A cultura do mundo vs. a cultura do evangelho
Quando falamos sobre a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, estamos falando de uma comunidade que se espalha por várias nações e culturas. Isso significa que a cultura do evangelho acaba sendo influenciada pela “cultura do mundo”, que inclui tradições, hábitos e até artes.
O Elder Dallin H. Oaks, que faz parte do Quorum dos Doze Apóstolos, explica bem:
“A cultura do evangelho provém do plano de salvação, dos mandamentos de Deus e dos ensinamentos dos profetas vivos. Guia-nos no modo como criamos nossa família e conduzimos nossa vida pessoal. Os princípios enunciados na proclamação da família são uma bela expressão dessa cultura do evangelho”.
O que é a cultura do evangelho?
Então, o que é essa cultura do evangelho, afinal? É um estilo de vida que envolve um conjunto de valores e práticas comuns a todos os membros.
Algumas dessas práticas incluem orar, estudar as escrituras, frequentar a Igreja, aprender em família, jejuar e pagar o dízimo. Viver a Palavra de Sabedoria e frequentar o Templo também são partes essenciais dessa cultura.
A cultura do mundo não é sempre negativa. Mas, quando ela vai contra os ensinamentos do evangelho, a ideia é que devemos deixar de lado certas tradições.
Por exemplo, aqui no Brasil, é comum tomar café da manhã (desjejum) com um cafezinho, e é educado oferecer café quando alguém visita. Mas a Palavra de Sabedoria, que faz parte do evangelho, nos orienta a evitar essa bebida.
Como podemos discernir o que é certo?
Além disso, a cultura dos Santos dos Últimos Dias procura evitar extremos nas modas e tendências que desafiam a castidade e a virtude. O Elder Jeffrey R. Holland nos lembra:
“Para poderem reivindicar plenamente as bênçãos e a proteção do Pai Celestial, pedimos que vocês permaneçam fiéis aos padrões do Evangelho de Jesus Cristo e não sigam cegamente o que a moda e as tendências lhes impõem”.
Assim, mesmo tendo liberdade para escolher o que vestir, devemos manter os padrões do evangelho, onde o recato sempre está na moda.
Deus não quer que estejamos totalmente afastados da cultura do mundo. Na verdade, Ele se comunicou com os profetas usando a linguagem e os elementos culturais deles (Éter 12:39).
Cristo também usou a cultura ao seu redor para ensinar. O Salvador orou para que seus discípulos não fossem tirados do mundo, mas sim protegidos do mal (João 17:15). Isso nos mostra que há muita coisa boa na cultura ao nosso redor, músicas, danças, poemas, que podem enriquecer nossas vidas e a Igreja.
O Elder Oaks comentou sobre isso também:
“Somos enriquecidos pelo convívio com diversas pessoas, o que nos faz lembrar a maravilhosa diversidade dos filhos de Deus. Mas a diversidade de culturas e valores também nos desafia a identificar o que pode ser adotado como condizente com nossa cultura e nossos valores do evangelho e o que não pode”.
A boa notícia é que todos nós podemos contar com a luz de Cristo para discernir o que é bom e o que não é. Ao fazermos isso, conseguimos preservar tradições que valem a pena e, assim, estabelecer uma cultura forte do evangelho que realmente pode abençoar o mundo todo.
Veja também: Como encontrar informações confiáveis sobre a Igreja de Jesus Cristo na internet
