Em 2015, o circo midiático mundial inundou as manchetes dos jornais com a seguinte notícia: “A Igreja Mórmon admite pela primeira vez que o seu fundador Joseph Smith teve uma noiva com 14 Anos,” e “A Igreja Mórmon finalmente admite que o fundador Joseph Smith foi um polígamo com 40 esposas.”
Estas manchetes e os artigos correlatos foram escritos em resposta aos ensaios sobre a “poligamia” publicados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias: “O Casamento Plural em Kirtland e Nauvoo e o Casamento Plural e as Famílias Polígamas nos Primórdios de Utah.
A maior parte das pessoas que leram e compartilharam essas matérias no Huffington Post, no Telegraph e em vários outros veículos não considerou nuances linguísticas importantes que tornam essas manchetes tecnicamente problemáticas.
A historia mórmon jamais foi um segredo
Por exemplo, a palavra “admite” carrega a ideia implícita de acusação — como se houvesse havido uma negação anterior. Mas isso não é verdade. Assim de memória, posso citar três declarações claras que reconhecem a prática da poligamia nos primeiros anos da história da Igreja: a Seção 132 de Doutrina e Convênios, um artigo da Improvement Era de 1905, escrito pelo Presidente Joseph F. Smith, e um artigo publicado na Ensign em 1992.
Na verdade, como estudioso de Joseph Smith e da história, conheci essas supostas “esposas” de 14 anos (outro termo carregado de interpretações) e as 30–40 esposas ainda na casa dos vinte anos, quando era aluno da Universidade Brigham Young. Passei a descobri-las enquanto examinava diários e outros documentos, tentando compreender melhor a vida de Joseph Smith.
Os acontecimentos e registros do casamento de Joseph Smith com jovens e outras esposas são bem conhecidos e documentados nas fontes disponíveis, desde que relatos sobre esses episódios foram escritos há muito tempo. Tudo o que alguém precisava fazer era procurar… e alguns procuraram.
Essas informações sempre estiveram disponíveis para quem quisesse ler. Por exemplo, Richard Bushman, em seu livro Joseph Smith: Rough Stone Rolling, buscou apresentar relatos históricos mais objetivos sobre Joseph Smith e incluiu eventos mais difíceis de sua vida. Graças a Bushman, os nomes das esposas de Joseph têm estado nas estantes de milhares de membros desde a publicação do livro, em 2005.
O alcance da internet e a facilidade cada vez maior de acesso e compartilhamento de informações colocaram a Igreja em uma posição nova — e às vezes desconfortável — de ter que esclarecer interpretações de eventos, declarações e doutrinas, quando preferiria simplesmente testificar.

Quem realmente foi Joseph Smith?
Recentemente, recebi uma ligação de dois amigos que estavam muito preocupados com a recente publicação por parte da Igreja dos ensaios sobre a poligamia. Muitos outros manifestaram a mesma preocupação através das mídias sociais. Na maioria dos casos elas giram em torno da idéia de que há indícios de que Joseph Smith foi, pelo menos, lascivo e pode ser uma fraude, e, portanto, a Igreja que eles amaram e defenderam podem ser indefensável.
Ao pesquisar, especialmente fontes secundárias, sem dar a devida atenção ao contexto, é muito fácil chegar à conclusão de que Joseph Smith tinha falhas graves o suficiente para colocar em dúvida sua missão como profeta de Deus.
Com base nas ligações que recebi e na movimentação nas redes sociais, perguntei a um amigo que é presidente de estaca se ele tinha visto alguma repercussão sobre os ensaios da poligamia. Ele me disse que não, mas comentou que esteve em reuniões com alguns membros da estaca que procuraram diretamente o presidente, em vez do bispo, por receio de como seriam vistos, para conversar sobre suas dúvidas a respeito de Joseph Smith e da poligamia.
Em uma dessas reuniões, meu amigo conversou com uma mulher que o conhecia bem. Depois de ouvir suas preocupações, ele lhe contou a seguinte história:
“Kelly, há alguns anos, quando eu era bispo, eu estava aconselhando um casal que estava à beira do divórcio. Infelizmente, não consegui mudar o rumo das coisas e, pouco tempo depois, eles terminaram o casamento.
Em uma entrevista específica com o marido, eu o repreendi com gentileza por estar negligenciando seus deveres do sacerdócio e o convidei a melhorar. Ele não reagiu bem. Em menos de uma semana, já tinha espalhado falsos rumores para três casais de vizinhos dizendo que eu estava tendo um caso — e que ele tinha provas.
