Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) não cremos em astrologia, signos e em previsões de horóscopos. Mas respeitamos as pessoas que acreditam nessas coisas, pois sabemos que elas possuem o direito de acreditar no que bem entenderem [1].
“A Astrologia (do grego astron, “astros”, “estrelas”, “corpos celestes”, e logos, “palavra”, “estudo”) é uma pseudociência apoiada por religiões ligadas à feitiçaria como a wicca, segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes poderiam, hipoteticamente, prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos relacionados à vida do ser humano. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta para definição das personalidades humanas. (…) Os astrólogos afirmam que o movimento e posições dos corpos celestes podem influenciar diretamente, ou representar, eventos na Terra e em escala humana. Alguns astrólogos definem a Astrologia como uma linguagem simbólica, uma forma de arte, ou uma forma de vidência, enquanto outros definem como ciência social e humana. Nenhum estudo científico realizado até hoje mostrou a eficiência da astrologia para descrever personalidades ou fazer previsões e, por isto, ela é considerada pela comunidade científica uma pseudociência ou superstição.” [2]
O cerne da astrologia é, portanto, a interpretação de uma relação ou conexão do Universo com o homem – e o conhecimento que se pode extrair desta relação, especialmente definições de personalidade e previsões do futuro.
Um dos manuais da Igreja diz: “A astrologia finge ler a sorte, decifrando a influência dos astros sobre a vida das pessoas. As civilizações antigas foram enganadas muitas vezes pelo engodo dos astrólogos. Os membros da Igreja esclarecidos fogem dessas coisas, pois elas são de Satanás.
A astronomia é a ciência que estuda os astros—sua criação e movimento. Os grandes astrônomos da história foram profetas como Moisés, Abraão e Enoque que receberam conhecimento do próprio Senhor. (Ver D&C 88:41–47; Moisés 1:27–39; Abraão 3:1–18.)
Os astros não podem controlar nossas ações (…) Deus nos deu o livre-arbítrio e não permite que nem mesmo os astros interfiram com ele. Deus é o Criador dos astros, mas não planejou o estranho culto da astrologia.” [3]
Mas alguém pode realmente prever o futuro?
Um homem chamado Serém pregou certa vez que nenhum homem “pode falar de coisas futuras” (Jacó 7:7). Serém já morreu a muito tempo, porém suas ideias estão em nossos dias. Muitos estão certos que ninguém sabe o que esta para vir.
Sabemos que o homem pode sim saber de coisas futuras! Chamamos essa pessoa – que possui esse poder – de vidente: “Um vidente (…) pode saber tanto de coisas passadas, como de coisas futuras; e por meio deles todas as coisas serão reveladas, ou seja, coisas secretas serão manifestadas e coisas ocultas virão à luz; e darão a conhecer coisas que não são conhecidas; e também manifestarão coisas que, de outra maneira, não poderiam ser conhecidas. Assim, Deus providenciou um meio para que o homem, pela fé, pudesse operar grandes milagres; portanto ele se torna um grande benefício para seus semelhantes” (Mosias 8:17-18).
Experimentamos esse dom (da vidência) quando ouvimos e seguimos os profetas em nossos dias. O presidente da Igreja, seus conselheiros e os Doze são profetas, videntes e reveladores (D&C 107:92, 124:94 – ver também a ocasião em que o apoio das Autoridades Gerais é solicitado para congregação em qualquer Conferência Geral). Os profeta podem ver o que nós não podemos. Daí a analogia frequente de que os profetas são atalaias que nos avisam dos perigos que não vemos (GEE “Atalaia”).
Também experimentamos esse dom – de maneira bem pessoal e significativa – quando recebemos uma bênção patriarcal (GEE “Bênção Patriarcal”).
Além de tudo isso, aqueles que possuem o testemunho de Jesus recebem o espírito de profecia (Apocalipse 19:10). Eles são capazes de receber revelação para sua própria vida, para sua família e pessoas a quem servem. Moisés desejou que todo seu povo fosse profeta, ou seja tivesse um testemunho de Cristo e fosse capaz de conduzir suas vidas com revelação do alto (Números 11:29).
O Profeta Joseph Smith ensinou que todo ministro de Cristo possui o espírito de revelação, e portanto é um profeta [4] . Entretanto, esses sentidos genéricos do termo”profeta” não devem ser confundidos com o chamado de profeta. Alguém que é chamado como profeta é alguém que possui o santo sacerdócio e tem autoridade para conduzir a obra de Deus na Terra. É um vidente, revelador e tradutor – e possui um poder especial (D&C 21:1, Mosias 8:15). Ele possui um testemunho especial de Cristo: “A alguns [que são chamados como profetas] é dado saber, pelo Espírito Santo, que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que foi crucificado pelos pecados do mundo. A outros é dado crer nas palavras deles, para que tenham também vida eterna se permanecerem fiéis.” (D&C 46:13-14).
