Como seria estar na mesma sala que o profeta Joseph Smith e vê-lo receber revelação?
Você já se perguntou como seria estar na mesma sala quando o Profeta Joseph Smith recebeu revelação ou traduziu as escrituras? Temos testemunhos daqueles que estiveram presentes nesses momentos.
Uma das bênçãos de ter relatos em primeira pessoa, testemunhas oculares de eventos da história da Igreja é que eles nos dão uma “visão privilegiada” da Restauração, assim como os primeiros membros da Igreja também tiveram.
É emocionante ler as suas memórias desses momentos sagrados. Temos uma dívida eterna com eles, de gratidão pela sua diligência em registrar o que testemunharam em primeira mão. Confira alguns relatos escritos por aqueles que vivenciaram o Profeta Joseph Smith estar sob a influência do Espírito.
Brigham Young: “Aqueles que estavam familiarizados com ele sabiam que, quando o espírito de revelação estava sobre ele, seu rosto tinha uma expressão peculiar de si mesmo enquanto estiver sob aquela influência… em tais momentos, havia uma peculiar clareza e transparência em seu rosto” (Journal of Discourses, 9:89).
Mary Elizabeth Rollins Lightner se lembrou de sua experiência quando era uma menina em uma reunião na loja de Newell K. Whitney em Kirtland:
“Me sentei com outros em uma tábua que descansava sobre caixas em suas extremidades.
Depois de orar e cantar, Joseph começou a falar. De repente ele parou e parecia quase paralisado. Ele olhava para a frente e seu rosto ofuscava a vela, que estava na prateleira atrás dele. Eu quase conseguia ver as maçãs de seu rosto.
Seu rosto parecia um holofote. Depois de pouco tempo ele olhou para nós muito solenemente e disse: ‘Irmãos e irmãs, vocês sabem quem esteve entre vocês esta noite?’
Um dos Smith disse: “Um anjo do Senhor. Joseph não respondeu. Martin Harris estava sentado aos pés do Profeta numa caixa. Ele deslizou de joelhos, apertou os braços em torno dos joelhos do Profeta e disse: “Eu sei, foi nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.”
Joseph colocou a mão sobre a cabeça de Martin e respondeu: “Martin, Deus revelou isso a você. Irmãos e irmãs, o Salvador esteve entre vós. Quero que se lembrem. Pôs Ele um véu sobre seus olhos, para que não pudésseis olhar para Ele.
Tens de ser alimentado com leite e não com carne. Eu quero que se lembrem disso como se fosse a última coisa que escapou dos meus lábios” (Diary of Mary Elizabeth Rollins Lightner, p. 4, BYU Harold B. Lee Library Special Collections).
Mais tarde em sua vida (em 1874), o Élder Orson Pratt, descreveu um incidente após a publicação do Livro de Mórmon, quando ele viu o Profeta Joseph Smith traduzindo a Bíblia:
“Em uma reunião em 28 de junho de 1874, com a presença do Presidente Brigham Young e muitas outras autoridades gerais, o Élder Pratt disse ao seu públicio sobre ‘estar presente muitas vezes’ quando Joseph Smith estava traduzindo o Novo Testamento’.
Não vendo instrumentos interpretativos em uso durante o processo de Tradução, ele se perguntou por que Joseph não usou o Urim e o Tommim, como na tradução do Livro de Mórmon.’
Enquanto o Élder Pratt observava o Profeta traduzir, “Joseph, como se ele lesse seus pensamentos, olhou para cima e explicou que o Senhor lhe deu o Urim e o Tumim, quando ele era inexperiente no Espírito de inspiração. Mas agora ele tinha avançado tanto que entendeu as operações daquele Espírito, e não precisava da ajuda daquele instrumento'”(“Two Days’ Meeting at Brigham City, June 27 and 28, 1874,” Millennial Star, Aug. 11, 1874, 498–99; cited in “Joseph the Seer,” Ensign, Oct 2015).
Um secretário e escrivão do Profeta Joseph Smith, Howard Coray, testemunhou um tempo em Nauvoo onde o Profeta Joseph precisava de ajuda do Espírito para relembrar uma passagem específica do então inédito manuscrito de 477 páginas da tradução da Bíblia de Joseph Smith:
“Uma manhã, fui, como de costume, para o escritório para ir para trabalhar: Encontrei Joseph sentado em um lado de uma mesa e Robert B. Thompson, no lado oposto, e o entendimento que tive foi que eles estavam examinando ou caçando no manuscrito da nova tradução da Bíblia algo sobre o Sacerdócio, que Joseph queria apresentar ou ler para o povo a próxima Conferência. Bem, eles não conseguiram encontrar o que queriam e Joseph disse a Thompson: “põe o manuscrito de um lado, pega um papel e digo-te o que escrever.’
O irmão Thompson pegou num papel que estava em seu cotovelo e preparou-se para o negócio. Eu estava sentado provavelmente a dois metros do lado esquerdo de Joseph, para que eu pudesse olhar quase diretamente para o olho esquerdo de Joseph – quero dizer, o lado de seu olho.
Bem, o Espírito de Deus desceu sobre ele, e uma parte sobre mim, de tal forma que eu poderia perceber plenamente que Deus, ou o Espírito Santo, estava falando através dele. Nunca, nem antes, nem desde então, me senti como naquela ocasião. Senti-me tão pequeno e humilde que poderia livremente ter beijado seus pés” (As cited in the Words of Joseph Smith: The Contemporary Accounts of the Nauvoo Discourses of the Prophet Joseph, edited by Andew F. ehat and Lyndon W. Cook, 1980, pp. 50-51).
Fonte: Meridian Magazine