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A importância do Gaúcho na Igreja de Jesus Cristo

templo de porto alegre

Hoje é dia do gaúcho! “Bah tchê!” E para que os nossos queridos sulistas do Rio Grande do Sul não “olhem com revesgueio” (olhem atravessado) no dia de hoje (20/09/16), no qual comemoram a Revolução Farroupilha, escrevemos um artigo sobre o Rio Grande do Sul e a Igreja.

O dia de hoje é “mais bonito que laranja de amostra” (um coisa muito bonita de se ver). A data é comemorada com desfiles, acampamentos tradicionalistas, apresentações artísticas e outros eventos nos quais a cultura gaúcha é exaltada.

“Que tal”, portanto, começarmos logo a contar coisas “tri” legais sobre a Igreja e o Rio Grande do Sul? “Toquemos a ficha!” (sigamos em frente). Não se preocupe: não iremos ser “mais compridos que esperança de pobre” (não vamos nos alongar muito).

 

1- A história da Igreja praticamente começou no Rio Grande do Sul. Sabemos que os primeiros membros da Igreja no Brasil eram alemães. Eles se fixaram no Sul do país. Verdade que, a primeira organização formal se deu em Santa Catarina (como você lê aqui), mas em seguida, grupos e ramos da Igreja foram abertos no Rio Grande do Sul. A primeira revista oficial da Igreja no Brasil – chamada “A Gaivota”, relata interessantes eventos que antecederam o natal de 1949:

“Dia 10 de dezembro. Neste lindo dia foi realizado um evento especial em nosso salão. Foi a segunda vez na história do Ramo de Porto Alegre que tivemos um casamento em nossa Igreja. Nesta ocasião, o irmão Walmir Silva e sua linda noiva, Yedda Coelho, aceitaram as obrigações e fizeram os convênios que os ligarão durante o resto da vida mortal. Foi uma cerimônia lindíssima com algumas palavras inspiradoras dadas nelo presidente do distrito de Porto Alegre. (…) Dia 11 de dezembro. Pela manhã, na praia de Pedra Redonda do Rio Guaiba, mais quatro pessoas entraram nas águas de batismo: Cláudio Vilanova de Oliveira, João Kowalczyk, sua esposa, Miguelina, e seu filho Kasimiro. Parabéns, gaúchos! Dia 18 de dezembro. A chegada do Presidente e Irmã R. S. Howells foi uma ocasião muita esperada aqui. Domingo de manhã uma conferência foi realizada em Novo Hamburgo. Irmã Mary Howells cantou duas canções muito lindas — uma em português e a outra em Alemão, sendo que se fala alemão nesta cidade. Da noite do mesmo dia na sede em Porto Alegre, mais uma conferência foi realizada. O salão ficou cheio de amigos e membros da Igreja, todos presentes gozando mais uma bela reunião, ouvindo a linda voz da irmã Howells e as inspiradoras palavras de Presidente Howells.(…) E com certeza que 1949 foi um dos anos melhores para a Igreja no Rio Grande do Sul, e esperamos que o ano de 1950 nos trará novas alturas de sucesso na obra do Senhor aqui neste canto do Reino.” (“Rumo dos Ramos”, A Gaivota, 1950, Volume 3, Fevereiro de 1950, pg. 38).

 

2- O Rio Grande do Sul foi e é um celeiro de líderes da Igreja. Em 1959, o Elder Harold B. Lee visitou o Brasil e dividiu a Missão Brasileira – criando a Missão Brasileira do Sul, que abrangeria os Estados Sulinos do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “As missões da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias aqui no Brasil são compostas de trinta ramos distribuídos entre Belo Horizonte no norte e Porto Alegre no sul. Estes ramos têm uma média de 100 membros cada, sendo a total população das missões de quase 3.500 pessoas. A maioria desta organização cresceu desde 1946.” (A Liahona outubro de 1959, pg. 306).  A Igreja se desenvolveu enormemente em apenas algumas décadas, e isso exigiu que os membros recém-conversos desenvolvessem habilidades de liderança rapidamente. Assim, o Rio Grande do Sul se tornou um celeiro de líderes. Um dos relatos da época ilustra as dificuldades e bênçãos:

“Havia trinta e nove missionários designados para trabalhar nos onze ramos e mil e quinhentos membros. Pôrto Alegre era a única cidade em todo o estado do Rio Grande do Sul que tinha ramos da Igreja em franca atividade. No comêço do ano de 1961, a missão chegou a ter dois mil membros e cento e cinqüenta missionários. Quase todos os ramos tinham sido abertos a menos de seis meses e muitos deles ainda não tinham local para fazer suas reuniões. Esta era a situação em que se encontrava a missão há apenas um ano atrás. Começando com menos de quinze membros em 75% dos ramos, não é difícil imaginar as dificuldades que surgiram para a apresentação do Evangelho aos habitantes. No sul as cidades são pequenas e não têm facilidades de comunicação com os grandes centros. Por outro lado, a missão ainda estava em processo de organização. Durante a primeira metade do ano foi feito muito esforço para o desenvolvimento do trabalho nessas pequenas cidades, a fim de encontrar membros potenciais. Foi estabelecido um programa de grande escala e, através de jejum, oração e muito trabalho dos missionários, os ramos começaram a progredir e no final do ano, cada um tinha chegado a atingir de 40 a 70 membros. Durante a segunda metade do ano, foi organizado e posto em execução um tremendo programa de integração. Foi dado oportunidade a todos os membros novos da Igreja de desenvolverem os seus talentos e fortalecerem seus testemunhos. Foram chamados dois presidentes de ramo e dois membros do distrito (…) Quando o Élder Harold B. Lee esteve no Rio Grande do Sul profetizou que no futuro o estado formaria uma missão. No final de 1961, havia oitenta missionários 110 estado e foram abertos ramos em mais de dezesseis cidades. Como 110 resto da América do Sul, o programa de construção da Igreja está agora em pleno desenvolvimento em toda a missão. No começo deste ano, havia dois prédios em construção. Uma capela já foi construída e a outra acha-se em fase de acabamento. Foram chamados 25 missionários construtores e eles estão trabalhando em diversos pontos do Brasil. Durante 0 curso de 1961 a Missão Brasileira do Sul foi abençoada com mais de 1 200 membros, dobrando assim 0 número que tinha no começo do ano de 1959. (A Liahona, Maio de 1962).

Para demostrar como o Rio Grande do Sul produziu e produz líderes, separamos um trechos das “notícias locais” da Liahona de Janeiro de 1973. Em 1972 a irmã Maria Aidukaitis, membro do Ramo IV de Porto Alegre, foi  eleita Mãe do Ano da cidade de Porto Alegre. O título lhe foi conferido, após criteriosa seleção entre dezenas de outras mães pelo Clube de Mães daquela cidade. Depois de eleita Mãe do Ano, a irmã Aidukaitis recebeu o título honorário de Mãe Missionária do estado do Rio Grande do Sul. Desta feita a honra lhe foi conferida pelo Conselho de Mães daquele estado. “A Igreja me ensinou tudo o que sou” disse a irmã Aidukaitis após receber a faixa de Mãe do Ano da cidade. “Qualquer irmã ativa na Igreja e com um testemunho forte do Evangelho, poderia ter feito o mesmo”. Ela é mãe do Elder Marcos Antony Aidukaitis, que serve hoje como Autoridade Geral, sendo membro da Presidência de Área no Brasil.

 

3- O Templo de Porto Alegre foi dedicado no ano 2000. A primeira estaca do Rio Grande do Sul foi organizada em  1973, pelo Elder Mark E. Petersen, dos Doze Apóstolos. A Igreja não parou de crescer. Criaram-se alas, Estacas e Missões. Em 30 de setembro de 1997 um novo templo foi anunciado para o Brasil: o Templo de Porto Alegre. No dia 2 mai 1998 ocorreu a abertura de terra. E, após semanas de visitação pública, onde milhares de pessoas visitaram o Templo, ele foi dedicado, em 17 dez 2000. Tornou-se o terceiro Templo do Brasil. Para conhecer mais sobre o Templo de Porto Alegre, clique aqui. Hoje a Igreja é forte no Rio Grande do Sul e continua crescendo.

 

“De orelha de pé” (com atenção), sem “chorar as pitangas” (sem lamentar), os guris e gurias (homens e mulheres) do Rio Grande do Sul são conhecidos por não “largarem de mão” (desistirem) de seus objetivos. Quando se trata de membros da Igreja, podemos verificar uma firmeza e constância que abençoaram e abençoam todo o país. Parabéns a todos os gaúchos!

| Santos no Brasil

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