Cremos em profecias, revelações e previsões do futuro. De fato podemos afirmar, como Mórmon, que sabemos que muitas profecias “se cumpriram; sim, e (…) também [sabemos] que todas as coisas que foram profetizadas sobre nós, até este dia, se cumpriram; e que todas as que vão além deste dia certamente se cumprirão” (Palavras de Mórmon 1:4). Porém não cremos em astrologia: os astrólogos não são profetas!
Satanás, inimigo de Deus, é um grande imitador. Assim sendo, ele induz pessoas que não possuem o Espírito a fazerem previsões. Essas pessoas são chamadas genericamente de adivinhos. Cartomantes, astrólogos, profetas falsos, feiticeiros, bruxos, magos e outros que procuram não só dizer o que o futuro aguarda, mas o que você deve ou não deixar de fazer para que tal futuro lhe suceda – sem possuir o poder de Deus – são todos adivinhos.
O Senhor deixou claro o que pensa sobre essas pessoas e suas obras. Ele disse para a antiga Israel (e isso é válido para nós): “Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa” (Deuteronômios 18:10-14) [5]
Como membros da Igreja de Cristo, e como povo do Convênio, não procuramos saber o que o horóscopo diz sobre nosso signo, pois não participamos de obras das trevas (nem por brincadeira ou passatempo!) – porque todas essas são realmente obras das trevas!
Quando os horóscopos e a astrologia acabam ocupando um lugar de destaque em relação a nosso tempo, dinheiro e interesse acabamos colocamos nosso coração nessas coisas – e consequentemente cometemos o grave pecado da idolatria. Isso não deve acontecer. Devemos ficar longe de todas essas coisas! O Senhor conclamou: “Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio [da iniquidade], purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor!” (Isaías 52:11).
É possível que os adivinhos acertem o futuro? Eles realmente podem realizar milagres? Para responder duas experiências da Bíblia precisam ser mencionadas.
A primeira é a de Moisés. Moisés jogou seu cajado e este transformou-se em uma serpente. Os magos do faraó fizeram o mesmo (Êxodo 7:10-11). Mas não pelo poder de Deus. É evidente que Satanás tem poder para realizar certos milagres com a finalidade de enganar os homens. Todavia ele possui limites. Os magos do Egito não conseguiram imitar todas as maravilhas de Deus (Êxodo 8:18-19).
A segunda experiência é a de Paulo: “Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores” (Atos 16:16). Paulo expulsou o “espírito adivinhador” da moça mais tarde. Mas o fato que quero ressaltar é que se o espírito adivinhador não fizesse algumas previsões corretas então não daria lucro algum!
Devemos recordar cinco fatos ao ponderar essas coisas:
- Satanás e seus espíritos imundos não passaram pelo véu do esquecimento (como nós) e por isso conhecem o destino desta Terra muito bem. Eles podem indicar, até com certa precisão algum evento. Fazem isso sempre com a intenção de manipular, aterrorizar e ludibriar os homens e mulheres.
- Satanás e seus espíritos demoníacos podem observar-nos atentamente, perceber nossas fraquezas e tentar-nos. Eles nos rodeiam e nos odeiam. Devemos seguir a admoestação do Senhor: “Deveis vigiar e orar sempre para não cairdes em tentação; porque Satanás deseja ter-vos para vos peneirar como trigo. Portanto deveis sempre orar ao Pai em meu nome” (3 Néfi 18:18–19)
- Satanás e seus seguidores usam de meias-verdades, ilusões, confusão e mistérios para enganar. Ninguém neste mundo esta imune a voz do mal. O próprio Senhor Jesus Cristo sofreu muitas tentações, mas não deu atenção a nenhuma delas.
- Satanás e suas hostes tem vantagem sobre os preguiçosos, céticos, ignorantes, supersticiosos, orgulhosos e cobiçosos. Essas pessoas se afastam da pureza da verdade e da luz de Cristo. Elas se colocam em uma posição em que Satanás pode acorrentá-las. Como consequência direta essas pessoas passam a amar mais as trevas que a luz. A maioria dessas pessoas procura uma atalho para um vida fácil, procuram satisfazer-se de modo impróprio, racionalizam e fantasiam supondo que tudo esta bem, e que ficará sempre bem: elas comem, bebem e se divertem adorando a qualquer coisa ou ser, exceto o Deus Verdadeiro. Elas estão no grande e espaçoso edifício e servem, intencionalmente ou não, ao diabo.
