento e importância na vida desses membros, e quem na ala tem o potencial de se tornar tal?
- Que interesses um indivíduo tem que pode ser benéfico para o processo de assimilação, desenvolva relacionamentos com outros membros e permita o crescimento e comunhão?
- Que necessidades específicas devem ser abordadas e conhecidas no início, e que perguntas devem ser feitas para que o auxílio continue; e, quem está melhor qualificado ou na melhor posição para fazer tais perguntas?
- Que sugestões, ideias ou ferramentas podem ser úteis para orientar os membros da ala que servem com a pessoa com um desafio emocional/comportamental?
- Que atividades, ideias, oportunidades e possibilidades são apropriadas para a integração e o crescimento espiritual destes indivíduos?
Tome Tempo Para Entender a Desordem de Alguém
Aqueles em posições de liderança precisam saber e entender as informações básicas sobre a doença de um indivíduo, a fim de servir e ministrar plenamente e de forma eficaz aqueles com um desafio emocional/comportamental.
Esta informação básica pode ser usada no treinamento de outros envolvidos no serviço, ensino e integração desses membros especiais, desde líderes das auxiliares, professores de classe, conselheiros, presidências de quórum, mestres familiares, professoras visitantes e bispados.
Cada membro pode se beneficiar e aprender a ajudar estes indivíduos a se envolverem ao trabalhar com eles um a um, em sala de aula e nas congregações.
Os websites de associações profissionais e nacionais contém uma grande quantidade de informação sobre uma desordem específica, e sobre desordens com sintomas semelhantes.
Eles podem incluir causas e sintomas, sugestões para tratamento, linhas de apoio disponíveis, sugestões para viver e lidar com o transtorno num nível pessoal ou para um cuidador ou membro da família. Alguns sites têm informações disponíveis sobre grupos de apoio, locais de reunião, bem como aconselhamento profissional de forma direta e ajuda.
Estratégia de Cinco Passos Para a Integração
1. Identifique as Necessidades do Indivíduo
Pergunte! Nunca assuma. Pergunte às pessoas o que elas precisam. Pergunte à familiares, pais ou aos cuidadores da pessoa, se necessário. Pergunte às pessoas que estão mais próximas do indivíduo e da situação.
Em uma entrevista com o PhD Dr. Bruce Johns, e ex-bispo de N. Logan, Utah, ele disse: “A maioria das pessoas realmente aprecia os que tentam entender perguntando e aprendendo sobre suas condições. Entre essas pessoas existem espíritos maravilhosos – conhecê-los abençoará a vida de todos.”
As presidências das auxiliares, mestres familiares e professoras visitantes estão numa posição privilegiada para fazer isso se estiverem exercendo seus chamados fielmente.
Os bispos não podem fazer tudo. Aqueles que ministram mais de perto a estes indivíduos estão geralmente numa posição melhor para conhecer suas necessidades individuais.
Se você estiver numa dessas posições, e não sabe como começar o que parece ser uma conversa difícil, peça ao Senhor! Ore por inspiração para receber o conhecimento que só o Senhor possui. Ele conhece cada pessoa individualmente e mostrou o caminho, por Seus muitos exemplos de serviço. Considere as seguintes perguntas ao iniciar o processo de integração:
- Que grupo auxiliar ou quorum o indivíduo pertence? Quem são seus colegas e amigos? Quais seus gostos e interesses?
- Que membros da ala conhecem a pessoa ou a situação e estão em posição de ajudar? Que recursos são necessários para ajudar?
- Os membros da família são capazes de ajudar? Quais são as informações que eles podem oferecer? Eles mesmos possuem alguma necessidade própria?
- Como a pessoa que possui a deficiência/desordem responderá a: novas amizades, ser incluído num grupo ou visitas da liderança? Que abordagem será mais aceita pelo indivíduo?
