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5 Grandes Amizades nas Escrituras

As escrituras nos falam de grande amigos, que fortaleceram e ajudaram uns aos outros. Veja 5 exemplos de amizades que nos ajudam a nos tornar verdadeiros amigos:

Rute e Noemi

Quem disse que não se pode ter uma grande e forte amizade com a sogra? Noemi era sogra de Rute. Ambas passaram por uma grande tragédia familiar: o marido de Noemi faleceu, provavelmente devido a fome, e deixou dois filhos – que também morreram – deixando Rute e Orfa viúvas. Ao ver as jovens viúvas Noemi lhes disse:

“Vão! Voltem para a casa de suas mães! Que o Senhor seja leal com vocês, como vocês foram leais com os falecidos e comigo.” (Rute 1:8) Depois de chorarem muito “

Orfa deu um beijo de despedida em sua sogra, mas Rute ficou com ela. Então Noemi a aconselhou:

“Veja, sua concunhada está voltando para o seu povo e para o seu deus. Volte com ela! “

A resposta de Rute para sua sogra é uma das mais belas declarações de amor registradas:

“Não insistas comigo que te deixe e não mais a acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali serei sepultada. Que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa que não a morte me separar de ti! ” (Rute 1:14-17).

A amizade delas se fortaleceu – e um serie de milagres que são narrados no livro de Rute mostram que o Senhor abençoou ambas. Rute, devido a sua fidelidade, se tornou ancestral de Jesus Cristo, o filho de Deus.

Davi e Jônatas

Uma das mais belas histórias de amizade se encontra no Velho Testamento. Jônatas (filho do Rei Saul) e Davi tiveram uma profunda amizade:

“E Jônatas fez um acordo de amizade com Davi, pois se tornara o melhor amigo de Davi.” (1 Samuel 18:3). Em I Samuel 20:33 Saul tenta matar Jônatas (o próprio filho!) por estar defendendo Davi: “Então Saul atirou sua lança contra Jônatas para matá-lo. E assim Jônatas percebeu que seu pai estava decidido a matar Davi.

Saul temia que Davi se tornasse rei em seu lugar. Jônatas sabia, portanto, que se sua amizade com Davi fosse mantida ele corria risco de vida. Contudo isso não foi razão forte o suficiente para abalar aquela aliança de amor firmada entre Jônatas e Davi. Jônatas não estava disposto a abrir mão desta amizade por nada! Davi também correu riscos em virtude de sua amizade com Jônatas. Quando Jônatas morreu, Davi lamentou tremendamente (2 Samuel 1).

Néfi e Zorã

Néfi disfarçou-se de Labão para recuperar as Placas de Latão. Zorã, que era “servo de Labão que guardava as chaves do tesouro” levou Néfi até as Placas. Todavia, quando percebeu que estava sendo enganado “pôs-se a tremer e estava para fugir de mim e voltar”. Néfi, proém, “sendo um homem de grande estatura e havendo também recebido muita força do Senhor” lançou-se sobre Zorã e o segurou, para que não fugisse. Néfi lhe prometeu que não precisava temer, que o tornaria um homem livre, se descesse ao deserto com ele e seus irmãos.

“E também lhe disse: Certamente o Senhor nos ordenou que procedêssemos assim; e não seremos diligentes em guardar os mandamentos do Senhor? Se quiseres, portanto, descer ao deserto, ao encontro de meu pai, terás lugar conosco. E aconteceu que Zorã criou coragem com [o que Néfi disse]. (…) [E] ele prometeu que desceria para o deserto até o lugar onde [o] pai [e Néfi estava]. Sim, e jurou também que permaneceria [com eles] daquele momento em diante.” (1 Néfi 4).

Por ter escolhido seguir Néfi, Zorã deixou de ser escravo, casou-se com a filha mais velha de Ismael (1 Néfi 16:7), enfrentou oito anos de provações no deserto – mas herdou a terra prometida. Não sabemos muito sobre ele, exceto o que Leí nos conta a seu respeito:

“Eis que tu és o servo de Labão; não obstante, foste trazido da terra de Jerusalém e sei que és um verdadeiro amigo de meu filho Néfi para sempre. Como tens, portanto, sido fiel, teus descendentes serão abençoados com os dele, para que prosperem por muito tempo na face desta terra; e nada, a não ser a sua iniquidade, prejudicará ou perturbará sua prosperidade para sempre na face desta terra. Portanto, o Senhor consagrou esta terra para a segurança de tua descendência com a descendência de meu filho, se guardardes os seus mandamentos.” (2 Néfi 1:30-32).

