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Como um kit com Tic Tacs e chicletes ajudou a salvar a vida de uma paciente com câncer

A irmã Amy A. Wright acabou de ser chamada para servir como segunda conselheira na Presidência Geral da Primária durante a conferência geral de abril de 2021, mas não é a primeira vez que ouvimos seu nome no púlpito.

Em 2017, a irmã Bonnie H. Cordon contou uma história na sessão das mulheres da conferência geral sobre como a irmã Wright lutou contra o câncer servindo ao próximo.

Agora, no podcast Latter-day Saint Women, a irmã Wright compartilhou mais experiências sobre quando ela teve câncer e o que ela aprendeu ao servir e ser servida.

Em 2015, ao ser diagnosticada pela primeira vez com câncer no ovário em estágio 4, a irmã Wright foi informada que teria apenas cerca de quatro meses de vida. Ela se lembrou do dia em que soube do diagnóstico e do choque que ela e o esposo sentiram.

Mulher triste refletindo

Eles agradeceram ao médico por lhes dar a notícia de uma forma gentil e compassiva, mas enquanto a irmã Wright e seu marido voltavam para casa após aquela consulta, um milhão de outros pensamentos começaram a surgir em sua mente.

Um dele foi sobre seu filho que estava servindo missão na Itália. Ainda faltavam 8 meses para que ele retornasse, e com seu diagnóstico, ela percebeu que provavelmente não o veria novamente nesta vida.

“Então fechei os olhos e silenciosamente perguntei a meu Pai Celestial: ‘Eu vou morrer?’ E de maneira doce, um pensamento veio à minha mente: ‘Vai ficar tudo bem’. Eu não sabia o que aquilo realmente significava. E então eu perguntei: ‘Eu vou viver?’ E, novamente, veio a mesma resposta: ‘Vai ficar tudo bem'”, lembra ela.

Confusa sobre como poderia receber a mesma resposta para duas perguntas muito diferentes, a irmã Wright sentiu-se cheia de paz e consolo porque seus filhos conheciam verdades importantes do evangelho.

“Todas as ordenanças e convênios feitos e de que participamos, todas as visitas ao templo, todos os testemunhos prestados, todas as orações de fé que fizemos – eram importantes. Precisávamos de cada gota de azeite para nossas lâmpadas. Era tarde demais para colocar azeite em nossas lâmpadas. Precisávamos de cada gota e precisávamos agora”, disse a irmã Wright.

“E aquilo foi um conforto incrível para mim, porque cada uma daquelas coisas compartilhavam do mesmo alicerce, que é Jesus Cristo. Se eu vivesse, sabia que o Salvador estaria lá para me ajudar a curar e ajudar a socorrer e me confortar em alguns momentos muito difíceis. E se eu morresse, sabia que o Salvador estaria lá para ajudar minha família a curar e socorrê-los em tempos difíceis, e que um dia minha família seria restaurada”.

Quando a irmã Wright foi submetida a um tratamento agressivo para o câncer, ela sentiu que o processo era muito difícil de suportar e disse ao esposo que desistiria.

Ele sugeriu que encontrassem alguém para servir, uma tradição que sua família costumava fazer quando alguém estava se sentindo mal.

Então, apesar do fato de estar lutando por sua vida, a irmã Wright sabia que era disso que ela precisava. No meio da noite, quando a dor era muito forte para dormir, ela pensava em maneiras de ajudar os outros.

Concentrar-se no serviço ao próximo também a ajudou quando ela iniciou os tratamentos, porque aqueles dias se transformaram em mais do que uma visita ao hospital, eram uma oportunidade de servir a alguém.

A irmã Wright contou sobre uma ocasião em que sua família montou alguns kits de cuidados para pacientes do hospital, que consistia em produtos como sanitizantes para as mãos, hidratante labial, chicletes e Tic Tacs, apenas algo para aliviar o gosto metálico deixado na boca pela quimioterapia.

Um dia, seus filhos a acompanharam até o hospital e ajudaram a distribuir os kits. Depois de conversar com os pacientes por algumas horas, os meninos ainda tinham dois kits.

Já era hora de irem embora, mas eles se perguntavam o que fazer com os kits que não haviam doado. A irmã Wright respondeu que o Espírito orientaria seus filhos quando estivessem saindo do hospital sobre com quem deveriam compartilhar.

Seus filhos foram embora, mas a irmã Wright ficou, porque ainda tinha que fazer seu tratamento naquele dia.

Enquanto estava sentada no hospital, a irmã Wright viu uma jovem cuja mãe era uma paciente com câncer.

Já fazia algum tempo desde que a irmã Wright tinha visto a mãe da jovem e ela estava preocupada com a família, então a irmã Wright foi falar com a jovem e perguntou por sua mãe.

A irmã Wright descobriu que a mulher havia decidido interromper o tratamento porque não sentia que Deus sabia de sua existência ou se importava com ela.

Porém, naquele mesmo dia, quando ela ia contar ao médico sobre sua decisão, dois meninos deram a eles um pequeno presente com Tic Tacs.

Quando a mãe da jovem perguntou para que era o presente, um dos meninos respondeu “isso é apenas para que você saiba que é amada”.

A filha disse que o presente se tornou “um lembrete terno e lindo de que Deus sabe que ela existe e que Ele se importa”.

Enquanto a filha contava essa história à irmã Wright, ela disse que sua mãe estava na outra sala, recebendo seu tratamento.

Irmã Amy Wrigth e sua família

“Que presente maravilhoso de nosso Salvador, porque tantas vezes servimos e jogamos nossa pequena pedra no lago de serviço, mas [nem] sempre conseguimos ver as ondulações do efeito desse serviço”, disse ela.

“Aquela amiga querida acabou terminando o tratamento, e agora tem netos que ainda vão nascer que vão conhecer a avó por causa de um presente de Tic Tacs e chicletes. Que lição terna e preciosa… de que realmente não existe um pequeno ato de bondade, que tudo o que fazemos importa. Importa para aqueles a quem servimos, importa para o nosso Pai Celestial, importa para o Senhor”.

Clique aqui para ouvir o episódio do podcast completo.

Fonte: LDS Living

| Inspiração

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