2. Desenvolver e Seguir Um Plano de Ação
Sempre se correlacione e acompanhe seja num conselho de ala, no bispado, nos quóruns ou entre as presidências das organizações auxiliares.
Utilize o poder da oração, mais uma vez, para fazer designações inspiradas ou ajustes ao chamar as pessoas apropriadas para ajudar e trabalhar com esses indivíduos. O Senhor já colocou no lugar certo aqueles que podem melhor atender a necessidade.
Cabe aos líderes e professores, “Põe tua confiança naquele Espírito que leva a fazer o bem — sim, a agir justamente, a andar em humildade, a julgar com retidão; e esse é o meu Espírito.” (Doutrina & Convênios 11:12).
Quando especialistas de deficiências da ala ou estaca estiverem disponíveis, trabalhe com eles. Os membros que são chamados para cargos de serviço só precisam ter um determinado atributo: um espírito de amor e vontade de aprender. Educar os membros que servem não precisa ser complicado. O conhecimento é a chave para aqueles que servem. Tudo o mais será dado, pois é necessário e solicitado.
3. Assimile em Atividades e Reuniões Gerais da Igreja
Quando ou se surgirem problemas, com o comportamento, a reverência, o conflito, a compatibilidade da personalidade, resistência pelo próprio indivíduo, ou mesmo medo, não desanime! Não desista!
Basta lembrar o valor do indivíduo. Problemas podem ser resolvidos antes que eles atinjam um ponto de crise, se tratados precocemente e com um espírito de compaixão.
Pontos focais principais encontram-se nos princípios eternos da 13ª Regra de Fé, bem como na continuação e adaptação de ideias e sugestões que são eficazes com a maioria desses transtornos: consistência, organização, rotinas, elogios, compreensão e paciência.
Apesar dos melhores esforços, haverá momentos em que os planos não funcionam. Seja tão flexível quanto possível, dado cada circunstância; lembre-se que o Senhor tem um propósito divino e um plano para cada um de Seus filhos. Nós todos temos provações e testes e todos nós cometemos erros. Crescemos “linha sobre linha – preceito sobre preceito”.
4. Providencie um Crescimento Espiritual
Uma necessidade especial para o crescimento espiritual e o progresso de um membro é tão importante quanto o de qualquer outro membro. Eles podem precisar de ajuda profissional de fora e fontes de apoio, mas alguns auxílios mais importantes virão dos membros da ala.
Todos estes indivíduos, grupos e organizações criam um círculo de apoio. Os membros desse círculo incluem aqueles que:
- Ficam em contato regular, não apenas no domingo ou como mestres familiares / professoras visitantes.
- Ajudam a chegar às reuniões, ou que vão até eles se não for possível para eles participarem de reuniões regulares.
- Incentivam o progresso e a atividade, não importa o quão pouco. Mesmo quando parece que uma pessoa é rebelde.
- Usa o processo do arrependimento, com um toque firme e amoroso, e sempre ouve o Espírito Santo. Todo mundo comete erros, mas uma pessoa com distúrbios de comportamento não está sempre “no controle”. Eles podem precisar de ajuda extra para fazer escolhas adequadas. Bispos, em particular, precisarão usar a orientação do Espírito Santo e as chaves do sacerdócio para ajudar um indivíduo que cometeu erros graves enquanto sofria de uma desordem democional/comportamental.
- Mostram amizade, ouvindo, e respondendo adequadamente, sem julgamento ou crítica.
- Compartilham seu próprio testemunho.
- Oram por eles, e também estão disposto a orar com eles.
5. Encontre Oportunidades de Serviços
Membros com distúrbios emocionais / comportamentais precisam de oportunidades para servir. Existem tantas maneiras de servir como existem pessoas que precisam servir. Os membros podem se reunir, ser criativos e encontrar uma necessidade, não importa o quão simples, em que o indivíduo possa ajudar.
“Não tema!” Não permita que o medo fique no caminho. Muitas pessoas com transtornos têm dificuldade em superar seus medos. Outros membros também estão relutantes em se envolver por causa do medo.