- A adivinhação nunca trará felicidade. As obras das trevas podem conceder um prazer momentâneo – um riso e alegria temporária – mas nunca felicidade verdadeira. Mesmo que algo que o adivinho declare, aconteça – não acabará nunca em um “feliz para sempre”. Porque dê uma árvore má não provém frutos bons.
Não devemos dar ouvidos as adivinhações e fantasias dos homens. A fé em Cristo repele todo tipo de fantasia e doutrina falsa. Precisamos fortalecer nossa fé para nos livrar de toda superstição, crendice e conceito errôneo. Se tivermos fé adquiriremos o testemunho de Jesus e seremos profetas para nós mesmos. Também precisamos dar ouvidos aos profetas verdadeiros – para estarmos seguros. Ao fazermos essas coisas não saberemos tudo a respeito de nosso futuro – por que vivemos pela fé – e a fé não é um perfeito conhecimento – é antes uma esperança “esperança nas coisas que se não veem e que são verdadeiras” (Alma 32:7). Com essa esperança, de tempos em tempos, Deus nos mostrará coisas que estão reservadas a nós, num futuro, próximo ou não – e tais coisas advirão por meio de revelação – e não por um horóscopo ou por qualquer adivinhação.
__________
NOTAS
[1] Nossa décima primeira Regra de Fé preceitua: “Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde, ou o que desejarem.”
[2] Wikipédia “Astrologia”
[3] Editorial no Church News, 14 de outubro de 1972, p. 16.
[4] “Os Dons Espirituais de Cura, Línguas, Profecia e Discernimento de Espíritos”, Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, pg. 405
[5] “Os cananeus eram um povo supersticioso que acreditava e fazia uso de adivinhação e magia negra. Um agoureiro é alguém que examina as entranhas de animais mortos, observa o voo dos pássaros e utiliza outros recursos para predizer o futuro. Um encantador usa magias e encantos a fim de prever os acontecimentos futuros . Os consultores de espíritos adivinhantes procuram entrar em contato com os espíritos das pessoas falecidas para saber de coisas que os homens desconhecem. Um mágico é um feiticeiro. O consultor dos mortos, como aquele que consulta espíritos adivinhantes, tenta desvendar os segredos do mundo dos espíritos consultando os mortos. Todas estas práticas foram proibidas à Israel antiga. Os israelitas eram admoestados a atender às palavras de seu profeta vivo” (Manual do Aluno do Instituto de Religião, Curso “O Velho Testamento”, Curso de Religião 301, pg 226)
A informação contida é ruim, não tem base e é péssima para a igreja. Estudem melhor o que é astrologia antes de usar um linguajar tão determinista. O verdadeiro astrólogo não cre nas superstições e sim usa somente como um guia de habilidades e debilidades. Há grandes estudiosos antigos e modernos mas nenhum deles você verá na internet. A verdade é que é uma ciencia que exige longo estudo por muitos anos e as leituras tidas a partir disso é como o médico que interpreta uma radiografia. É uma ciência com base em cálculos, trigonometria e estatística. A Astrologia pode ser aberta a campos variados, há grandes médicos que usam astrologia médica. Todas essas coisas são muito profundas e não uma adivinhação qualquer. O que se ve na Wicca é superstição, a própria wicca é um monte de pseudos conhecimentos sem nenhuma profundidade de nada utilizado apenas para que elas se sintam especiais. Tenha conhecimento antes de publicar coisas desse tipo.
Adriana, respeito sua opinião. Veja: o primeiro paragrafo do texto é claro em afirmar que os membros da Igreja respeitam todas as crenças. Nossa 11ª Regra de Fé preceitua: “Pretendemos o privilégio de adorar a Deus Todo-Poderoso de acordo com os ditames de nossa própria consciência; e concedemos a todos os homens o mesmo privilégio, deixando-os adorar como, onde, ou o que desejarem.”
Então pode continuar crendo no que bem entender! 😀
Veja a citação extraída de um manual da Igreja, que foi citada no texto: “A astrologia finge ler a sorte, decifrando a influência dos astros sobre a vida das pessoas. As civilizações antigas foram enganadas muitas vezes pelo engodo dos astrólogos. Os membros da Igreja esclarecidos fogem dessas coisas, pois elas são de Satanás. A astronomia é a ciência que estuda os astros—sua criação e movimento. Os grandes astrônomos da história foram profetas como Moisés, Abraão e Enoque que receberam conhecimento do próprio Senhor. (Ver D&C 88:41–47; Moisés 1:27–39; Abraão 3:1–18.) Os astros não podem controlar nossas ações (…) Deus nos deu o livre-arbítrio e não permite que nem mesmo os astros interfiram com ele. Deus é o Criador dos astros, mas não planejou o estranho culto da astrologia.”
