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O que um católico aprendeu sobre servir missão com os mórmons

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“Onde você fez missão?” Essa é uma pergunta típica que os mórmons fazem uns aos outros. E é uma com a qual me identifico. Servi missões na China, União Soviética e no Oriente Médio e fui convertido de Batista a Católico ao longo do caminho.

Para um católico casado como eu com quatro filhos crescidos, talvez minha história seja sem precedentes. E mesmo os mórmons podem achar minhas missões incomuns. Mas acho que muitos membros da Igreja de Jesus Cristo dos modernos vão se identificar com elas.

Pergunta para o Papa

De vez em quando querem saber o que eu perguntaria ao Papa Francisco. A pergunta seria simples: “Que diferença faria no mundo se todo jovem católico quisesse servir em uma missão de dois anos, como os jovens mórmons servem?”

Não é só o tempo que os jovens adultos passam servindo uma missão e as vidas que eles afetam que faz a diferença. Os anos de preparação espiritual, financeira e psicológica, o apoio de amigos, familiares e congregações também fazem. Tudo isso aumenta a força espiritual e temporal da Igreja SUD em si.

A missão de um católico

Não é que os católicos não têm programas de missão. Eles têm o grupo missionário americano FOCUS (Comunidade de Alunos Universitários Católicos), a Missão Voluntária Jesuíta e os voluntários da Missão Maryknoll para citar algumas. A diferença é que servir uma missão geralmente é a exceção para os católicos, em vez da regra.

Claro, há aspectos da abordagem de assuntos espirituais e temporais. Eles possibilitam mais para eles do que para os católicos formar um campo global de força missionária mórmon.

O que aprendi com a missão dos mórmons

Primeiro, os mórmons não têm clero profissional. Suas operações dependem da liderança  voluntária leiga local. Os pastores locais SUD (que eles chamam de bispos) dedicam dezenas de horas por semana para atender às necessidades de sua congregação, ou “ala”. Nas estacas, o que os católicos chamam de diocese, a liderança também é voluntária.

Em segundo lugar, eles têm chamados que fazem as pessoas dar uma pausa na carreira. Muitas vezes no meio dela. Eles viajam para diferentes partes do mundo com salário de subsistência para realizar um trabalho de liderança. Esses presidentes de missão atendem a um chamado que os obriga a colocar a vida profissional em pausa por três anos. Eles supervisionam centenas de jovens mórmons que servem como missionários. Os católicos não têm nada parecido.

E terceiro, os mórmons ativos são dizimistas. Eles doam 10% de seus rendimentos como ofertas para a Igreja SUD, que ajuda a viabilizar o empreendimento missionário global.

Minha missão

Não é que os católicos não poderiam enfrentar o desafio –  eles enfrentam de inúmeras maneiras – mas tal esforço exigiria uma mudança de paradigma em como eles abordam o trabalho missionário.

No entanto, uma potencial vantagem que os católicos têm é que seu esforço missionário não é centralizado – nem todos os chamados missionários precisam passar pelo Vaticano. Isso pode parecer uma desvantagem para muitos mórmons. Mas quanto mais perto uma iniciativa é do beneficiário local, mais as pessoas são prováveis de apoiá-la incondicionalmente. Imagine o benefício enorme das missões evangélicas cristãs e das missões de resgate do evangelho. Seu impacto de bilhões de dólares vem da legião de voluntários que ajudam em todas as cidades sem qualquer coordenação central.

Hoje em dia não trabalho como missionário. Ou, para ser mais preciso, minha missão é promover a liberdade de religião e de crença para todos. Nesta tarefa, estou feliz em dizer que há muita semelhança entre os católicos e os mórmons.

O profeta mórmon Joseph Smith disse:

“Qualquer um que pisar sobre os direitos dos santos dos últimos dias pisaria sobre os direitos dos católicos romanos”.

Nesse sentido, Joseph Smith foi profético. Estamos todos juntos neste trabalho. Na década de 1960, a declaração do Vaticano sobre a liberdade religiosa, DIGNITATIS HUMANAE – reconheceu que vai do arbítrio e da reação de cada indivíduo promover a salvação em Cristo, em vez de contar com o governo para defender o que são consideradas crenças “ortodoxas”.

Hoje, dirijo a Religious Freedom & Business Foundation, que ajuda empresas, governos e a sociedade civil a ver os benefícios pragmáticos da liberdade religiosa. É outra área na qual os católicos e os Mórmons têm muito em comum. Mas isso é um artigo para outro dia.

Escrito por Brian Grim e publicado no site Faithcounts.com

Brian Grim é membro da Igreja Católica Romana. Ele é  presidente da Religious Freedom & Business Foundation,. Ele interage com pessoas de muitas crenças diferentes pelo mundo todo.

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| Inspiração
Publicado por: Luciana Fiallo
Tradutora e intérprete de formação e paixão. Escolheu essa profissão para, no futuro, poder fazer lição de casa com os filhos e continuar trabalhando.
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