Porque o serviço é uma parte essencial do nosso crescimento espiritual, a participação é crucial. O serviço dentro das organizações auxiliares como assistentes de ensino, oportunidades para servir/construir, projetos pessoais comunitários de limpeza, tudo isso ajuda os membros a se misturarem como uma “família da ala ‘.
Outras sugestões incluem:
- Coro da ala
- Armazenamento pessoal
- Caravanas do templo
- Atividades da primária
- Acampamentos, caminhadas e conferência dos rapazes e das moças
- Servir como um mestre familiar / professora visitante
Estas oportunidades permitirão que a pessoa com necessidades especiais possa sentir e receber as bênçãos de servir alguém. Atividades familiares noturnas com outros membros da ala também podem ajudá-los a ampliar o círculo de pessoas que alguém conhece na ala, e pode ajudá-los a conhecerem e se sentirem confortáveis com novas pessoas e novas situações.
Mentores, que servem como exemplo e amigos dos quóruns e das classes de aula integram o plano para ajudar as pessoas com “necessidades especiais” a aprenderem a servir de forma eficaz. Companheiros e colegas guiam, ensinam, suportam, ministram, e o mais importante, mostram aos indivíduos que sinceramente os amam!
Informações Sobre Transtornos Específicos
Junto com descrições gerais de algumas das doenças mais comuns encontradas em nossas alas e em nossas experiências pessoais, você encontrará nesta seção algumas sugestões apropriadas para lidar com diversas questões, de acordo com a idade.
Ideias de atividades e oportunidades de serviços, bem como links para algumas organizações reconhecidas nacionalmente, seus sites oficiais, fontes profissionais e recursos centrados no evangelho que mostraram-se úteis foram incluídos nas seguintes doenças aqui citadas.
Autismo e Síndrome de Asperger
Transtornos do espectro, como o autismo, têm uma ampla gama de sintomas, níveis de habilidade, de socialização e habilidades de comunicação.
Essas pessoas geralmente têm dificuldades que afetam as interações sociais, comunicação com outras pessoas, relacionar-se com outros ou interpretar emoções, os sentidos, o ambiente e até mesmo objetos inanimados. Problemas de aprendizagem secundárias e deficiências são comuns.
Padrões estabelecidos nas salas de aula, atividades estruturadas, abordar claramente um individuo e repetições simples de instrução são parte integral ao ajudar pessoas com esses problemas a se adaptarem e funcionarem de forma adequada.
Professoras da Primária e líderes de música são pessoas chave que podem ajudar as crianças com autismo a aprenderem a se relacionar uns com os outros, fazendo conexões ao aprender histórias e conceitos das escrituras, e a se adaptar às mudanças em seus ambientes, fornecendo consistência em suas ações e providenciando expectativas para uma criança.
Karen (nome modificado), cujo filho, Taylor, foi encontrado escondido atrás de um sofá, depois de fugir aflito do tempo de compartilhar da primária, descobriu que isso era verdade. O ruído e o caos haviam se tornado demasiadamente grandes para ele lidar. Sua integração e seu progresso foram adiados por meses, porque ele não se sentia seguro.
“Essas crianças especiais precisam se sentir seguras”, diz Karen. “Eles precisam de ordem, estrutura, limites e amor consistente mostrado através da tolerância, reverência e um exemplo de disciplina. Essas coisas são fundamentais para que elas tenham habilidades para o sucesso e desenvolvimento na vida da igreja”.
Disciplina pode ser uma parte importante dessa estrutura e limites. “A disciplina não é uma palavra ruim”, acrescenta ela. “É parte da formação e ensino, assim como os discípulos seguiram Cristo, essas crianças precisam aprender pelo exemplo”.
A inclusão de adultos que nunca desenvolveram habilidades sociais pode ser difícil. Mas nunca é tarde demais para desenvolver novas amizades.