Dois dos vizinhos vieram falar comigo para contar o que ele havia dito. Um deles me contou tudo na frente da minha esposa, que caiu na risada. Eles me conheciam. Conheciam ele também. Nenhuma “prova” apareceu, os rumores foram desacreditados.
Mas pense um pouco sobre o último casal por um minuto. Eles não me conheciam tão bem quanto os dois primeiros. Agora eu sou o presidente de estaca. Pode haver uma dúvida persistente na mente deles porque primeiro, eles não me conhecem, e segundo, eles não o conhecem nem às circunstâncias. Você me conhece, Kelly. Você acha que eu fiz isso?”
Ela respondeu que sabia que ele não tinha feito aquilo. Meu amigo então disse:
“Você precisa conhecer o profeta Joseph Smith tão bem quanto me conhece. Quando fizer isso, acho que suas preocupações vão desaparecer e você provavelmente acabará com certeza no sentido oposto.”
Ela respondeu que sabia que ele não tinha feito aquilo. Meu amigo então disse:
“Você precisa conhecer o profeta Joseph Smith tão bem quanto me conhece. Quando fizer isso, acho que suas preocupações vão desaparecer e você provavelmente acabará com certeza no sentido oposto.”
Uma profecia surpreendente
Uma das profecias mais precisas e claramente cumpridas da Restauração foi declarada por Morôni, conforme relatado por Joseph Smith. A profecia diz:
“Deus tinha uma obra a ser executada por mim; e que meu nome seria considerado bom e mau entre todas as nações, tribos e línguas, ou que entre todos os povos se falaria bem e mal de meu nome.”
Após a publicação dos ensaios sobre a poligamia e da repercussão secular derivada deles, observei um volume contínuo de tweets no meu TweetDeck — a ferramenta onde monitoro toda a atividade no Twitter relacionada a “LDS” e “Mórmon” — mostrando a parte “mal” dessa profecia se cumprindo. Aproximadamente a cada cinco segundos aparecia um tweet depreciando Joseph Smith, às vezes com várias vulgaridades.
Antimórmons conhecidos estavam eufóricos, embora um pouco invejosos por não serem mais as vozes mais barulhentas criticando Joseph Smith. Curiosamente, como se antecipassem a reação dos membros, muitos críticos de longa data passaram a publicar posts criticando qualquer evidência espiritual sobre o profeta, chamando-a de emoção frenética e nada mais.
Quatro considerações
Pode ser surpreendente para alguns, e eles podem pensar que sou iludido, desonesto ou doutrinado, mas consigo olhar para todas as evidências, incluindo o casamento de Joseph Smith com uma “noiva de 14 anos”, e ainda assim dizer sem hesitação que suas afirmações são verdadeiras. Que ele viu os seres celestiais que disse ter visto e que o Livro de Mórmon é uma escritura divina, e que seu papel em trazê-lo à luz foi relatado com precisão.
Entre as muitas considerações intermediárias que me permitiram chegar a essa conclusão diante de evidências circunstanciais difíceis e depreciativas, quatro têm sido as mais úteis: estudo histórico profundo de fontes primárias; o retorno de pródigos; o Livro de Mórmon; e o trabalho espiritual.
Um estudo histórico profundo
A maioria das interações que tenho com pessoas hostis a Joseph Smith e à Igreja acaba com elas citando fontes secundárias e eu citando fontes mais primárias.
Na verdade, não existe um relato histórico escrito de forma totalmente objetiva sobre qualquer assunto. Todo historiador aborda a escrita histórica carregando bagagens filosóficas, políticas, psicológicas e experienciais. Algumas dessas bagagens são facilmente detectáveis e podem ser desconsideradas. É ingênuo ou desonesto que um estudante de história dependa de fontes sem uma boa investigação dessas bagagens.
Isso vale tanto para fontes que falam positivamente quanto negativamente sobre Joseph Smith. Tendo lido milhares de páginas de relatos históricos originais e secundários sobre Joseph Smith, independentemente de qualquer convicção espiritual, concluo que:
1) ele foi verdadeiro ao relatar sua própria história;
2) aqueles mais próximos a ele predominantemente confirmaram sua missão divinamente designada, mesmo quando tiveram desentendimentos pessoais com ele;
3) embora reconhecidamente imperfeito, com fraquezas humanas comuns (algumas das quais chegaram às escrituras), ele era bom;
4) ele amava a Deus mais do que a própria vida e posição. Contudo, conclusões não espirituais são insuficientes.
