À esquerda, a Irmã Kadence Bradley e a Irmã Elayna Lee conversam enquanto caminham por uma trilha perto do Bosque Sagrado, após uma visita guiada em Palmyra, Nova York, no sábado, 20 de setembro de 2025.
Em uma manhã fria de setembro, sob um céu claro, dezenas de visitantes desceram de um ônibus em frente ao Centro de Boas-Vindas do Bosque Sagrado, em Palmyra, Nova York.
Lá os esperava o Élder Bryan Stevens, um missionário sênior de 85 anos, de St. George, Utah. Apoiado em sua Bengala, começou a relatar a história dos lugares que visitariam: a casa de infância de Joseph Smith, a fazenda da família e o Bosque Sagrado.
O Élder Stevens já havia servido há mais de vinte anos nos países bálticos com sua esposa, Teresa. Agora, há quase um ano, ele serve nos locais históricos de Nova York e Pensilvânia. Entre risos ele comenta:
“Isso é mais agitado e exigente, embora eu também tenha mais vinte anos pela frente.”
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
Embora reconheça que o ritmo pode ser intenso, ele garante que a experiência o aproximou do propósito espiritual da Restauração.
“Podemos falar sobre o ‘como’ e o ‘onde’, mas o porquê é sempre o Salvador.”
Enquanto isso, as irmãs Elayna Lee, do Canadá, e Kadence Bradley, de Utah, caminhavam sorridentes pelos caminhos que ligam a casa dos Smiths ao Bosque Sagrado. Eles tinham acabado de vivenciar um momento especial durante uma visita guiada. A irmã Lee disse:
“O espírito assumiu o controle. Sentimos um calor indescritível ao compartilharmos o relato da Primeira Visão.”
As jovens missionárias servem nesses locais durante os primeiros meses de sua missão, antes de serem designadas para missões de ensino.
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
Nesse período, elas compartilham seu testemunho com visitantes do mundo todo. A irmã Elizabeth Streadbeck, do Texas, contou o caso de uma brasileira que chorou durante todo o percurso.
“Ela me disse que era o sonho dela estar aqui. Naquele momento entendi o quanto esses lugares significam para os membros.”
O Élder Douglas Smith, de Utah, explicou que servir nesses locais o ajudou a fortalecer sua fé em Jesus Cristo e em Joseph Smith.
“Todos os dias sentimos um espírito que reafirma nossas convicções. Esses lugares são um lembrete do amor de Deus.”
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
De sua parte, o Élder Harold Jones, um membro converso de Idaho, relembrou os anos em que duvidou dos profetas modernos e do Livro de Mórmon.
“Agora, ao contar a história da Restauração, sinto que minha fé se renova a cada vez.”
Sua esposa, a irmã Laree Jones, acrescentou que, embora tenham tido que se ausentar em eventos familiares importantes, O sacrifício vale a pena.
“Queremos deixar um legado de fé para nossos filhos e netos.”
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
Servir ao compartilhar experiências espirituais
Ao contrário de outras missões, o serviço em locais históricos não é focado em ensinar lições ou preparar batismos, mas em compartilhar experiências espirituais.
A irmã Ella Pulsipher, de Utah, encontrou no serviço uma conexão inesperada com sua própria história familiar. Enquanto pesquisava sua genealogia, ela descobriu que seu ancestral, Zera Pulsipher, conhecia Joseph Smith e estava ativamente envolvido nos primeiros anos da Igreja.
“Saber que compartilhávamos um propósito me deu esperança. Senti que Deus me trouxera aqui por um motivo.”
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
A irmã Julie Smith, esposa do Élder Smith, diz que muitos visitantes mencionam sentir a presença de seus antepassados durante as visitas.
“Esses lugares não só preservam a história, como também despertam conexões espirituais e familiares.”
Para a irmã Kirsten DeGraffenried, de Utah, a experiência foi um lembrete de responsabilidade e fé. Ela guiou visitantes de cinco continentes, incluindo descendentes de líderes pioneiros e pessoas cujos ancestrais se opuseram à Igreja.
“Nessas visitas, todos podem sentir que a verdade continua viva.”
Foto: Scott G Winterton, Deseret News
A irmã Bradley resumiu seu aprendizado com simplicidade:
“Assim como Joseph buscou respostas, todos nós podemos ter nossos próprios momentos de oração. Não precisamos estar em Palmyra para sentir a orientação do Senhor.”
O serviço nos locais históricos permitiu que cada missionário descobrisse o valor de pequenos atos de fé. Como disse o Élder Ryan Harris, outro missionário sênior:
“Quando alguém diz que sentiu algo especial durante a visita, você sabe que está em terra santa. Aqui, onde tudo começou, o Senhor continua trabalhando nos detalhes mais simples.”
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