Os chamados que utilizam interesses e os pontos fortes de uma pessoa ajudarão a construir os mecanismos sociais que esses adultos têm desenvolvido em outras áreas de suas vidas. Um chamado também reconhece o valor de tais membros, utilizando seus talentos inerentes que de outra forma seriam negligenciados.
Muitas pessoas com síndrome de Asperger são muito inteligentes e têm muito a oferecer, mas precisam dos exemplos e apoio dos outros para fazer sua “luz brilhar”. Paciência é uma virtude vital aqui.
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – (TDAH) e Distúrbio de Déficit de Atenção (ADD)
Provavelmente os distúrbios de comportamento mais comumente vistos, o ADD e o TDAH se apresentam em todas as faixas etárias, desde a infância até a idade adulta. Os indivíduos têm problemas para manter o foco, prestar atenção, muitas vezes têm dificuldade em controlar o seu comportamento, e podem ser muito impulsivos.
Desatenção faz com que pulem de uma atividade para outra, tornando-os facilmente entediados. A incapacidade de se concentrar torna difícil concluir tarefas, processar informações rapidamente ou até mesmo seguir instruções.
Crianças e adultos podem achar muito difícil sentar-se durante toda a reunião sacramental ou mesmo numa classe de aula curta. Eles frequentemente perdem coisas como chaves, escrituras, roupas e etc… muitas vezes tornando difícil para eles chegarem a tempo nas reuniões.
Hiperatividade torna a pessoa com TDAH inquieta, falando sem parar, brincando e tocando tudo à vista. Eles têm dificuldade em sentar-se em qualquer atividade calma como “hora da história” ou discursos.
Segurar e manipular um brinquedo/objeto macio pode ajudar adolescentes e adultos, permitindo concentrar seus cérebros para trabalhar e “incomodar” baixinho. Uma variedade de brinquedos silenciosos especiais podem ser usados durante a reunião sacramental ou primária, podendo ser úteis para as crianças com TDAH ou DDA.
Para os professores que tem a sala de aula num alvoroço constante de interrupções, ignorar o “mau comportamento e recompensar o bom” pode ajudar.
Mas estruturar lições para aliviar o tédio por meio de atividades complementares que exigem dos alunos ativa participação, mídias visuais e da biblioteca, atividades apropriadas para certas idades é muitas vezes a estratégia mais eficaz.
Além disso, tente manter distrações externas ao mínimo.
A impulsividade pode torná-los impacientes, fazendo-os deixar escapar comentários inadequados de emoções incontidas e desprezo pelas consequências de suas ações.
Eles tendem a interromper, e esperar por algo ou alguém lhes parece impossível. Um mentor ou professor em sala de aula extra pode ser vantajoso para ajudar estes indivíduos, sendo exemplos, sentando-se ao lado deles para ajudá-los a manter a reverência e a se concentrar.
Definir regras simples, concisas e claras na sala de aula e seguir padrões de estrutura e rotinas podem ajudar a controlar o comportamento, permitindo que o indivíduo saiba o que ele ou ela pode esperar ao olhar para frente.
A música pode desempenhar um papel importante em ajudar tanto na hiperatividade, no foco e no controle dos impulsos. Quem entre nós não responde a um hino tranquilo ou uma canção patriótica empolgante?
Líderes de música da Primária podem utilizar a sua escolha de seleção de músicas e o timing de cada um, para ajudar literalmente no controle da reverência ou da atividade, auxiliando assim a criança hiperativa a se acalmar e / ou não estimulá-la demais. Outros auxiliares de sala de aula e instrutores podem achar útil tocar hinos de prelúdio e poslúdio entre as classes da escola dominical e das reuniões dos jovens.
Transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia e transtorno de compulsão alimentar)
Um assunto complexo, transtornos alimentares decorrem de questões biológicas, genéticas, comportamentais, sociais e psicológicos. Adolescentes e jovens adultos são particularmente propensos a desenvolver distúrbios alimentares.
