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Como uma mulher Palestina encontrou a Igreja e arriscou sua vida para viver o Evangelho

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Embora tenha nascido em Jerusalém, a uma curta distância de onde o Salvador foi chicoteado, machucado e torturado e executado em uma cruz, Sahar Qumsiyeh cresceu em Belém — a terra do nascimento de Jesus Cristo. Mas as ruas ensolaradas que Qumsiyeh conhece lembravam pouco o céu estrelado bíblica e os coros angélicos.

Em vez disso, Qumsiyeh lembra-se do eco das balas, das bombas de gás lacrimogêneo e do medo.  Na quinta série, Qumsiyeh recorda, ela ouviu o familiar barulho de balas de borracha do lado de fora enquanto os soldados abriram fogo contra as crianças na escola dela. Uma bomba de gás lacrimogêneo foi jogada e ela ficou sala de aula abraçada a um colega e gritando. Qumsiyeh escreve nas suas memórias em um livro.

Oração pedindo pela morte

Enquanto brincava com os primos na rua, Qumsiyeh viu um colono israelense parar o carro antes de abrir fogo.

A violência — alimentada por décadas de matança, hostilidade e agitação — atingiu um novo pico quando Qumsiyeh formou-se no ensino médio e começou a frequentar a Universidade de Belém em 1987. Aquele ano começou com “revoltas de pedra”.  Meninos e homens palestinos bloquearam as ruas, atearam fogo em pneus de carro e atiravam pedras nos soldados que se aproximavam.

“Eu me perguntei por que Deus tinham abandonado a mim e a meu povo”, Qumsiyeh escreve. “Senti o coração encher-se com a escuridão da raiva e do ódio.Eu queria morrer. Não vi nenhuma esperança no futuro; Comecei a orar ao Pai Celestial, pedindo-lhe para acabar com minha vida. Um dia orei com tanta intensidade e fé que pensei que Ele tinha me ouvido”. Qumsiyeh chegou ao fim desse dia com sua mente, seu coração e sua dor tão vivos como sempre. “Eu sabia que existia um Deus”, ela diz, “e eu sabia que Ele tinha escutado. [Mas] porque tinha orado tanto para Ele colocar a fim a minha vida e Ele não havia respondido? [Pensei], ‘bem, Ele não se importa’”.

Um ponto de luz

Depois que a Universidade de Belém reabriu, Qumsiyeh recebeu seu diploma de bacharel em matemática em 1993 e rapidamente determinou que ela queria um mestrado — uma impossibilidade na Palestina na época. Depois de aplicar para bolsas de estudo nos Estados Unidos, Qumsiyeh recebeu uma bolsa de sonho de USD 56.000,00 da American University em Washington, D.C.

Mas então ela recebeu uma ligação da Universidade Brigham Young, para a qual ela tinha aplicado por um capricho depois de avistar um anúncio em um jornal local. Qumsiyeh sabia pouco sobre a BYU, exceto que ficava localizada em um deserto, onde a família dela disse que era habitado por fanáticos religiosos que não tomavam chá, café nem bebidas alcoólicas. Praticamente tudo que Qumsiyeh leu ou ouviu sobre Utah parecia estranho e desagradável, o que deveria ter tornado fácil recusar a oferta de bolsa de USD 10.000,00.

Ainda ela agonizava sobre sua escolha.

“Acendi uma vela na Igreja da Natividade e fiz uma oração. Após esta oração em particular, no entanto”, ela diz, “tive um forte sentimento no coração — um sentimento que eu não poderia negar — dizendo que eu deveria ir para a BYU.”

No final, Qumsiyeh desafiou os desejos da sua família e seguiu o sussurro sutil e começou a frequentar a BYU em 1994.

Como Qumsiyed conheceu a Igreja

“Do pouco que eu sabia sobre [os santos], achei que seria difícil me acostumar a estar ao redor deles”, Qumsiyeh recorda. “A única coisa estranha foi que desde que cheguei no campus da BYU, senti-me amada e bem-vinda…Eu nunca tinha sido tratada com o respeito que as pessoas demonstraram por mim na BYU.”

Apesar deste acolhimento de amor e bondade, Qumsiyeh sentiu que os sonhos e medos inescapáveis a ela pareciam um alienígena ou eram ignorados por aqueles que a rodeavam. “Alguns dos meus novos amigos pareciam incapazes de compreender como foi difícil minha vida na Palestina”, ela escreve.

Qumsiyeh nunca se sentiu mais estrangeira do que quando frequentou a Igreja com seus amigos santos pela primeira vez. Mas a promessa de ouvir um profeta vivo encorajou-à ouvir a conferência geral.

Qumsiyeh recebeu um exemplar do Livro de Mórmon em árabe, e ela começou a gostar das oportunidades de ir à Igreja. Ela escreve: “Aprendi a amar a Igreja cada vez mais com cada visita. Tudo o que foi ensinado soou muito lógico e perfeito para aos ouvidos e ao coração”.

Depois que ela terminou de ler o Livro de Mórmon em 1995, uma paz inabalável envolveu Qumsiyeh. Ela diz: “Eu só lembro aquela sensação boa de paz que ter encontrado a verdade. Simplesmente sabia disso. Terminei de ler o Livro de Mórmon — nunca precisei me se ajoelhar. Nunca precisei perguntar,  porque eu já sabia a resposta no fundo do meu coração e com cada fibra do meu ser”.

No entanto, conhecer a verdade e se tornar membro da Igreja eram duas encruzilhadas separadas para Qumsiyeh. Comprometendo-se ao batismo, Qumsiyeh arriscou o ostracismo e a perseguição por seu povo e a mágoa e antagonismo de sua família. Mas quando perguntaram-lhe “está disposta a seguir a Cristo e ser batizada?” a resposta de uma palavra mudou sua vida: “Sim”.

Sahar Qumsiyeh no dia do seu batismo. 

Ela foi batizada e tornou-se membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. “Ao sair da água, eu sabia que tinha nascido de novo”, Qumsiyeh escreve. Naquele momento, ela entendeu que o Pai Celestial a amava, ouvia suas orações e realmente tinha respondido a sua oração mais desesperada: “O Pai Celestial acabou com a minha vida — Ele acabou com minha vida de miséria, desespero e dor e me deu uma nova vida de luz, paz e felicidade”.

Fonte: LDSLiving

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