Por que eles voltariam?

Muitas pessoas que conheciam bem Joseph Smith e que se afastaram dele acabaram voltando mais tarde. Dois casos notáveis são o contemporâneo de Joseph Smith, William W. Phelps, e um historiador moderno, Don Bradley.
O caso de Phelps é notável porque ele conhecia Joseph Smith intimamente. Ele sabia sobre a poligamia. Na verdade, ele testemunhou que esteve presente quando Joseph Smith recebeu uma revelação fundamental sobre a poligamia. Ele conhecia todos os problemas, fraquezas e virtudes de Joseph Smith. Ele havia sido amigo, escrivão e escritor-fantasma de Joseph Smith durante a década de 1830 e o início da década de 1840.
Em 1838, Phelps foi um dos muitos que testemunharam contra Joseph Smith e outros, o que levou ao brutal encarceramento deles no Missouri em 1839. Seu testemunho contra o profeta levou à sua excomunhão em março de 1839.
Segue-se então uma das reconciliações mais ternas e doces da história da Igreja. Com pleno conhecimento do caráter, das tendências e até dos vícios de Joseph Smith, Phelps suplicou por perdão e pediu para ser rebatizado. Um trecho específico em sua carta escrita de Dayton, Ohio, em 29 de junho de 1840, se destaca para mim:
“Eu vou me arrepender e viver, e pedir a meus antigos irmãos que me perdoem, e ainda que eles me castiguem até a morte, eu morrerei com eles, pois o Deus deles é o meu Deus. O menor lugar entre eles é suficiente para mim, sim, é maior e melhor do que toda a Babilônia.”
Sério? O menor lugar e a menor associação com o homem que tinha 40 esposas e noivas adolescentes era melhor do que toda a Babilônia? Phelps era um homem inteligente, educado e rico, que preferiria morrer com os Santos e com Joseph Smith do que ter qualquer outra vida.
A resposta de Joseph Smith a Phelps é um tesouro histórico e pode ser lida em JosephSmithPapers.org.
Aproximadamente um mês depois do martírio de Joseph Smith, Phelps escreveu o hino Louvor ao Homem, que inclui os versos:
“Louvemos sua memória, sofreu como mártir. Honrado e bendito seja seu grande nome… Milhões conhecerão o irmão Joseph novamente.”
O que Phelps sabia. O que o fez voltar?
Retornando a Joseph em nosso tempo
Don Bradley é um historiador moderno, formado tanto pela Brigham Young University quanto pela Utah State University. Ele começou seu estudo sério da história da Igreja aos 17 anos, na Brigham Young University. Como Phelps, ele passou a conhecer bem Joseph Smith. Sua crise de fé começou quando certos aspectos da história da Igreja pareceram desagradáveis.
Especificamente, essas coisas não eram o que ele tinha ouvido antes e não se encaixavam na narrativa que ele esperava. O outro problema é que ele rejeitava todas as outras formas de conhecimento além da investigação científica e histórica.
Don pediu que seu nome fosse removido dos registros da Igreja. Assim como no caso de Phelps, não havia razão para que ele algum dia retornasse. Ele não era desinteressado ou agnóstico; tinha certeza de que a Igreja — e especificamente Joseph Smith — eram fraudes.
Seu retorno começou em passos pequenos e incrementais. O primeiro passo foi reconhecer que a Igreja faz o bem no mundo. O segundo foi reconhecer que existem outras formas de saber, e que o conhecimento obtido por meios espirituais era conhecimento legítimo.
O terceiro passo foi que ele continuou investigando a história da Igreja através de questões difíceis e finalmente chegou ao que ele chama de “ouro”, coisas realmente boas. Uma das chaves de que Don fala é que ele deixou de forçar Deus dentro de um molde que ele mesmo havia criado.
Os questionamentos também mudaram. As perguntas que Don fazia no início de sua pesquisa eram perguntas cínicas, como: “Por que Joseph Smith fez isso? O que ele ganhava com isso?” Essas perguntas frequentemente produziam respostas pobres e davam uma visão empobrecida de Joseph Smith. A narrativa cínica era inadequada para uma investigação histórica. Ele aponta que, em qualquer relacionamento, se você está continuamente perguntando “o que a outra pessoa ganha com isso?”, acabará com um relacionamento ruim.