Assim, dá pra ver que não se trata de minha opinião – mas de doutrina da Igreja SUD. Essas palavras não são minhas. Rejeitá-las é rejeitar um material curricular aprovado pela Igreja.
Agora veja – astrologia só é ciência para quem crê em astrologia: “Nenhum estudo científico realizado até hoje mostrou a eficiência da astrologia para descrever personalidades ou fazer previsões e, por isto, ela é considerada pela comunidade científica uma pseudociência ou superstição, não compatível com o Método Científico. No paradigma da física moderna não existe nenhuma forma de interação que poderia ser responsável pela transmissão da suposta influência entre uma pessoa e a posição de planetas e estrelas no céu no momento do nascimento. Além disso, todos os testes feitos até agora, mantendo métodos rigorosos para incluir um grupo controle e mascaramento adequado entre experimentadores e sujeitos não resultam em qualquer efeito além do puro acaso. Por outro lado alguns testes psicológicos mostram que é possível elaborar descrições de personalidade e previsões suficientemente genéricas para satisfazer a maioria dos membros de um grande público ao mesmo tempo. Este é o efeito conhecido como o Efeito Forer.” (Wikipédia)
Muito bom Lucas! Parabéns pelo excelente trabalho!
Aquariano uma pena ver que você não faz mais parte da irmandade de santos dos últimos dias. A Igreja não mente. A Astrologia não tem fundamento, pelas razões apresentadas no texto. Você disse que “garante” que os profetas e apóstolos “estudam muito bem o seu mapa astral” – gostaria muito de ver as evidencias e provas desta tua certeza. Mostre-me!
Minha resposta está oculta, só aparece a sua réplica.
A astrologia teve como única função positiva, historicamente, o estímulo financeiro por meio dos governos antigos, do estudo dos corpos celestes sob bases precisas e de fundamentação matemática. Iniciou-se, como muitas das práticas apóstatas dos cultos criados pela humanidade, como um método não-autorizado por Deus para interpretação de seus mistérios, tomando como base as revelações mais antigas ao homem de que “Haja luminares na expansão dos céus (…) e sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos” (Gen. 1:14).
Sua prática nas civilizações mais antigas, como Egito e Babilônia, foi inútil na predição de eventos importantes, como períodos de fome ou guerra. Muitas vezes, as interpretações (quase sempre ambíguas) levavam à guerras desnecessárias, e derrotas memoráveis, (como no caso de Maxentius e Constantino, em 312 A.C) e elevavam o poder da classe sacerdotal que possuía o direito de praticá-la, em detrimento da situação (muitas vezes miserável) do povo comum. O mundo cristão infelizmente absorveu tal característica, como tantas do rito pagão, para adaptar-se à cultura romana, depois da grande apostasia da 8º década do século I. A convicção e o estudo necessários para compreender as posições relativas das estrelas à terra, e possíveis relações pictográficas entre elas, atraíam a atenção de muitos, especialmente de reis e governantes em busca de previsões para suas estratégias, já que estes estavam constantemente envolvidos em guerras na dinâmica dos instáveis estados-independentes da Europa Medieval.
Porém, a medida que o Renascimento floresceu na Europa, o conceito astrológico começou a cair em credibilidade por parte dos próprios sábios que os estudavam. Apesar de ainda serem contratados por altos salários para serem “astrólogos e videntes nas cortes de sua majestade”, notavelmente em Praga, Veneza e Florença, os estudiosos começavam a perguntar-se se o estudo astronômico independente, das causas e efeitos determinados pelo constante estímulo experimental-matemático, não seriam a coisa realmente importante. Thyco Brahe, Johannes Kepler e Galileu Galilei foram apenas alguns dos muitos cientistas que queixaram-se em diversas correspondências privadas, da ineficiência e inutilidade da arte astrológica que praticavam por demandas do soberano, à décadas, e do terrível descaso com o desenvolvimento científico propriamente dito. Encurralada como ficou devido a teoria heliocêntrica, a astrologia recebeu o golpe de misericórdia do último desses, Galileu, que ousou mostrar por meios técnicos que a mera prática científica tinha capacidade de previsão muito superior à astrológica, ao criar o telescópio refrator de trabalho, que magnificava em até 30x, dando ao senado de Veneza, previsão sobre a chegada de inimigos 2h antes que pudessem ser vistos à olho nu. Modificações subsequentes na aparelhagem astronômica e de navegação, como o telescópio refletor de trabalho, o sextante acoplado e o mapeamentos das costas pelas expedições colonizadoras, retiraram à astrologia de sua posição de destaque como força preparatória e estratégica dos governos europeus.
