Em 2003, o presidente Russell M. Nelson escreveu um hino de devoção chamado “A Ti oramos, Pai Celeste”. Em 2025, essa composição ganhou uma tradução oficial para o português, permitindo que mais pessoas pudessem cantar e refletir sobre suas palavras.
Esse hino não é apenas uma música para ser entoada em serviços de adoração. Ele é, antes de tudo, uma oração cantada. Seus versos falam de gratidão, fé, sacrifício, amor, unidade e esperança eterna. São temas que atravessam gerações e que podem inspirar qualquer pessoa a viver com mais significado.
Mas, além da melodia, o hino nos oferece lições práticas para o cotidiano. Ele nos convida a olhar para Deus, para Cristo e para o próximo de uma forma mais consciente. A seguir, vamos explorar cinco ensinamentos que podemos aprender com essa mensagem do profeta Nelson.
1. A oração como estilo de vida
O hino começa com as palavras: “A Ti oramos, Pai Celeste, com gratidão e reverência”. A oração, nesse contexto, é mais do que um ato religioso. É uma maneira de viver em constante diálogo com Deus, transformando cada passo da vida em uma oportunidade de se aproximar Dele.
A Bíblia nos ensina:
“Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17).
O Livro de Mórmon amplia essa visão:
“Orai em vossos campos, sim, por todas as vossas atividades” (Alma 34:20).
Esses convites mostram que a oração não se limita a momentos formais, mas pode estar presente em cada decisão, desafio ou alegria.
Aprendemos, então, que orar não é apenas falar, mas viver em gratidão e dependência de Deus diariamente. Isso gera paz em meio às dificuldades e clareza em momentos de dúvida.

2. O sacrifício de Cristo como centro da fé
O hino lembra o “perfeito sacrifício” de Jesus Cristo. Essa expressão aponta para o coração do evangelho cristão: a certeza de que nossa salvação e esperança não estão em nossas próprias forças, mas na graça de Cristo.
O profeta Isaías escreveu:
“O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5).
O apóstolo Paulo reforçou:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé” (Efésios 2:8).
E o Livro de Mórmon confirma:
“Não há outro nome dado debaixo do céu pelo qual o homem possa ser salvo, senão por Jesus Cristo” (2 Néfi 25:20).
Aprender com o hino significa reconhecer que o sacrifício de Cristo está no centro da fé. Isso nos dá força para continuar, mesmo em nossas imperfeições, porque sabemos que sempre há perdão e recomeço Nele.
3. Amor, serviço e bondade como práticas diárias
Na segunda estrofe, o hino nos convida: “Amor, serviço e bondade a todos vamos demonstrar”. Essa mensagem ecoa o próprio ensinamento de Cristo:
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13:35).
O Livro de Mórmon ensina algo semelhante:
“Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus” (Mosias 2:17).
Isso nos lembra que gestos de bondade, por menores que pareçam, têm impacto eterno.
Aprendemos que o amor não é apenas um sentimento, mas uma prática. O serviço não é apenas um dever, mas uma oportunidade de fazer o bem. E a bondade é o reflexo de um coração transformado. Pequenos atos, quando guiados por amor, podem transformar famílias, comunidades e até nações.

4. Unidade com Deus e com o próximo
O hino expressa o desejo de que possamos nos tornar “um” com o Pai Celeste. Essa ideia está profundamente ligada à oração de Jesus em favor de Seus discípulos:
“Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em mim” (João 17:21).
No Livro de Mórmon, ao falar sobre o povo que escolheu seguir a Cristo, está escrito:
“Não havia contendas entre eles… e eram unidos em coração e vontade” (Mosias 18:21).
A verdadeira unidade não significa apagar nossas diferenças, mas aprender a viver em harmonia apesar delas.
Aprender com o hino, nesse ponto, é compreender que a verdadeira paz vem quando buscamos estar em sintonia com Deus e, por consequência, em maior compreensão, perdão e amor para com os outros.
5. Esperança na vida eterna
O hino termina com um olhar para além desta vida: “Que nos conduz à exaltação”. Ele aponta para a promessa de que a vida não termina com a morte.
A Bíblia afirma:
“Deus limpará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Apocalipse 21:4).
O Livro de Mórmon reforça essa esperança:
“A morte é vencida por meio da expiação” (Alma 11:42).
Aprendemos que a esperança em Cristo dá sentido ao presente e coragem para enfrentar o futuro. Quando sabemos que há algo maior além desta vida, vivemos com mais propósito e menos medo.
Conclusão
O hino escrito pelo presidente Nelson é muito mais que música. Ele é uma oração cantada, uma mensagem de fé e um convite a viver com mais esperança.
Aprendemos com ele a valorizar a oração como estilo de vida, a colocar Cristo no centro da fé, a praticar amor e bondade, a buscar unidade e a manter viva a esperança da vida eterna.
Essas cinco lições falam a todos nós, sejam membros da Igreja ou não, porque revelam verdades universais: todos precisamos de fé, amor e esperança para atravessar os desafios da vida.
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