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Beijo – qual o padrão do Senhor?

Casamento Mórmon

mulher-beijando_pes_jesusO beijo é um sinal de amor, afeto e devoção. Vemos muitas vezes nas escrituras o beijo amoroso entre marido e esposa (Gênesis 29:11), filho e pai ou mãe (Gênesis 27:27, 31:55, 50:1, 1 Reis 19:20, Lucas 15:20), irmãos (Gênesis 45:15, Êxodo 4:27), nora e sogra ou genro e sogro (Êxodo 18:7, Rute 1:14), amigos e pessoas queridas (Atos 20:37, Moisés 7:63) – e entre os membros da Igreja (I Tessalonicenses 5:26).

O beijo é um grande sinal de devoção (3 Néfi 11:19, 17:10, Lucas 7:38). Infelizmente, com um beijo Judas consumou sua traição, entregando o Filho de Deus (Lucas 22:48).

A Igreja Primitiva tinha o costume de cumprimentarem uns aos outros com um beijo – o ósculo santo (1 Pedro 5:14,). Algumas pessoas sustentam que tal costume é uma ordenança – mas isso não tem fundamento nem na Bíblia, nem nas revelações modernas. A Tradução de Joseph Smith substitui a palavra ósculo (beijo) de 2 Corintios 13:12 por saudação, que significa cumprimento caloroso, mostrando que não é vital cumprimentar outros santos com beijo.

O beijo de uma mãe ou pai por um filho marca a alma dos filhos. O Presidente David O. McKay contou sobre sua bondosa mãe: “Entre os tesouros mais preciosos de minha alma figura a lembrança das orações de minha mãe ao lado de minha cama antes de dormir, de seu toque afetuoso ao cobrir a mim e meu irmão e dar a cada um de nós um carinhoso beijo de boa-noite. Nós éramos novos e imaturos demais para dar o devido valor a essa devoção, mas não jovens demais para saber que nossa mãe nos amava. (…) Se me pedissem que mencionasse a coisa de que o mundo mais precisa, eu diria sem hesitar: mães sábias, e em segundo lugar, pais exemplares.” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: David O. McKay, pp. xiv, 171)

beijoO beijo que expressa amor pode ser perigoso. O Presidente Spencer W. Kimball disse: “Um beijo é uma evidência de afeto um beijo é uma evidência de amor, não de luxúria—embora possa ser isso também. Nunca permita que um beijo em seu namoro signifique luxúria. As intimidades são libidinosas; não são amor (…) Não me importo que [vocês] se beijem depois de um certo tempo de namoro; (…) não o beijo da paixão, mas o beijo do afeto.” (Spencer W. Kimball, discurso aos missionários, 2 de janeiro de 1959.)

Nesta mesma linha, O Élder David B. Haight, que serviu no Quorum dos Doze Apóstolos, relatou a história de uma jovem que tinha estabelecido um padrão de casar-se com um jovem que tivesse o mesmo nível moral que ela. A jovem manteve seu elevado padrão de moralidade durante todas as suas experiências de namoro. Ele contou: “Lembro-me do testemunho de uma jovem numa conferência de estaca no qual contou suas experiências dos anos de namoro. A mãe ensinara-lhe a reconhecer as armadilhas. Hoje, casada e ainda jovem, podia olhar o marido sentado no púlpito da Igreja (…) e orgulhar-se dele, lembrando-se do maravilhoso relacionamento e namoro que tiveram: casaram-se no templo, não tinham nada a esconder, nenhum remorso. Contou como foram tentados, mas a meta de ambos era o templo. Sabiam a diferença entre um beijo puro e as intimidades e como a virtude se perdia gradualmente. Seus planos foram cuidadosamente elaborados, evitando namorar no carro numa rua deserta e ficar sozinhos até tarde da noite.” [“The Uttermost Part of the Earth” (“A Última Parte da Terra”), Speeches of the Year, 1978 (Provo: Brigham Young University Press: 1979), pp. 168–69.]

Isaías falou sobre o beijo inflamado, conhecido como beijo erótico, beijo francês ou beijo de língua, que leva a quebra da castidade: “De quem fazeis o vosso passatempo? Contra quem escancarais a boca, e deitais para fora a língua? Porventura não sois filhos da transgressão, descendência da falsidade” (Isaías 57:4).

O conselho de Isaías, endossado para Juventude da Igreja, se resume bem aqui: “Antes de casar-se, não façam nada que desperte as poderosas emoções que só devem ser manifestadas no casamento. Não troquem beijos apaixonados, nem deitem uns por cima dos outros, não toquem as partes íntimas e sagradas do corpo de outra pessoa, com ou sem roupas. Não permitam que ninguém faça isso com vocês. Não despertem essas emoções em seu próprio corpo” (Para o Vigor da Juventude, livreto, 2001, p. 27).

“Como o namoro é um prelúdio do casamento e encoraja um convívio mais íntimo, muitos se convenceram de que certas intimidades são legítimas, que fazem parte do namoro. Muitos deixam de lado todo o controle e ignoram as restrições. Em lugar de se limitarem a expressões de afeto simples, passam a trocar carícias íntimas, com agarramentos, intimidades e beijos apaixonados. O agarramento é o membro mais novo dessa família de impiedades. Sua irmã maior chama-se ‘intimidades’. Quando as coisas chegam a esse ponto, elas são sem dúvida pecados condenados pelo Salvador. (…) Quem ousaria afirmar que aqueles que se entregam a agarramentos não sentem desejo e cobiça sensual? Não é justamente essa prática sumamente abominável que Deus condena na reiteração moderna dos Dez Mandamentos: ‘Não furtarás nem cometerás adultério nem matarás nem farás coisa alguma semelhante’? (D&C 59:6) (“President Kimball Speaks Out on Morality”, Ensign, novembro de 1980, pp. 95–96.)

Sábio é seguir estas recomendações inspiradas – e proteger a virtude e a castidade – mantendo o beijo como simbolo da pureza, da caridade, do amor, da santidade – e não da traição, da luxúria e do egoísmo.

| Fortalecendo as Famílias
Publicado por: Lucas Guerreiro
Escritor, Advogado, Membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP, Membro da J. Reuben Clark Law Society São Paulo. Fez Missão em Curitiba - Brasil. Gosta de desenhar, estudar filosofia, fotografar, viajar e assistir series de super-heróis.
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