Pesquisas póstumas na pura natureza física das interações materiais, como a gravitação (I. Newton, 1687), o EletroMagnetismo (J. C. Maxwell, 1873), Relatividade (A. Einstein, 1915), Eletrodinâmica quântica (R. P. Feynman, 1949), etc. mostraram que os corpos não produzem quaisquer tipo de forças experimentalmente mensuráveis, que tenham quaisquer influências comportamentais, fisiológicas e de personalidade no ser humano. Hoje, a astrologia mantém-se como um simples culto, aceito ou rejeitado por uma questão meramente pessoal, de acordo com a crença não-factual do ser humano.
A astrologia teve como única função positiva, historicamente, o estímulo financeiro por meio dos governos antigos, do estudo dos corpos celestes sob bases precisas e de fundamentação matemática. Iniciou-se, como muitas das práticas apóstatas dos cultos criados pela humanidade, como um método não-autorizado por Deus para interpretação de seus mistérios, tomando como base as revelações mais antigas ao homem de que “Haja luminares na expansão dos céus (…) e sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos” (Gen. 1:14).
Sua prática nas civilizações mais antigas, como Egito e Babilônia, foi inútil na predição de eventos importantes, como períodos de fome ou guerra. Muitas vezes, as interpretações (quase sempre ambíguas) levavam à guerras desnecessárias, e derrotas memoráveis, (como no caso de Maxentius e Constantino, em 312 A.C) e elevavam o poder da classe sacerdotal que possuía o direito de praticá-la, em detrimento da situação (muitas vezes miserável) do povo comum. O mundo cristão infelizmente absorveu tal característica, como tantas do rito pagão, para adaptar-se à cultura romana, depois da grande apostasia da 8º década do século I. A convicção e o estudo necessários para compreender as posições relativas das estrelas à terra, e possíveis relações pictográficas entre elas, atraíam a atenção de muitos, especialmente de reis e governantes em busca de previsões para suas estratégias, já que estes estavam constantemente envolvidos em guerras na dinâmica dos instáveis estados-independentes da Europa Medieval.
Porém, a medida que o Renascimento floresceu na Europa, o conceito astrológico começou a cair em credibilidade por parte dos próprios sábios que os estudavam. Apesar de ainda serem contratados por altos salários para serem “astrólogos e videntes nas cortes de sua majestade”, notavelmente em Praga, Veneza e Florença, os estudiosos começavam a perguntar-se se o estudo astronômico independente, das causas e efeitos determinados pelo constante estímulo experimental-matemático, não seriam a coisa realmente importante. Thyco Brahe, Johannes Kepler e Galileu Galilei foram apenas alguns dos muitos cientistas que queixaram-se em diversas correspondências privadas, da ineficiência e inutilidade da arte astrológica que praticavam por demandas do soberano, à décadas, e do terrível descaso com o desenvolvimento científico propriamente dito. Encurralada como ficou devido a teoria heliocêntrica, a astrologia recebeu o golpe de misericórdia do último desses, Galileu, que ousou mostrar por meios técnicos que a mera prática científica tinha capacidade de previsão muito superior à astrológica, ao criar o telescópio refrator de trabalho, que magnificava em até 30x, dando ao senado de Veneza, previsão sobre a chegada de inimigos 2h antes que pudessem ser vistos à olho nu. Modificações subsequentes na aparelhagem astronômica e de navegação, como o telescópio refletor de trabalho, o sextante acoplado e o mapeamentos das costas pelas expedições colonizadoras, retiraram à astrologia de sua posição de destaque como força preparatória e estratégica dos governos europeus.
Pesquisas póstumas na pura natureza física das interações materiais, como a gravitação (I. Newton, 1687), o EletroMagnetismo (J. C. Maxwell, 1873), Relatividade (A. Einstein, 1915), Eletrodinâmica quântica (R. P. Feynman, 1949), etc. mostraram que os corpos não produzem quaisquer tipo de forças experimentalmente mensuráveis, que tenham quaisquer influências comportamentais, fisiológicas e de personalidade no ser humano. Hoje, a astrologia mantém-se como um simples culto, aceito ou rejeitado por uma questão meramente pessoal, de acordo com a crença não-factual do ser humano.