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Cultura do mundo X Cultura do Evangelho

culturaA Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecida como Igreja Mórmon) é uma instituição divina entre homens inseridos em diversas nações e culturas. Por esta razão, a cultura do evangelho de Jesus Cristo é influenciada pela “cultura do mundo” – tradições, tendenciais, hábitos, comportamentos, artes, etc.

“A cultura do evangelho provém do plano de salvação, dos mandamentos de Deus e dos ensinamentos dos profetas vivos. Guia-nos no modo como criamos nossa família e conduzimos nossa vida pessoal. Os princípios enunciados na proclamação da família são uma bela expressão dessa cultura do evangelho” explicou o Elder Dallin H. Oaks, do Doze Apóstolos [1].

A cultura do evangelho é um modo de vida característico, um conjunto de valores, expectativas e práticas comuns a todos os membros. Faz parte da cultura do evangelho, portanto, orar individulamente e em família, estudar as escrituras, ir na Igreja, aprender e divertir-se em família, jejuar, pagar um dízimo honesto, viver a Palavra de Sabedoria, frequentar o Templo, etc.

A cultura do mundo não é necessariamente maléfica. Porém, quando a cultura do mundo se posiciona de modo diverso da cultura do evangelho, devemos abandonar as tradições, práticas, hábitos e modos. Por exemplo, aqui no Brasil é tradição beber café – chamamos o desejum de café-da-manhã – e ao visitar alguém é comum que a pessoa visitada ofereça educadamente uma xícara de café. Porém, a Palavra de Sabedoria, parte da cultura do Evangelho, nos ensina a refutar essa substancia.

Além, de evitar tradições que destoam do Evangelho, a cultura dos santos dos últimos dias evita extremos da moda e tendencias liberais, que atacam a castidade e a virtude. O Elder Jeffrey R. Holland, que também é membro do Quorum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Para poderem reivindicar plenamente as bênçãos e a proteção do Pai Celestial, pedimos que vocês permaneçam fiéis aos padrões do Evangelho de Jesus Cristo e não sigam cegamente o que a moda e as tendências lhes impõem. A Igreja nunca negará a vocês o arbítrio moral para decidir o que vestir e para ter a aparência que bem entenderem; mas ela sempre declarará os padrões e ensinará princípios. Como ensinou a irmã Susan Tanner esta manhã, um desses princípios é o recato. No evangelho de Jesus Cristo, o recato está sempre na moda. Nossos padrões não podem ser mudados pela sociedade.” [2]

O Senhor não deseja que recusemos terminantemente toda cultura do mundo. Ele não quer que nos isolemos de tudo e todos. Quando Ele apareceu aos profetas falou no idioma cultural deles (Éter 12:39). Cristo usou elementos da cultura na qual estava inserido para ministrar. Ele também orou para que seus discípulos não fossem tirados do mundo – mas fossem livrados do mal (João 17:15). Neste sentido, as diversas culturas do mundo em que vivemos estão cheias de coisas maravilhosas e belas – canções, pinturas, danças, poemas, práticas, etc. enriquecem e colorem a vida – e também a Igreja.

Em outra ocasião o Elder Oaks disse: “Somos enriquecidos pelo convívio com diversas pessoas, o que nos faz lembrar a maravilhosa diversidade dos filhos de Deus. Mas a diversidade de culturas e valores também nos desafia a identificar o que pode ser adotado como condizente com nossa cultura e nossos valores do evangelho e o que não pode.” [3]

Cada um de nós pode discernir pela Luz de Deus o que é apropriado e o que não é. Ao fazermos isso podemos preservar boas tradições para nossa posteridade, estabelecendo uma cultura forte do Evangelho que abençoará o mundo inteiro.

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NOTAS

[1] “A cultura do Evangelho“, A Liahona Março de 2012

[2] “Para as moças”, Conferência Geral, outubro de 2005

[3] “Verdade e Tolerância“, A Liahona Fevereiro de 2013

 

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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