É preciso de familiares, sistemas de profissionais e do apoio da comunidade para tratar estas desordens. Como uma cultura orientada à comunidade / família, os Santos dos Últimos Dias muitas vezes incluem alimentos como um componente importante em suas atividades da ala, mas isso não precisa se tornar uma questão que faria um membro sofrer de um distúrbio ao participar dessas atividades.
Nossa crença na Palavra de Sabedoria pode ajudar no desenvolvimento de nosso ser espiritual que nos permitirá lembrar que nosso Pai Celestial nos criou e que nossos corpos são as casas temporais e sagradas em que o nosso espírito habita aqui na terra.
Se os membros precisam de ajuda externa no tratamento, não deve ser motivo de exclusão de atividades após o seu regresso.
Inclusão em atividades normais onde a comida pode se tornar um problema deve ser tratado com discrição e sensibilidade. Qualquer pessoa com problemas de autoestima tem dificuldade em sentir que eles são uma parte importante do grupo. Reter a autoestima e a crença de que somos todos filhos de Deus e de “Natureza Divina” é essencial.
Depressão
A depressão não é o mesmo que se sentir mal, para baixo, ou mesmo infeliz. É real e muito sério para muitas pessoas, e pode acontecer em qualquer fase da vida. Existem várias causas.
Homens, mulheres, idosos, adolescentes e crianças enfrentam esse transtorno de modo diferente. Há algumas coisas além do tratamento clínico com a qual os membros da ala podem dar assistência, para ajudar alguém que sofre desta doença.
Atividades como: esportes, passeios sociais, visitas e encontrar novas amizades, atividades orientadas para a família (noite familiar em grupo), meditação, exercícios de construção de fé, lições (grupos de estudo das escrituras ou da história da família) e oportunidades para a oração tanto individualmente como em grupos.
Os mestres familiares são vitais aqui quando são necessárias bênçãos do sacerdócio.
Transtornos de Ansiedade
Embora possa haver muitas expressões diferentes de transtorns de ansiedade, elas compartilham um fator importante: o medo. O medo que persiste mesmo em situações que não são ameaçadoras.
Sintomas físicos e emocionais podem variar de ataques de pânico a fobias. Estas afetam a capacidade de uma pessoa de se sentir confortável em situações sociais, como na igreja, bem como a capacidade de participar plenamente em tudo, de conversar, de estar em uma sala lotada.
Superar o medo e aprender a controlar os sentimentos e sintomas da ansiedade pode ser um processo lento. Um círculo de apoio nesse caso, mais uma vez, é muito importante. Tratamento e tempo, bem como o amor incondicional, são cruciais.
Andar a segunda milha, como mestres familiares / professoras visitantes, pode ser o único contato que uma pessoa tem em certas condições, se elas são incapazes de participar de reuniões regulares, até serem curadas.
Problemas de Perda de Memória (por exemplo, a doença de Alzheimer, demência e lesão cerebral traumática)
Problemas de perda de memória podem ser distúrbios emocionais / comportamentais e físicos de longo prazo que muitas vezes envolvem famílias inteiras e cuidadores, que também necessitam de serviço e compaixão.
As pessoas que têm lesões cerebrais traumáticas podem ter distúrbios emocionais, comportamentais, cognitivas ou físicas, ou suas combinações. Estas podem afetar a vida todos os dias, numa base social, intelectual, comportamental e espiritual.
Se houver problemas comportamentais: autocontrole pode sofrer uma baixa; e a capacidade de uma pessoa de tomar decisões adequadas e controlar as emoções torna-se afetada. A compaixão é essencial aqui como é a orientação do Espírito Santo.
Paciência nos momentos de aprendizagem, como acontece com outras doenças previamente discutidas, pode ser eficaz; assim como uma sensibilidade para a capacidade da pessoa se comunicar, lidar com distrações, e as relações interpessoais, tanto socialmente como em situações familiares.