Como Phelps, Don Bradley se reconciliou com Joseph Smith. Como Phelps, ele conhece bem Joseph Smith e opta por permanecer ao seu lado depois de ter testemunhado contra ele por um período.
As experiências desses homens e de muitos outros como eles me levaram a refletir e têm sido um obstáculo à minha saída, já que ocasionalmente, e às vezes de forma séria, tive dúvidas e preocupações, chegando ao ponto de me perguntar: “preciso buscar a verdade em outro lugar?” As experiências deles têm me desafiado de modo eficaz a colocar minhas dúvidas de lado por um tempo, até que venha mais luz, o que sempre acontece.
O Livro de Mórmon
Dissidentes têm passado carreiras inteiras tentando desacreditar o Livro de Mórmon. Terryl Givens, em seu livro By The Hand of Mormon, apresenta vários desses argumentos juntamente com respostas ponderadas. Serei o primeiro a dizer que não existe resolução adequada para todos os desafios, e acrescento que nenhum deles é uma “prova fatal”. Também afirmo que há evidências fortes e positivas para as quais os críticos não têm resposta adequada. Por fim, a verdade do Livro de Mórmon não será revelada por meio de investigação histórica.
Cada crente na veracidade do livro chegou a essa conclusão de um modo diferente. Os missionários gostam de aplicar um teste padrão. Esse teste funciona razoavelmente bem no geral, mas não foi assim que aconteceu comigo nem com milhares de outras pessoas. O teste consiste em ler o livro e então aplicar Morôni 10:3–5, que diz que, se você orar a respeito do conteúdo do livro — especialmente sobre os relatos do Senhor Jesus Cristo, sobre quem o livro fala — e orar com sinceridade e com a mente e o coração abertos, Deus confirmará que o conteúdo do livro é verdadeiro por meio do poder do Espírito Santo.
Para mim, a última parte aconteceu, mas não precisou de uma oração. Na verdade, eu não cheguei ao fim de 1 Néfi sem um forte e poderoso testemunho espiritual de que o conteúdo do livro se originou em Deus e foi entregue por meio de profetas. Teria sido ridículo fazer essa pergunta a Deus quando Ele já havia dado a resposta várias vezes enquanto eu o lia.
Isso não é verdade para todos. A experiência de Clayton Christensen foi muito mais trabalhosa e talvez mais intensa. Ele registra:
“Decidi que dedicaria todas as noites, das 11h à meia-noite, para ler o Livro de Mórmon a fim de descobrir se ele era verdadeiro. Eu me perguntava se ousava gastar tanto tempo assim, porque eu estava em um programa acadêmico muito exigente, estudando econometria aplicada, e tentaria terminar o programa em dois anos, enquanto a maior parte das pessoas levava três.
Eu simplesmente não sabia se poderia me dar ao luxo de dedicar uma hora por dia a esse esforço. Mas, ainda assim, eu o fiz. E comecei às 11h, ajoelhando-me ao lado da cadeira, perto do aquecedor, e orei em voz alta. Eu disse a Deus o quanto eu estava desesperado para descobrir se esse livro era verdadeiro, e disse a Ele que, se Ele me revelasse que era verdadeiro, então eu pretendia dedicar minha vida a construir esse reino. E disse que, se não fosse verdadeiro, eu também precisava saber disso com certeza, porque então dedicaria minha vida a descobrir o que era verdadeiro.
Depois eu me sentava na cadeira, lia a primeira página do Livro de Mórmon e, quando chegava ao fim da página, parava, pensava no que havia lido e me perguntava: ‘Isso poderia ter sido escrito por um charlatão tentando enganar as pessoas, ou foi realmente escrito por um profeta de Deus? E o que isso significa para minha vida?’ Então eu deixava o livro de lado, ajoelhava-me novamente e verbalmente pedia a Deus: ‘Por favor, diga-me se este livro é verdadeiro’.
Depois me sentava novamente, pegava o livro, virava a página, lia outra página, parava no final e fazia o mesmo. Fiz isso por uma hora todas as noites, noite após noite, naquele quarto frio e úmido do Queen’s College, em Oxford.
