Um dia desses, saí do trabalho, corri para casa e jantei. Eu ia encontrar minha melhor amiga no templo e não queria chegar atrasada. Ao mesmo tempo, ela saiu do trabalho, foi para casa, se trocou e foi para o templo.

Tínhamos planejado ir à sessão das 17h e não queríamos perder o horário. Eram 16h50. Uma oficiante nos disse que provavelmente não conseguiríamos entrar, mas mesmo assim tentamos.

Fomos levadas direto para uma sala de investidura e fomos as últimas duas pessoas a se sentarem. Estávamos aliviadas e, devagar, começamos a relaxar na pacífica atmosfera do templo.

Fiquei muito grata por não ter que esperar mais uma hora para entrar em uma nova sessão. Sim, poderíamos ter feito outras ordenanças, como batismos, mas eu queria muito fazer uma sessão de investidura, e eu queria ir no momento mais conveniente para mim.

Além disso, parecia que os oficiantes sabiam que estávamos chegando. Eles mantiveram as portas abertas o tempo suficiente para que chegássemos e sentássemos. Minha melhor amiga comentou que parecia que o Senhor sabia que estávamos indo.

Ao mesmo tempo, senti remorso. Eu estava com tanta pressa para chegar ao templo que não tive a chance de apreciar verdadeiramente aquele momento.

Jovens, entrar ao templo

Aproveitar o templo de verdade

A sessão de investidura é uma das ordenanças mais longas do templo, então já temos que separar em torno de duas horas para participar. Não poderíamos simplesmente ter ficado mais uma hora e ter ido à sessão seguinte?

Teríamos um bom tempo para nos trocarmos, para apreciar as pinturas que ornamentam as paredes do templo e para sentar na capela e refletir em silêncio.

Em vez disso, fomos tão rápido do trabalho para a sala de investidura, que nossos corpos ainda estavam quentes daquele sol de verão. Estávamos sem fôlego e exaustas após um longo dia de trabalho e da correria para ir ao templo.

Foi mais difícil aproveitar a sessão de verdade.

Aquela não foi a primeira vez que corri para ir ao templo. Quando ia com a minha família, fazíamos o mesmo – corríamos para nos trocar e para entrar na sessão, sem nenhum tempo para pensar sobre a importância de irmos mais devagar.

Sei que é importante ir ao templo, e que, algumas vezes, horários apertados requerem um pouco de pressa.

Mas ir ao templo com somente alguns minutos para gastar é realmente mostrar ao Senhor que você está ali pela obra dele?

Deveríamos saber. Era como se a nossa determinação para ir a uma determinada sessão superasse a nossa determinação de sentirmos a atmosfera do templo.

Uma meta única

Não quero que seja assim. Não quero que minha experiência no templo pareça tão corrida e apertada dentro dos meus horários.

Mesmo que a vida fora do templo seja estressante, quero ser capaz de ir ao templo, aproveitar o cenário externo e caminhar devagar pelos corredores. Quero me sentir como se meu dia tivesse voado, enquanto caminho, sem pressa, para entrar no templo, pronta para comprometer minha vida, meu tempo e meu foco ao Senhor.

Penso que é isso que o Senhor também deseja. Em Lucas 19:46 diz:

“A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores.”

Acredito que a minha pressa para entrar no templo me fez uma salteadora, uma salteadora da paz e da calma. Ao ponderar sobre isso, percebi que a mesma verdade se aplica a ir ao templo pela primeira vez.

Muitas vezes, vamos ao templo em preparação para a missão ou para o casamento, com outras metas mais importantes em mente. Como se entrar no templo fizesse parte de uma lista de tarefas.

Frequentar o templo é uma meta única. Requer preparação e passos lentos.

virgens

Ir ao templo sem presa, com tempo e foco no Senhor

Ir ao templo pela primeira vez deve ser feito com a mesma atitude de ir ao templo depois de um dia de trabalho: sem pressa, prontos para comprometer tempo e foco ao Senhor.

Ezra Taft Benson disse:

“Porque é no templo que obtemos de Deus as maiores bênçãos relativas à vida eterna. O templo é realmente a porta do céu.”

Se acreditarmos nisso, então devemos sinceramente considerar como entramos no templo. Não queremos nos sentir como as cinco virgens que não tinham óleo suficiente para encontrar o noivo.

Marvin J. Ashton disse:

“As virgens sábias e tolas, todas elas, foram convidadas para a ceia das bodas; elas tinham conhecimento da importância da ocasião. Elas não eram pagãs, nem gentias, nem eram conhecidas como corruptas ou perdidas, mas eram pessoas informadas que tinham o salvador e exaltante evangelho em seu poder, mas não o tornavam o centro de suas vidas. Elas sabiam o caminho, mas estavam estupidamente despreparadas para a vinda do noivo. Todas, mesmo as tolas, acenderam suas lâmpadas quando ele chegou, mas o óleo havia sido consumido. No momento mais necessário, não havia nenhum disponível para reabastecer suas lâmpadas. Todas foram avisadas durante toda a vida.”

Devemos estar preparados e calmos ao entrarmos na Casa do Senhor. Somos frequentemente alertados, mas ainda nos comportamos como as virgens tolas?

Que não nos apressemos para irmos ao templo. O templo é um lugar de muitas bênçãos e adoração sincera, mas devemos conquistá-las. Devemos encher as nossas lâmpadas e entrar no templo sem pressa, e caminhar com calma. Afinal, é a Casa do Senhor.

Fonte: LDSDaily