Para as pessoas diagnosticadas com doenças como Alzheimer ou outras formas de demência, e suas famílias, a família da ala pode ser de inestimável apoio. Os membros podem conceder assistência, visitando, permitindo que a pessoa sinta um senso de unidade e dando descanso e pausas aos cuidadores, que precisam de descanso.
Membros do sacerdócio podem entregar o Sacramento sob a direção do Bispo, a Sociedade de Socorro pode organizar serviços compassivos, conforme necessário.
As organizações da Primária, dos Rapazes e das Moças podem proporcionar serviço como horas de limpeza, visitas, cuidar do quintal, entregar mercadorias da mercearia, etc… Dar curtas caronas, ou fazer uma caminhada se a pessoa se sentir confortável com isso, pode ser uma grande experiência.
A música é conhecida por ter um efeito profundo nas vidas daqueles que sofrem da doença de Alzheimer; em todas as fases da doença. O poder da música forma conexões que não podem acontecer de outra maneira. Acalma ou estimula quando necessário, e tem a capacidade de se conectar e afetar o espírito, o corpo e a alma.
As crianças da Primária e os jovens podem servir, visitando e cantando canções que uma pessoa pode se lembrar. Outros membros podem ser capazes de ler ou ouvir música com o indivíduo, ou tocar um instrumento para proporcionar experiências agradáveis simples e espirituais. Embora a mente possa estar “perdida”, o espírito ainda está lá.
“Estes distúrbios não são uma questão de fraqueza”, Dr. Johns também acrescenta. “Não é uma questão de ser capaz de continuar normalmente ou fingir que o problema não existe”.
Como membros, hoje, precisamos remover o medo e estigmas anteriores e errôneos ligados a essas condições. As pessoas não são suas doenças ou desordens.
O Ministério e Exemplo do Salvador
Nosso Salvador, Jesus Cristo, serviu e ministrou ao “necessitado”, em muitas ocasiões. Um exemplo de seu ministério a um indivíduo que provavelmente sofria de um transtorno emocional / comportamental e / ou distúrbio físico, pode ser encontrado em Mateus 17:14-18. Outro exemplo em que ele abordou uma questão emocional / comportamental pode ser encontrada em Lucas 10:38-42, quando a ansiedade de Marta a levou a ser “ansiosa e perturbada com muitas coisas”.
Sua ansiedade pode ter sido de natureza simples, ou algo mais complexo. Não sabemos. O que sabemos é que a preocupação de Cristo por seus sentimentos não passou despercebido por Ele; Ele falou de suas necessidades, e não de suas obras! Ele ensinou a ela e sua irmã Maria, que Maria teve o arbítrio e que ela “escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”.
Nossa lição é que nós também podemos escolher a “boa parte”. Podemos optar por ver a “boa parte” no outro. O transtorno de uma pessoa não define quem ela é, mas é parte de sua experiência, um teste que eles devem passar por esta vida. Certamente suas deficiências são nossas também, se aderimos ao princípio de que nós iremos “suportar os fardos uns dos outros”.
Podemos optar por ver uma pessoa talentosa musicalmente, em vez de alguém que não consegue chegar a tempo numa reunião; ou a criança, com problemas de comportamento que perturba a reverência, mas é amorosa e quer aprender tudo; ou um irmão idoso que não consegue lembrar o seu nome, mas sorri cada vez que te vê e lhe diz que “ele tem o prazer de conhecê-lo!”, de novo!
Podemos optar por ver e reconhecer a irmã, que carrega uma nuvem escura de tristeza com ela, mas está disposta a cumprir uma atribuição na fábrica de conservas ou trazer um bolo solidariamente no serviço de um funeral.
Todos os membros, com necessidades especiais ou não, têm uma coisa em comum: todos nós precisamos se sentir queridos, necessários e apreciados.