Quando cheguei aos capítulos finais de 2 Néfi, certa noite, quando fiz minha oração e sentei na cadeira e abri o livro, de repente entrou naquele quarto um espírito lindo, caloroso e amoroso, que me envolveu e permeou minha alma, envolvendo-me em um sentimento de amor que eu nunca imaginei que pudesse sentir. E comecei a chorar, e não queria parar de chorar, porque, enquanto olhava pelas lágrimas para as palavras do Livro de Mórmon, eu conseguia ver a verdade naquelas palavras de uma forma que jamais imaginei compreender.
Eu conseguia ver as glórias da eternidade e o que Deus reservava para mim como um de Seus filhos. E eu não queria parar de chorar. Esse espírito permaneceu comigo durante toda a hora, e depois, todas as noites, enquanto eu orava e me sentava com o Livro de Mórmon perto da lareira do meu quarto, o mesmo espírito retornava, e isso mudou meu coração e minha vida para sempre.”
Outras pessoas recebem o que chamamos de testemunho após anos de estudo. Elas colocam dúvidas “na prateleira” por um tempo e se apoiam nos testemunhos de outros ou em seus próprios testemunhos de outras verdades que não necessariamente dizem respeito ao Livro de Mórmon.
A verdade é que o Livro de Mórmon é o fator número um — enorme — na decisão das pessoas de se unirem, deixarem ou permanecerem na Igreja. A liderança da Igreja tem consistentemente reforçado a veracidade do Livro de Mórmon. O argumento implícito é que a Igreja se sustenta ou cai sobre essa afirmação de verdade. Para mim, as evidências lógicas, históricas e textuais foram suficientes para abrir espaço para que um testemunho espiritual profundo viesse quando buscado.
Por implicação lógica, pode-se concluir que o homem que o traduziu e o trouxe à luz é um profeta, conforme afirmou. Mas a implicação lógica é insuficiente.

A obra espiritual
É preciso uma dose significativa de presunção e arrogância para afirmar que o conhecimento recebido por meio de fontes espirituais se origina na própria pessoa que tem essas experiências. A revelação, como epistemologia, funciona de maneira diferente do empirismo. O empirismo é a teoria de que o conhecimento é derivado da experiência sensorial e de que os sentidos incluem os cinco sentidos. Foi ele que deu origem à ciência experimental e ao método científico.
As duas maiores diferenças entre revelação como forma de conhecer e empirismo como forma de conhecer são que a revelação exige um agente moral e que o veículo da revelação, o Espírito Santo, se recusa a ser limitado. Ao explicar isso a Nicodemos, Jesus disse: “O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; porém não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” O empirismo não se importa com moralidade e só aceita aquilo que pode ser delimitado e, portanto, repetido sob programação e verificado de forma independente. Rejeitar qualquer um dos dois é tolice quando se busca a verdade.
Conhecer Joseph Smith foi necessário para que eu chegasse ao ponto em que a revelação pudesse ensinar e verificar. Usei todas as ferramentas acadêmicas que aprendi ao longo dos anos. Sou cético por natureza e usei razão, lógica e desconstrução para compreender Joseph Smith e a história da Igreja.
Assim como no caso do Livro de Mórmon, meu estudo criou uma abertura pela qual o Espírito pôde atuar. Pedi entendimento, verificação e direção. Minhas súplicas foram muito parecidas com as de Clayton Christensen, e a resposta que recebi foi semelhante à dele.
A imagem no topo deste artigo foi originalmente pintada por Jeff Hein e se chama “Mob”. Ela retrata a transformação de uma multidão, de violenta e hostil a pelo menos neutra, à medida que seus membros se aproximavam de Joseph Smith. O simbolismo desse evento é notável.
Eu louvo o nome de Joseph Smith. Tenho certeza dos relatos que ele deu sobre eventos-chave ocorridos durante a formação da Igreja. Como William Phelps, não há outro lugar onde eu gostaria de estar senão ao seu lado. Digo isso tendo conhecimento de suas 30–40 esposas, noivas adolescentes e casamentos com mulheres já casadas. Digo isso conhecendo suas fraquezas e imperfeições.
Quando canto o hino “Hoje, ao Profeta Louvemos”, eu canto alto e forte e muitas vezes choro ao considerar o amor que tenho por Joseph Smith.
Assim como com a Igreja, não apresento um relato histórico ao recomendar Joseph Smith. Testifico dele e o recomendo a você como alguém que o conhece e que recebeu manifestações espirituais a respeito de sua vida e missão. Convido você a aprender, provar e apegar-se firmemente ao que é bom.
Fonte: Add Faith
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