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Fazer ou Não Fazer Missão de Curto Prazo

A decisão de servir uma missão é para muitos jovens membros da Igreja um desejo convicto carregado por muitos anos, sejam taiz membros conversos ou nascidos e criados dentro do convênio. Outros membros da Igreja, entretanto, podem apresentar expectativas e desejos diferentes com relação a se devem ou não partir rumo ao serviço missionário. Servir uma missão de curto prazo pode em muitos casos ser um fator determinante para a tomada da decisão e preparação para o campo.

O que é uma Missão de Curto Prazo?

Missão de Curto prazo, como o nome diretamente aponta, caracteriza um “curto” período de serviço missionário, onde jovens membros da Igreja que ainda não serviram são convidados a contribuírem para a obra missionária da missão que residem. O “curto” período pode mudar, mas normalmente varia em torno de uma a seis semanas.

Circunstâncias variadas, como por exemplo um missionário ter que retornar para casa mais cedo, a missão “perder” mais missionários do que recebe em uma transferência ou abertura de novas áreas por vezes criam uma demanda por missionários que nem sempre podem ser atendidas de imediato. Nesses casos, Presidentes de Missão frequentemente convidam jovens da área que estão em preparação para suprir tais necessidades.

Tendo muitos anos atrás eu mesmo servido por 6 semanas em uma missão de curto prazo, listo abaixo 5 razões pelos quais uma missão de curto prazo pode beneficiá-lo grandemente:

1. A Missão de Curto Prazo o Ajudará a Decidir se Realmente Deseja Servir Integralmente

Há cerca de 10 anos, apenas uma convicção eu tinha sobre o serviço missionário… Missão não era pra mim. Eu era ativo na Igreja, estava estudando  e possuía muitos planos em mente. A missão de tempo integral apenas não era um deles. Certo dia, meu bispo explicou que uma das áreas da missão Londrina precisava de ajuda, visto que um missionário havia retornado para casa por motivos médicos. Sem essa reposição a área seria fechada e a unidade ficaria sem missionários.

Apesar de não possuir na época o desejo de servir integralmente, aceitei o desafio e decidi fazer minha contribuição durante as 6 semanas. Nunca me arrependi de tal decisão, visto que foi esse período que me fez entender não era a missão quem precisava de mim, mas eu dela. Servir durante aquelas seis semana eliminou da minha mente as dúvidas a respeito da decisão de servir integralmente e a missão de tempo integral passou a ser vista por mim como um investimento, e não tempo perdido.

2. A Missão de Curto Prazo Otimizará Sua Capacidade de Ensinar

Uma das principais adaptações que todo jovem membro da Igreja precisa passar durante o início de sua missão é a de aprender a transmitir ideias de maneira clara, fazendo com que a mensagem se torne atrativa e interessante para todos os públicos. Algumas pessoas por uma razão ou outra parecem ter nascido com o dom da boa comunicação e possuem uma aptidão natural para o ensino. Essa, entretanto, nem semre é a realidade para outros jovens.

Servir durante aquelas seis semanas com um experiente missionário me ajudou a melhorar minha capacidade de tornar simples mensagens conceitos complexos, identificar cada tipo de pesquisador, lidar com críticas e simplesmente sentir-me confortável ao ser o centro da atenção durante uma lição. Por mais proveitoso que seja o período de treinamento no CTM, por exemplo, sempre senti que a parte mais eficiente de minha preparação foi diretamente no campo, lidando com as situações do dia a dia missionário.

3. Deixar as Coisas de Menino (a) e Tornar-se um (a) Homem/Mulher

Quando parti para Baurú para servir durante aquelas seis semanas minha mentalidade era a de ajudar, retornar e continuar vivendo a minha vida. Ao retornar para casa, semanas depois, pouco imaginava que aquele período causaria um impacto tão grande em minha vida. Aprendi a esquecer de mim mesmo e focar simplesmente na ajuda ao próximo. Aprendi a desenvolver uma rotina, planejar e a obter uma disciplina que até então eu não tinha em minha vida. Aprendi a amar as pessoas a quem sirvo, a vencer e perder, a alegremente ajudar pessoas em suas conversões e também de maneira triste ver outras partindo.

Aprendi a trabalhar em grupo, a comemorar os resultados dos outros, a amar um “estranho” que está ao meu lado o tempo inteiro e de quebra ainda aprendi a fazer um miojo de dar água na boca em qualquer juíz do Masterchef. Servir uma missão de curto prazo pode mudar a sua vida se assim você permitir.

Conclusão

Em praticamente todas as oportunidades que tive de presenciar jovens servindo missões de curto prazo, o sentimento sempre foi o mesmo: gratidão pelo serviço realizado e o desejo ainda mais forte de servir integralmente. Se você deseja chegar à missão de tempo integral ainda mais preparado ou se não tem certeza se deseja servir, acredito ser a missão de curto prazo a oportunidade perfeita para encontrar a preparação e respostas que deseja.

Se possuir o desejo, não hesite em contatar seu Bispo ou Presidente de Ramo para perguntar se há necessidades em sua missão. Testifico que o que inicialmente pode parecer seis semanas preenchendo um vazio na missão, pode se tornar uma inesquecível e recompensadora experiência em sua vida.

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| Missão
Publicado por: Luiz Botelho
Luiz Botelho serviu na Missão Santa Maria e atualmente mora em Provo-Ut. Estuda Antropologia na Utah Valley University e descobriu na Ciência, História, Filosofia e Teologia sua verdadeira paixão. Atualmente trabalha voluntariamente como Diretor Internacional da FairMormon, é autor do Interpretenefita.com e um dos Diretores da More Good Foundation no Brasil.
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