Zorã era um “verdeiro amigo para sempre”. Isso nos leva a imaginar que Zorã estava ao lado de Néfi ao construir o barco, estava apoiando Néfi quando ele foi preso no navio – e estava com ele ao explorarem e colonizarem a terra da promissão. Um encontro inesperado gerou uma amizade duradoura e feliz.

Jesus e Pedro

Após pedir que Simão Pedro deixasse suas redes e o seguisse (Marcos 1:18), Jesus esteve muito tempo ao lado dele. Jesus o ensinou, treinou, advertiu e o amou. Ele disse:

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. (João 15:13, 15). Jesus amava Pedro a ponto de chamar-lhe atenção com amor (Mateus 14:31).

Ele orava e aconselhava Pedro:

“Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos”. (Lucas 22:31-32).

Ao ouvir isso Pedro respondeu com intensidade:

“Estou pronto para ir contigo para a prisão e para a morte”.

(Lucas 22:33). E certamente estava, mas não naquele momento. Pedro precisava viver para Presidir a Igreja. Quando Cristo ressuscitou, visitou Pedro em particular (Lucas 24:34), sendo ele um dos primeiros a vê-lo.

Joseph e Hyrum

Hyrum era irmão mais velho de Joseph Smith. O Élder  M. Russell Ballard comentou sobre a amizade dos irmãos Smith:

“Depois da morte do irmão mais velho, Alvin, em 1823, Hyrum assu­miu boa parte da res­pon­sa­bi­li­da­de pela famí­lia Smith. Ao mesmo tempo, aju­dou e ser­viu ao irmão, o Profeta Joseph, duran­te todo o longo e árduo pro­ces­so da Restauração. Por fim, jun­tou-se a Joseph e outros már­ti­res de dis­pen­sa­ções pas­sa­das do evan­ge­lho. Seu san­gue foi der­ra­ma­do em tes­te­mu­nho final ao mundo.”

Em todos esses momen­tos, Hyrum sem­pre per­ma­ne­ceu firme. Sabia o rumo que sua vida toma­ria e volun­ta­ria­men­te esco­lheu segui-lo. Para Joseph, Hyrum tor­nou-se com­pa­nhei­ro, pro­te­tor, pro­ve­dor, con­fi­den­te e, por fim, jun­tou-se a ele como már­tir. Foram injus­ta­men­te per­se­gui­dos por toda a vida. Apesar de mais velho, Hyrum reco­nhe­cia o divi­no manto do irmão. Apesar de acon­se­lhá-lo com fir­me­za, em algu­mas oca­siões, Hyrum sem­pre aca­ta­va o que o irmão mais novo dizia. Dirigindo-se ao irmão, Joseph disse, certa vez:

“Irmão Hyrum, quão fiel é teu cora­ção! Ó, que o Eterno Jeová coroe tua cabe­ça de bên­çãos eter­nas, como recom­pen­sa pelo cui­da­do que tens para com minha alma! Ó, quão nume­ro­sos foram os sofri­men­tos que com­par­ti­lha­mos.”

Em outra oca­sião, Joseph refe­riu-se ao irmão com estas pala­vras pro­fun­da­men­te ter­nas:

“Eu o amo com aque­le amor que é mais forte que a morte.” (…)

Hyrum era o pri­mei­ro a esten­der a mão amiga a um visi­tan­te, o pri­mei­ro a ten­tar apa­zi­guar uma briga, o pri­mei­ro a per­doar um ini­mi­go. Comenta-se que o Profeta Joseph teria dito:

“Se Hyrum não con­se­guir que dois homens que bri­ga­ram façam as pazes, os pró­prios anjos podem per­der a espe­ran­ça de con­se­gui-lo.”

(“Hyrum Smith: “Firme como os Pilares do Céu”, M. Russell Ballard, Conferência Geral outubro de 1995)

| Para refletir
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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